EBD – Uma História sobre Graça e Responsabilidade – Lição 4 Adolescentes – 2° Trimestre 2024

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Qual é o significado de “graça” e como podemos alcançá-la? Quem é considerado merecedor da graça? É possível que as pessoas percam a graça de Deus? Qual é a relação entre a vida cristã e a graça do Senhor? Quais são as nossas responsabilidades e deveres diante da graça de Deus? Como devemos atuar e qual deve ser nossa atitude em resposta à graça de Deus?

essa é uma lição importante sobre a graça e o perdão de Deus. Ele nos perdoou de tantas coisas e continua a nos perdoar sempre que nos arrependemos e buscamos Sua misericórdia. Como resultado desse perdão abundante que recebemos, é fundamental que também aprendamos a perdoar os outros.

É compreensível que às vezes seja difícil perdoar, especialmente quando fomos magoados profundamente. No entanto, a capacidade de perdoar é uma demonstração poderosa do amor e da compaixão que Deus nos ensinou. Negar o perdão ao nosso próximo, enquanto buscamos o perdão de Deus, é uma contradição que impede o crescimento espiritual e emocional.

Ao perdoar, liberamos o fardo do ressentimento e abrimos espaço para a cura e a reconciliação. Isso não significa que esquecemos o que aconteceu ou que estamos justificando o comportamento errado, mas sim que estamos escolhendo seguir em frente em amor e paz.

Portanto, devemos lembrar que assim como buscamos o perdão de Deus, também devemos estender o perdão aos outros, permitindo que a graça divina trabalhe em nossos corações e relacionamentos.

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LEITURA BÍBLICA: Mateus 18.23-35

MENSAGEM: “Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros.” Colossenses 3.13

INTRODUÇÃO

A lição de hoje está focada na parábola do empregado mau. Jesus contou essa história em um contexto muito interessante. Foi assim: após ouvir Jesus falar sobre a importância da correção de um irmão que erra, Pedro, um discípulo de Jesus, questiona quantas vezes deveria perdoar a um irmão. Ele sugere se sete vezes era uma boa quantidade. Confiante que sua proposta era suficiente, Pedro é, de certa forma, surpreendido por Jesus ao ser ensinado que ele deveria perdoar quantas vezes fosse necessário (Mt 18.21,22). Jesus, então, lhe conta uma história para ilustrar a importância do perdão e a gravidade em sonegá-lo a quem precisa (w. 23-35). Certamente Jesus sabia da complexidade desse tema, mas não deixou de tratá-lo. A parábola do empregado mau nos mostra reflexões profundas sobre a nossa condição de pecadores e o ato deliberado e gracioso de Deus em nos perdoar. Além disso, ensina também a resposta que o Senhor espera que ofereçamos ao nosso próximo. Vejamos:
A parábola do empregado mal é realmente uma história poderosa que Jesus contou para ilustrar a importância do perdão. O contexto em que Pedro questionou Jesus sobre quantas vezes deveria perdoar seu irmão foi crucial para a compreensão mais profunda da mensagem de perdão que Jesus queria transmitir.
A Ampliação da Perspectiva por Jesus
Quando Pedro sugeriu que perdoar sete vezes seria suficiente, ele estava refletindo a tradição judaica, que considerava o número sete como um símbolo de plenitude e perfeição. No entanto, Jesus ampliou essa perspectiva ao responder “setenta vezes sete”, enfatizando que o perdão não tem limites quantitativos, mas é uma atitude contínua e ilimitada.
O Perdão como uma Atitude do Coração
Essa resposta não apenas desafiou a compreensão convencional de Pedro, mas também nos desafia a todos a adotar uma mentalidade de perdão incondicional. Jesus estava ensinando que o perdão não é uma questão de números, mas uma atitude do coração que reflete a graça e o amor de Deus.
A Lição da Parábola do Empregado Mal
A parábola do empregado mal reforça essa lição ao ilustrar o contraste entre a grande dívida que o empregado tinha com seu senhor, que foi completamente perdoada, e a pequena dívida que ele se recusou a perdoar de seu companheiro. Ao se recusar a perdoar, o empregado mal demonstrou ingratidão e falta de compaixão, resultando em consequências severas para si mesmo.
Compartilhando a Graça Recebida
Essa parábola nos lembra que o perdão que recebemos de Deus é um presente precioso e que devemos compartilhar essa mesma graça com os outros. Não se trata apenas de quantas vezes perdoamos, mas da atitude de misericórdia e compaixão que cultivamos em nossos corações, refletindo o caráter amoroso de Deus.

