EBD – VIVENDO COMO OS FILHOS DE DEUS – LIÇÃO 1 ADOLESCENTES
Vamos descobrir
A vida nos apresenta grandes desafios. Na escola, na família, no local onde moramos sempre encontramos situações desafiadoras que temos de enfrentar.
Como fazer a escolha certa? Como seguir a Deus e obedecer a sua Palavra no cotidiano? Este é o maior desafio do cristão. Neste trimestre, vamos refletir sobre essa questão e descobrir como sermos filhos obedientes a Deus.
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I – DEUS É PAI
A Bíblia nos ensina que Deus é o nosso Pai (Fp 1.2). Mas o que isso significa? Todos os seres humanos são criaturas de Deus. Ele é o Criador de tudo o que existe (Cl 1.16). Ele ama e quer salvar todas as pessoas. Entretanto, a Palavra de Deus diz que apenas aqueles que creem em Jesus como Salvador ganham o direito de tornarem-se filhos de Deus (Jo 1.12,13).
Isso quer dizer que, quando a pessoa aceita a Jesus como único e suficiente Salvador, seus pecados são perdoados e Deus a adota como filho (Rm 8.15,16). Ao se tornar filho de Deus, cada cristão passa a fazer parte da grande família de Deus. E por isso que, na igreja, chamamos uns aos outros de irmãos. Fazemos assim porque todos temos o mesmo Pai, o Senhor.
Você é filho de Deus. Você compreende a grandeza dessa notícia? E importante que você entenda e assuma essa identidade. A paternidade de Deus é perfeita. Ele ama e compreende seus filhos. Deus cuida, ensina e protege (1 Pe 5.7). Ele sempre está presente. Assim, quem é filho de Deus precisa conhecê-lo mais e mais. E necessário construir uma relação pessoal e verdadeira com Ele através da prática da oração e do estudo das Escrituras. Mediante um relacionamento íntimo com Deus, você aprenderá a ouvir e a obedecer ao Pai. Ele te ama infinitamente e o seu amor nunca acabará (Jo 3.16; Rm 8.39).
Vivemos em uma sociedade em que muitas pessoas se sentem sozinhas e abandonadas por suas famílias e amigos. Algumas experimentaram o doloroso sentimento de rejeição. Porém, em Deus, isso não acontece. Se você já experimentou algum sentimento dessa natureza, abra seu coração para Deus e apresente suas dores. Ele irá curá-lo. A paternidade dEle é perfeita e seu amor e graça são abundantes. Assuma sua condição de filho em oração e Ele suprirá todas as suas necessidades (Fp 4.19).
A criação, desde a luz enquanto matéria, até o homem (coroa da criação), reflete a profundidade da ciência e da sabedoria de Deus. Nada no universo é simples; tudo foi pensado e definido com “Leis naturais” específicas. O Salmista escreve poesias no salmo 19 sobre “A excelência da criação e suas leis”. Mas quero chamar a sua atenção para o termo criação, o qual inclui o homem. E o que isso significa? Significa que o título de “filho de Deus” está acima do título “criado por Deus”. Todos os filhos de Deus também foram, em algum momento na eternidade, criados por Ele. Todavia, nem tudo que foi criado por Deus recebe o título de “Meu filho”, pois trata-se de um “selo” muito especial.
Caso esteja envolvido nesse texto, talvez você me pergunte: “é possível adquirir esse título?” ou “Quanto custa esse título”? Ora, na antiguidade títulos e cidadanias eram comprados com o preço extremamente elevados (lembra da lição do terceiro trimestre, onde o título de cidadão romano de Paulo tinha muito valor?); quanto mais não custaria um título tão importante, não só para a terra, mas também para o mundo espiritual.
De início, posso te dizer que não poderíamos comprar esse título. Porém, isso nos remete a uma passagem emblemática, onde os discípulos perguntam ao Senhor Jesus: “Quem poderá, pois, salvar-se?” (Mt 19:25) e Jesus, olhando para eles, disse-lhes: “Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível” (Mt 19:26). Glória a Deus!
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Nesse sentido, para algo de alto valor, um alto preço foi pago. O preço desse “título” foi, primeiramente, a sujeição do Senhor Jesus, em despir-se de toda a sua glória e tornar-se carne. Segundamente, em padecer todas as acusações de homens pecadores aqui na terra. Por fim, morrer com morte de cruz. Sobre isso, está escrito: “e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:8). Esse sacrifício significou a aquisição dos escravos do pecado e da escuridão, para que pudessem habitar no reino da sua luz. Traduzindo, significou comprar escravos para que fossem adotados como filhos; e essa é a grandiosa obra de Deus.
“E como Deus nos concede esse direito?”; “De que maneira sou recebido como Filho de Deus?”. Simples: recebendo o Senhor Jesus em nossos corações. Assim diz o evangelho de João: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder (direito) de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (Jo 1:12,13).
Quão grandiosa obra, não é mesmo? Nós, condenados à morte pelo pecado, agora fomos comprados e transportados para o reino da luz divina (Cl 1:13), e nos deu na terra e no céu o título de filhos de Deus. Pergunto-lhe: com um título tão importante desse, o que você temerá? Em Cristo Jesus somos mais do que vencedores! Temos nisso o nosso maior tesouro, e nada mais importa! As demais coisas são apenas “as demais coisas”, e elas o Senhor Jesus disse que – também – nos acrescentaria (Mt 6:33).
