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EBD – Uma parábola sobre Israel – Lição 9 Adolescentes – 2° Trimestre 2024.

EBD – Uma parábola sobre Israel – Lição 9 Adolescentes – 2° Trimestre 2024.

Prefácio – Introdução

Um dos grandes desafios do mundo moderno é a perfeita sincronização do tempo que dispomos com realização das muitas tarefas que temos ao longo do nosso dia. Estudar sobre isso é estudar sobre a gestão do nosso tempo (como estamos utilizando-o). Para o Servo de Deus, esse tema toma uma certa relevância – ainda que inconsciente – visto que, além de tudo, devemos ter os cuidados com a nossa vida espiritual, o nosso particular com Deus, a Leitura da Palavra e o Culto doméstico, além das cooperações em nossas congregações locais. Fato é que, se não nos atentarmos para a forma como estamos utilizamos o nosso tempo (enquanto recurso), alguma área da vida restará infrutífera – e triste será se for a espiritual.
A presente lição tem por objetivo nos alertar, através da palavra de Deus, acerca do perigo de levar uma vida espiritual infrutífera, considerando que já temos da parte de Deus todas as ferramentas espirituais necessárias para trabalhar na Obra. Nesse sentido, podemos citar uma das recomendações que o Apóstolo Paulo fez ao Jovem Timóteo, na sua segunda carta, capítulo 2 e versículo 4, dizendo: “Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra”.

EBD – Uma parábola sobre Israel – Lição 9 Adolescentes – 2° Trimestre 2024.

Ao lermos essa passagem, temos que ter cuidado com interpretações extremistas (tanto para um, quanto para o outro extremo). Devemos perceber que ao utilizar o termo “embaraça”, o Apóstolo Paulo se refere àqueles que, de tão envolvidos com os afazeres da vida terrena, acabam por ficar “presos” em suas obrigações, não restando mais tempo para praticamente nada. Ou seja, devemos sim tratar a vida enquanto um dom Divino, e viver os planos e propósitos terrenos, como estudar, trabalhar, constituir uma família, e aproveitar da bênçãos que Deus nos concedeu, porque tudo isso vem de Deus (Ec 5:18). No entanto, o completo envolvimento com tais coisas, de modo a colocar as coisas de Deus em segundo plano, revela o tal “embaraço” que o Apóstolo Paulo Alerta para que Timóteo fuja.
A lição, ainda, nos indica o quão paciente Deus é, em esperar um pouco mais pelo momento em que “despertaremos” para uma vida de dedicação. Porém, também nos alerta que esse tempo não é ilimitado, e que Deus também realiza cobranças; afinal, precisamos corresponder, nem que seja minimamente, tamanho amor e sacrifício para conosco.

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I – UMA ADVERTÊNCIA SOBRE O ARREPENDIMENTO

O capítulo 13 do Evangelho de Lucas começa com algumas pessoas abordando Jesus para falar sobre o massacre promovido por Pilatos (o governador romano no Judeia) contra algumas pessoas da Galileia, no momento em que sacrificavam no tempo de Jerusalém (v.l). Logo em seguida, Jesus lhes relembra o trágico episódio acontecido no bairro de Siloé, onde uma torre caiu e dezoito pessoas foram a óbito (v.4).
Jesus, então, aproveita essas duas tragédias para advertir seus ouvintes sobre a necessidade de olharem para suas próprias vidas e se arrependerem dos seus pecados enquanto há tempo (w.3.5).
A grande questão levantada por Jesus é que precisamos fazer uma autoanálise da vida que estamos vivendo e sermos sinceros diante de Deus. O pecado, por menor que seja ou inofensivo que pareça aos nossos olhos, é sempre uma afronta à santidade de Deus e, por isso, é grave e requer imediato arrependimento, caso contrário, no tempo oportuno, o juízo do Deus santo virá sobre nós. Aceitemos, diariamente, o convite ao arrependimento do Evangelho do Senhor Jesus Cristo (Mt 3.2,8; Mc 6.12).
Muito se questiona sobre a relação dos atos e fatos materiais (da nossa vida material) com os atos e fatos espirituais (que refletem na nossa vida espiritual). A verdade é que as coisas espirituais devem ser discernidas espiritualmente; e por esse motivo é muito relevante diferenciarmos causa e consequência.
Em primeiro momento, devemos conservar o conceito que cada ação produz uma reação (ou uma consequência); e isso vale tamtp para a vida material (com as leis materiais) quanto  para o reino espiritual (e os regimentos espirituais). Ou seja, o homem não pode simplesmente querer “culpar” o reino espiritual por conta de suas escolhas meramente humanas. Aliás, há respaldo bíblico para tal tema. Provérbios 19,3 diz “a estultícia do homem perverterá o seu caminho, e o seu coração se irará contra o Senhor”. Aqui, o proverbista diz em outras palavras que o homem faz escolhas erradas, colhe os frutos (maus) dessas escolhas, e no fim ainda se ira contra o Senhor, como se do Altíssimo viesse esse mal. Mas vimos que não é assim. O servo de Deus, fiel, que observa e obedece a sua palavra, gozará sempre, da parte de Deus, o bem. O Salmista diz que na presença de Deus há abundância de alegrias e que à mão direita de Deus há delícias perpetuamente (Sl 16:11). Deus sempre tem o melhor para os seus filhos, e os seus caminhos são caminhos de vida.
Da mesma forma, as nossas decisões espirituais, refletem espiritualmente. Aliás, a maior decisão, a de entregar a vida por completo ao Senhor Jesus, consolida no mundo espiritual a salvação da nossa alma, e traz consigo a garantia de vida eterna. Em uma analogia, é como se o nosso nome, a partir de então, passasse a constar no “cartório celestial”. O Livro da Vida é uma realidade. Cuidemos, pois, para que conservemos a boa conduta, a fim de produzir bons reflexos no mundo espiritual; visto que da mesma forma que o bem reflete a luz, o mal e o pecado também produzem ecos; os quais devemos fugir.