1 – O REI PERDOA A DÍVIDA COM UM ATO DE GRAÇA

Um rei resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Ao analisar sua “listagem de devedores”, observa que no topo da lista tem um que deve milhões de moedas de prata. Em função do tamanho de sua dívida, sabendo que não teria condições de pagá-lo, o rei, ao invés de sentenciá­-lo a morte, ordena que o servo, sua esposa e seus filhos sejam vendidos como escravos. O servo, então, súplica desesperadamente por tempo para pagar o que deve. Entretanto, o rei move-se de compaixão e resolve, deliberadamente, perdoar a dívida e deixar o servo ir embora. Essa primei­ra parte da história nos ensina duas importantes lições:
A Importância do Perdão Divino
A primeira lição fundamental que podemos extrair dessa história é a necessidade e a importância do perdão. O servo devia uma quantidade exorbitante de dinheiro, uma dívida impossível de pagar, e mesmo assim o rei, movido pela compaixão, decidiu perdoá-lo completamente. Isso ilustra a graça e a generosidade do perdão divino, que não se baseia em nossa capacidade de pagar a dívida, mas na misericórdia do Senhor.
A Responsabilidade de Perdoar
Em segundo lugar, essa parábola também destaca a responsabilidade que temos de perdoar os outros assim como fomos perdoados por Deus. O servo, ao ser perdoado de sua grande dívida, deveria ter demonstrado gratidão e compaixão para com os outros, mas ao invés disso, ele se recusou a perdoar um companheiro que lhe devia uma quantia muito menor. Isso nos lembra que o perdão que recebemos de Deus deve nos levar a perdoar os outros, pois aqueles que experimentam a graça de Deus devem também ser agentes de graça para com os outros.
O Desafio da Prática do Perdão
Esses ensinamentos nos desafiam a refletir sobre nossa própria atitude em relação ao perdão. Somos gratos pela misericórdia que recebemos de Deus? Estamos dispostos a estender essa mesma misericórdia aos outros, mesmo quando nos sentimos prejudicados? Essa parábola nos lembra que o perdão é uma expressão do amor de Deus em nossas vidas e que devemos praticá-lo com generosidade e humildade.

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1.1. Todos temos uma dívida impagável