II – DEUS É PAI E CUIDA DOS SEUS FILHOS
Deus conhece nossas necessidades, seja de ordem material ou emocional, física ou espiritual. E, como um bom Pai, Ele quer cuidar de cada um dos seus filhos (Mt 6.31-33). Afinal, quem ama, cuida.
O cuidado de Deus não objetiva nos mimar ou fazer nossas vontades. Não se trata disso, e sim de instrução, amadurecimento, proteção, transformação espiritual, crescimento ministerial e santificação. O cuidado de Deus está focado na preservação da fé, da vida e da família. Deus quer que você viva plenamente, dentro da sua vontade (Jo 10.10).
Deus não tem filhos perfeitos, nem prediletos. Ele tem filhos redimidos que precisam viver na dependência dEle. E, por isso, eventualmente, o amor do Pai se manifesta em forma de disciplina (Pv 3.12). Compreender que o Pai disciplina porque ama nos fará crescer espiritualmente. Acredite, a correção do Pai nos move ao aperfeiçoamento e maturidade. A disciplina do Pai provoca mudanças, que nos conduzirão a uma vida de santidade e intimidade com Deus (Hb 12.7,8).
O verdadeiro pai ama, cuida, aconselha, zela e protege os seus filhos. Se na terra a expectativa é de que os pais sejam bons e amorosos, quanto mais não será bom e amoroso o nosso Pai celestial para com nós, os seus Filhos. Certo momento o Senhor Jesus disse no sermão da montanha: “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas” (Mt 6:26). O Senhor Jesus estava dizendo: se Deus cuida da criação, quanto mais não cuidará dos seus filhos (por isso diferenciamos esses dois institutos no tópico anterior).
Ainda em outra oportunidade, o Senhor Jesus compara em uma pequena analogia o amor do pai terreno com o amor do Pai celestial, dizendo: “E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11:11-13). Traduzindo, o Senhor Jesus estava dizendo “se vós, que amam com um amor imperfeito (sendo maus), sabem fazer o bem para os seus filhos, quanto mais o Pai celestial (o que ama com verdadeiro amor) não daria as melhores coisas, inclusive a maior de todas, que é o Espírito Santo, concedido a todos os seus filhos?”. Jamais se esqueça de o nosso Deus nos ama e cuida de nós como um verdadeiro pai; e inclusive nos disciplina e nos adverte para o nosso bem!
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III – DEUS É PAI E ESTÁ PERTO
A Bíblia diz: “O Senhor responde: ‘Será que uma mãe pode esquecer o seu bebê? Será que pode deixar de amar o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês’” (Is 49.15). Esse texto mostra a dimensão do amor de Deus, que é infinitamente maior do que o amor humano.
O Senhor nunca se esquece dos seus filhos. Ele não é um pai ausente ou distante, ocupado demais que não consegue ouvir ou conversar com seus filhos. Deus também não é um pai negligente. Ele sempre está perto e próximo dos seus filhos. Você pode falar com Deus de qualquer lugar a qualquer hora do dia ou da noite (Mt 6.6). Ele vai ouvi-lo (Jr 33.3). Os olhos do Pai estão sobre a sua vida em todos os instantes.
O salmista tinha essa certeza quando escreveu: “Ainda que o meu pai e a minha mãe me abandonem, o Senhor cuidará de mim” (Sl 27.10). Isso é uma grande verdade. Aquilo que a nossa família não pode fazer por nós, Deus pode. Creia nessa verdade. Viva como filho de Deus! Sinta-se amado e completo no Pai! Saiba que Ele está sempre perto e pronto para cuidar de você.
O nosso mundo é imperfeito e repleto de maldades. Por mais que exista um “padrão” esperado para o tratar dos pais e das mães, talvez o seu contexto seja diferente, com um pai ausente ou com uma mãe que nunca conheceu. O Senhor também previu isso e trouxe palavras de conforto para as pessoas que vivem nesse contexto.
Primeiramente ele traz a figura do amor de uma mãe, que na terra, em regra, é o maior que se pode encontrar. Nessa analogia, ele diz (como que sendo muito difícil) que ainda que uma mãe se esqueça do seu bebê, Ele, todavia, jamais se esquecerá de nós, os seus filhos. Ou seja, Deus estava dizendo que mesmo na falta do amor de uma mãe, o Seu amor por Deus é supridor!
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Um outro detalhe interessante, é que o Senhor não é um Deus (Pai) distante, e por esse motivo não precisamos nos sentir sozinhos. Ele contempla cada uma das nossas necessidades (físicas, emocionais e espirituais). Temos plena liberdade de conversar com o nosso Pai celestial e contar os nossos segredos, angústias, dores; mas também felicidades e desejos. Ele é um Pai acessível!
CONCLUSÃO
A partir do momento que entregamos nossa vida a Jesus, passamos a ser filhos de Deus e nos tornamos filhos legítimos e herdeiros de tudo o que Ele preparou e prometeu. Deus é um Pai bom, presente e o seu amor é imensurável. Por isso, devemos viver uma vida que honre nosso Pai. Assim, precisamos conhecer o Pai a cada dia mais e obedecê-lo sempre.