II – UMA DEMONSTRAÇÃO DE PACIÊNCIA

De acordo com a parábola, o dono de uma terra tinha uma expectativa para a figueira cultivada no meio de sua plantação de uvas (Lc 13.6). Ela tinha tudo que precisava para dar frutos no tempo determinado. Entretanto, para a tristeza do dono da terra, aquela que deveria produzir em abundância não dava nenhum sinal de frutos.
Muito paciente, o dono, com suas expectativas frustradas, declara seu descontentamento: “[…] Já faz três anos seguidos que venho buscar figos nesta figueira e não encontro nenhum […]” (v.7). Decidido a cortá-la, o dono aceita a intervenção do trabalhador da vinha que pede por mais um tempo de tolerância, ou seja, uma segunda chance para a árvore infrutífera (v.8).
Essa parábola faz referência ao povo de Israel que obstinadamente escolheu rejeitar o Messias enviado por Deus. Durante sua primeira vinda a Terra, Jesus foi ignorado, perseguido e morto. Ele convocou seus compatriotas ao arrependimento e demonstrou com atitudes concretas o amor e a misericórdia do Pai, mas eles se recusavam a dar frutos para Deus. Mas, segundo o texto bíblico, o nosso Deus tem demonstrado paciência: “[…] porque não quer que ninguém seja destruído, mas deseja que todos se arrependam dos seus pecados” (2 Pe 3.9).
Se não fosse a misericórdia paciente de Deus e a intercessão de Cristo tanto por Israel, quanto pela Igreja e pela humanidade, já teríamos perecido.

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EBD – Uma parábola sobre Israel – Lição 9 Adolescentes – 2° Trimestre 2024.

Todos nós recebemos uma segunda oportunidade de Deus e não devemos desprezá-la. Não podemos abusar de sua santa paciência, pois como está explícito na parábola, onde falta arrependimento, o juízo é inevitável.
O dono da figueira atende ao pedido do trabalhador e estende o tempo da paciência. Entretanto, ele é claro, diante da oportunidade concedida: “Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, então mande cortá-la” (Lc 13.9).
Essa história ilustra que, embora Deus seja gracioso e misericordioso ao dar ao seu povo tempo para se arrepender, vir até Ele e crescer nEle, a sua paciência não durará para sempre.
Para tentarmos dimensionar o tamanho da paciência de Deus, podemos fazer uma analogia; onde em uma certa empresa, o setor de recursos humanos possui um histórico e um acompanhamento de desempenho dos funcionários com base em indicadores chave. Ora, é claro que, ao fornecer relatórios periódicos para o dono da empresa, a avaliação será minuciosa. Certamente o dono dessa empresa ficará feliz com os funcionários que estão demonstrando uma boa performance, mas ficará insatisfeito com os funcionários que dão “aquele trabalho”: chegam fora do horário, cumprem no máximo aquilo que lhe é solicitado, não possuem um bom relacionamento interpessoal, não cuidam da aparência e da apresentação pessoal, não buscam o desenvolvimento técnico, entre tantas outras características ruins, que nenhum gestor gostaria de ter no seu time. A verdade é que, dado o prazo, não havendo melhora, provavelmente os maus funcionários serão demitidos, dando lugar a outros que desejam aquela vaga.
Semelhantemente ocorre no Reino de Deus (considerando que todos os seus servos trabalham nesse reino). Por anos – na verdade por séculos e séculos – Deus tem sido paciente para com a humanidade. Se fosse para ser rigoroso, nenhum homem subsistiria, pois estão produzindo sempre abaixo do esperado. Nesse sentido é que surge a parábola da figueira estéril, em Lucas 13, dos versículos 6 ao 9. Nessa parábola, certo homem tinha uma figueira plantada em uma vinha, mas sempre que procurava fruto nela, não encontrava. O grande “problema” é que, segundo os estudiosos, a figueira é uma árvore que requer muitos nutrientes, e acaba por “sugar” muito da terra.
É possível imaginar uma árvore que muito requer e pouco (ou nada) entrega?
Talvez tenha sido essa pergunta que o dono da vinha se fez, e, por considerar aquela figueira inútil (por não produzir frutos mesmo depois de tanto tempo e tanto investimento), a sua decisão foi de cortá-la, e arrancá-la. O vinhateiro, porém, olha com misericórdia para com aquela figueira, e pede paciência ao seu senhor, que acata o seu pedido e lhe dá um pouco mais de tempo. Alguns teólogos consideram que essa parábola se aplica ao povo Judeu, que há muito sendo conhecido como “O povo de Deus”, na verdade, negaram ao Senhor Jesus; não o reconheceram como o Messias. Uma segunda chance, porém, lhe seria dada, onde o próprio Jesus, que materializa a misericórdia de Deus para com o seu povo, por interceder, consegue mais um pouco de tempo para que se arrependam e se convertam.
Nesse contexto, a lição nos remete a pensar que talvez a humanidade esteja provando do último tempo da misericórdia; um tempo dedicado à oportunidade de arrependimento e conversão; e para os convertidos, um tempo para que despertem para produzir frutos. Aliás, João Batista, enquanto batizava, pregava e dizia que o arrependimento somente acontece quando ele vem com produção de frutos (Mt 3:8).