Segundo Jesus, a dívida do servo era de “milhões de moedas de prata” (v.24). Além do rei, pouquíssimas pessoas seriam capazes de possuir uma quantia como essa. Tal valor era impossível de ser quitado, ainda que esse servo trabalhasse durante toda sua vida. Jesus usa esse valor exorbitante para ilustrar o tamanho da nossa dívida com Deus. Afinal de contas, nossos pecados são tão imensos aos olhos do Senhor quanto a dívida do servo com o rei da parábola. Como diz a Escritura “todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus” (Rm 3.23).
Reflita sobre a impagabilidade da dívida do servo em relação aos nossos pecados diante de Deus. Ajude os alunos a entenderem que, assim como o servo, não temos condições de pagar nossa dívida espiritual com Deus por meio de nossos próprios esforços ou méritos.
Explorando o Perdão Divino
Explore o conceito do perdão divino e sua magnitude. Destaque como Deus, em sua infinita misericórdia, nos perdoou completamente, mesmo quando éramos indignos. Isso pode ser uma oportunidade para os alunos reconhecerem a profundidade do amor de Deus por eles e a gratidão que devem expressar em resposta a esse perdão.
Humildade e Arrependimento
Enfatize a necessidade de humildade e arrependimento diante de Deus. Assim como o servo da parábola se humilhou diante do rei, os alunos podem ser encorajados a reconhecerem sua dependência de Deus e a confessarem seus pecados com sinceridade.
O Significado do Sacrifício de Jesus
Explore o significado do sacrifício de Jesus na cruz como o pagamento pelos nossos pecados. Ajude os alunos a compreenderem que Jesus assumiu nossa dívida e nos proporcionou perdão e reconciliação com Deus por meio de seu sacrifício.
Vivendo Vidas de Perdão e Graça
Encoraje os alunos a viverem vidas de perdão e graça em resposta ao perdão que receberam de Deus. Isso pode incluir perdoar aqueles que os magoaram, assim como buscar reconciliação em relacionamentos quebrados.

1.2. Todos carecemos de uma atitude graciosa

O rei, movido de compaixão, perdoa a dívida contraída e libera o servo para viver em paz o resto dos seus dias com sua família. Assim como o rei, o nosso Deus, por graça, bondade e generosidade, resolveu perdoar nossa dívida enviando o seu Filho para morrer pelos nossos pecados (Jo 3.16; Rm 4.25) e, com base na sua justiça, nos reconciliar consigo mesmo (2 Co 5.19); e agora “[_] Deus perdoou todos os nossos pecados e anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz” (Cl 2.13,14).
Entender que somos todos devedores diante de Deus, incapazes de pagar nossa dívida de pecado, nos leva a apreciar o significado do sacrifício de Jesus na cruz. Ele assumiu nossa dívida e nos libertou do peso do pecado, proporcionando-nos a oportunidade de viver em paz e comunhão com Deus.
Perdão como um Presente da Graça
O perdão divino não é baseado em nossos méritos ou esforços, mas é um presente da graça de Deus, oferecido livremente a todos que o aceitam. Ao reconhecermos nossa necessidade desse perdão e nos humilharmos diante de Deus, podemos experimentar a plenitude da reconciliação e da vida transformada que ele oferece.

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Vivendo em Santidade e Gratidão
Embora tenhamos sido perdoados por Deus, ainda enfrentaremos tentações e lutas contra o pecado. No entanto, podemos confiar na promessa de que, em Cristo, somos libertos do poder do pecado e capacitados a viver uma vida de retidão e santidade para a glória de Deus.
Celebrando e Demonstrando Gratidão
Que possamos sempre celebrar e viver em gratidão pelo perdão gracioso que recebemos de Deus, e que isso nos motive a perdoar e amar os outros da mesma maneira que fomos perdoados. O perdão que recebemos deve nos impulsionar a estender graça e misericórdia aos outros, refletindo o amor de Deus em nossas vidas.