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III – UM CONVITE À FRUTIFICAÇÃO

Como vimos, Deus procura frutos entre seus filhos. Toda tentativa permanente de desculpas para uma vida infrutífera será ineficaz, pois Ele nos conhece e tem nos dado todas as condições necessárias para frutificar no seu Reino. Ele nos deu sua Palavra, seu Espírito, sua presença, seu poder, por isso espera de nós muitos frutos (Jo 15.5-8), e jamais se contentará apenas com folhas e galhos, ou seja, com uma vida espiritual de aparência. Jesus disse: “Não foram vocês que me escolheram: pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca” (Jo 15.16).
E importante que entendamos que a frutificação espiritual depende fundamentalmente da nossa comunhão com Jesus Cristo (Jo 15.5).
É preciso viver para glória de Deus, pois “quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira” (Lc 9.24).
Se estamos vivendo um tempo de misericórdia, e se esse tempo nos foi oportunizado para produção de frutos, então o crente não pode arranjar “desculpas” para tomar hoje uma decisão de mudança de postura. Assim como naquela parábola a terra entregava à figueira todos os nutrientes necessários para frutificação, Deus também nos tem liberado dons e  todas as ferramentas necessárias para trabalhamos em prol do reino. Há, no entanto, como já mencionado, um alerta para não nos embaraçarmos com as coisas dessa vida.
Sobre os frutos produzidos, o Senhor Jesus faz uma revelação interessante na pregação do “Sermão Profético”, que vale a citação expressa do texto dada relevância. Com a leitura do texto Bíblico abaixo (Mt 25:35-46) podemos inferir que o Senhor Jesus dá exemplos claros e práticos sobre o que seriam esses “frutos” desejados:
35 Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; 36 Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. 37 Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? 38 E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? 39 E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? 40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”.

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Sobre os que ignoram essa verdade, o Senhor Jesus completa no versículo 45 e 46:
45 Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes não o fizestes a mim. 46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”.
Fica claro, portanto, que quando servimos verdadeiramente a Deus, e não como que para os homens, Ele recebe e considera todo o nosso trabalho. O crente jamais pode ter dentro de si o sentimento de desprezo, ou mesmo se sentir desvalorizado, porque importa que Aquele que tudo vê o quantifique e qualifique. A nossa prestação de contas será diretamente com Aquele que recolhe os frutos produzidos até mesmo no secreto, quando ninguém observa. Isso que é maravilhoso para com Deus; o tamanho da sua Justiça! O homem nunca perderá um dia de trabalho enquanto estiver trabalhando para o Senhor.

CONCLUSÃO

O nosso Deus é misericordioso com os pecadores. Mas para aqueles que o rejeitam, Ele não será misericordioso para sempre. Haverá um dia que serão punidos os que vivem como se Ele não existisse. Por essa razão, somos chamados ao arrependimento sincero e verdadeiro e à uma vida marcada por frutos dignos da conversão que experimentamos.

O estudo dessa lição traduz um verdadeiro chamamento ao arrependimento, e principalmente à produção de frutos no Reino de Deus. Vivemos em um tempo especificamente preparado para o contexto atual, com as pessoas atuais, com as necessidades atuais. Deus não erra nos seus planos. Então, se Deus te deu a graça de nascer exatamente nessa geração e de viver nessa geração, Ele assim fez porque confia no trabalho e na contribuição que você pode fazer.
Não deixe de se dedicar nas demandas diárias, mas jamais permita que quaisquer atividades tomem o lugar de Deus na sua vida. As primícias devem ser do Senhor, inclusive do nosso tempo. Para Ele sempre o nosso melhor.
Ademais, não nos esqueçamos que o tempo não é um recurso ilimitado. Deus nos deu a graça de estamos vivendo o tempo da misericórdia, mas no relógio de Deus esse tempo tem hora para acabar. Mais do que nunca devemos estar revestidos da Armadura de Deus (Ef 6:10-17) e de remir o tempo, porquanto os dias são maus (Ef 5:16, Cl 4:5).

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Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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