2 – O SERVO PERDOADO NEGA O PERDÃO AO SEU PR0XIMO

Seguindo a história, ao sair feliz e vitorioso da audiência com o Rei, algo inacreditável aconteceu com o servo perdoado. Ele encontrou um companheiro de trabalho, servo como ele, que lhe devia, em comparação com a sua dívida, um insignificante valor de “cem moedas de prata” (Mt 18.28). Para a surpresa de todos que testemunhavam o encontro, o servo agraciado pelo rei se mostrou insensível, indiferente e intolerante à súplica do companheiro devedor. Infelizmente ele decidiu negar ao outro aquilo que havia recebido: o perdão. Assim como era inimaginável a possibilidade do perdão do rei ao primeiro servo, seria impossível pensar que ele reagiria dessa maneira com o companheiro. Ele havia sido grandemente perdoado e agora, na primeira oportunidade de compartilhar o perdão, ele resolve viver como se nada tivesse acontecido em sua vida e lança na prisão alguém por lhe dever “migalhas”. Infelizmente, esta segunda parte da história nos mostra que é possível fazermos pouco caso do perdão recebido graciosamente.
A recusa do servo perdoado em perdoar seu companheiro de trabalho, apesar de ter sido perdoado de uma dívida tão grande pelo rei, revela uma falta de gratidão e compaixão em seu coração. Isso nos confronta com a realidade de que podemos fazer pouco caso do perdão gracioso que recebemos e agir de maneira egoísta e insensível em relação aos outros.
Responsabilidade de Estender Perdão
O perdão que recebemos de Deus não é apenas um benefício pessoal, mas também uma responsabilidade de estender aos outros. Ao recusarmos perdoar aqueles que nos ofendem, estamos demonstrando ingratidão e falta de compreensão do significado do perdão que recebemos.
Verdadeira Gratidão se Manifesta em Perdoar
A atitude do servo perdoado nos lembra que a verdadeira gratidão pelo perdão de Deus se manifesta em nossa disposição de perdoar os outros, assim como fomos perdoados. É um lembrete poderoso de que não podemos reter o perdão devido aos outros quando fomos tão generosamente perdoados por Deus.

3 – AS CONSEQUÊNCIAS DE SONEGAR PERDÃO

Jesus termina a história falando sobre a indignação do rei ao ficar sabendo da atitude indesculpável do primeiro servo. O rei que anteriormente agiu graciosamente, agora, aplica a lei com todo rigor e envia o servo ingrato à “cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida” (v.34). Um Deus de misericórdia e compaixão não pode aceitar, como seus filhos, homens e mulheres desprovidos de misericórdia e compaixão. Como vimos, aquele que não perdoa é castigado.
É vital compreender a importância do perdão em nossa jornada espiritual, pois a falta de perdão pode impedir nossa própria salvação. Assim como recebemos o perdão de Deus, devemos também estender o perdão aos outros.
A Lição da Parábola do Servo Ingrato
A parábola do servo ingrato nos lembra que a recusa em perdoar os outros após ter recebido perdão é uma atitude inaceitável aos olhos de Deus. A falta de misericórdia e compaixão demonstrada pelo servo ingrato resultou em seu próprio castigo, mostrando que o perdão é uma via de mão dupla: recebemos o perdão de Deus quando perdoamos os outros.

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Transformação Interna do Coração
É crucial ensinar aos nossos alunos e congregantes que o perdão não é apenas uma ação externa, mas também uma transformação interna do coração. Devemos buscar a Deus em oração, pedindo-lhe que nos ajude a perdoar verdadeiramente, a fim de que possamos experimentar a liberdade e a paz que vêm do perdão genuíno.
Refletindo o Amor de Deus
Além disso, é importante ressaltar que nosso relacionamento com Deus nos transforma, dando-nos uma nova identidade e propósito. Somos chamados a imitar a Cristo em todas as áreas de nossas vidas, incluindo nosso relacionamento com os outros. Ao perdoarmos, refletimos o amor e a graça que recebemos de Deus, mostrando ao mundo a verdadeira natureza do evangelho.
Que possamos sempre lembrar do perdão que recebemos de Deus e, por meio desse entendimento, buscar perdoar e amar os outros como Ele nos amou.

CONCLUSÃO

Cada cristão deve se identificar com o servo que devia grande valor ao rei e ver as pessoas que, de alguma forma lhe prejudicam, como o segundo servo. De maneira que a nossa dívida perdoada por Deus é tão grande que qualquer tentativa de recusar o perdão a outras pessoas é tão triste quanto o comportamento do servo incompassível da parábola. Todo aquele que recebeu perdão deve estar pronto a perdoar quem quer que esteja em débito, e deve fazê-lo de todo o coração. Você foi perdoado para ser um perdoador

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