X
    Categorias: ADOLESCENTES

EBD – Você está firme – Lição 11 Adolescentes

EBD Você está firme Lição 11 Adolescentes

EBD – Você está firme – Lição 11 Adolescentes

Prefácio – Introdução

O que significa fundamento? Humanamente, o fundamento é importante para uma casa? O que aconteceria se uma casa fosse construída sem fundamentos? E espiritualmente, nós temos fundamentos? Qual deve ser o fundamento do Cristão? O que aconteceria se abandonássemos (ou não tivéssemos) tal fundamento? Ora, os fundamentos são as bases sobre as quais toda a estrutura de uma casa é construída. Aliás, quanto maior a construção, mais firme deve ser o seu fundamento (a exemplo de prédios, pontes, shoppings e grandes estruturas). De maneira simplificada, a ausência do fundamento coloca em risco toda a construção. Ou seja, não adiantaria nenhum “aformoseamento” ou “trabalho estético” se o mínimo de segurança não fosse garantido.
Espiritualmente também temos as edificações, onde a construção é a nossa vida espiritual (que ao longo da nossa vida desenvolvemos); a casa representa a nós mesmos (habitação e templo do Espírito Santo); e o fundamento, o que seria? O fundamento do Cristão deve ser de maneira absoluta a palavra de Deus. Ela é inerrante e é apta para discernir os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4:12). Estar fundamentado na palavra é estar fundamentado em Cristo Jesus, que é o Verbo.
Assim como nas estruturas físicas o alicerce traz segurança, na vida espiritual o alicerce lançado sobre a Rocha (Cristo) nos fará triunfar sobre as tribulações dessa vida. Isso significa que a nossa caminhada, obediência e fidelidade ao mestre não estará condicionada a “bons tempos” ou “boas estações”; mas seguiremos firmes e inabaláveis independentemente do contexto, pois é o Senhor quem nos sustenta e nos anima.
Falar desse assunto para os jovens é de grande relevância pois o desenvolvimento biológico e intelectual deve ser acompanhado pelo desenvolvimento espiritual e da graça de Deus. Isso fará os jovens desenvolverem um discernimento tal que lhes servirá de suporte contra qualquer influência ou investida maligna. Isso é ter certeza de quem somos em Cristo Jesus: Filhos de Deus.

Clique aqui e participe do nosso Grupo no WhatsApp

ASSISTA A VÍDEO AULA DA LIÇÃO CLIQUE AQUI

Hora de Aprender

Ao terminar o famoso Sermão do Monte, Jesus dirige suas palavras finais aos discípulos e lhes propõem uma história interessante sobre algo que o incomodava bastante. Segundo o relato de Lucas (6.46-49), da mesma ocasião, Jesus diz que algumas pessoas vinham até Ele, ouviam suas palavras, declaravam sua fé, O chamando de “Senhor, Senhor”, porém, não praticavam seus ensinamentos. E é exatamente dentro desse contexto que Jesus apresenta a parábola dos “dois construtores”.

I – DOIS HOMENS, DUAS CASAS E DOIS DESTINOS

Jesus compara seus seguidores a dois homens que decidiram construir suas respectivas casas. De um lado está o construtor sábio que “construiu a sua casa na rocha” (Mt 7.24) e, do outro, o sem juízo que “construiu a sua casa na areia” (v.26). No Evangelho de Lucas, somos informados que o sábio “cavou bem fundo” até encontrar uma rocha para lançar sobre ela seus alicerces (Lc 6.48), enquanto o sem juízo não demonstrou qualquer preocupação em relação à firmeza necessária para sua edificação.
Tendo isso em mente, Jesus afirma que aquele que ouve os seus “ensinamentos e vive de acordo com eles” (Mt 7.24), é semelhante ao construtor sábio; enquanto que aquele que ouve os seus “ensinamentos e não vive de acordo com eles” (v.26) é igual a um construtor sem juízo. Essa história é uma advertência àqueles que se contentam em serem apenas ouvintes da Palavra de Deus e não praticantes dos princípios bíblicos (Tg 1.22-25).
Aqui Jesus não está fazendo distinção entre cristãos e pagãos. Ele tem em mente pessoas que estão com Ele diariamente, que o ouvem com regularidade e participam da vida religiosa fervorosa mente.
Pensando em nossa própria realidade, podemos dizer que Jesus estava falando para pessoas religiosas que leem as Escrituras, frequentam cultos, cantam louvores, participam das atividades semanais da igreja local, ouvem sermões, dizimam e ofertam.
Dentre tais pessoas, felizmente existem aqueles que são como o construtor sábio que ouvem e praticam o que foi ensinado, mas tristemente, também há aqueles que, como o construtor sem juízo ou tolo, ouvem a Palavra e vivem como se não tivessem ouvido.

ASSISTA O VÍDEO DA DINÂMICA DA LIÇÃO CLIQUE AQUI

O Senhor Jesus deixou claro em muitas passagens que os seus verdadeiros discípulos não são aqueles que meramente ouvem as suas palavras; antes, os seus discípulos serão conhecidos pelos frutos produzidos; como verdadeiros imitadores de cristo. É notório que por onde Jesus passava, muitos milagres aconteciam; e esses milagres atraiam multidões. Alguns professores entendem que essas grandes multidões que acompanhavam o Senhor Jesus eram compostas por pequenos grupos: alguns eram apenas curiosos; outros estavam ali pela comida; outros estavam para tentarem o acusar de algo; além daqueles que de fato eram conhecidos como seus discípulos, pois ali estavam porque sentiam fome e sede de Deus.
No capítulo 6 de João, após a multiplicação dos pães e peixes, uma multidão passou para o outro lado do mar e foi atrás de Jesus; o Mestre, porém, disse no versículo 26: “Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes”. Ocorre que, após fazer essa repreensão, muitos dos seus “discípulos” o deixaram. Isso nos mostra o quão importante é termos consciência daquilo que estamos buscando na presença de Deus; se estamos buscando a sua face ou se estamos buscando apenas as suas mãos (o que tem a nos oferecer). Verdade que na presença do Senhor há abundância de alegria e muitas dádivas, mas o principal é o pão espiritual, que alimenta a nossa alma e nos fortalece. Como poderia então um homem ter esse (bom) pensamento? Estando bem fundamentado na palavra de Deus, para que o seu interior esteja firmado na verdade, e de maneira alguma condicione a sua fé e esperança em “eventos” ou bens. Que não estejamos apenas na igreja; mas que sejamos a igreja.

II – A TEMPESTADE REVELARÁ A DIFERENÇA

Essa parábola ensina que é impossível tirar conclusões sobre a qualidade das casas olhando apenas para a aparência exterior delas. Afinal de contas, elas poderiam até possuir a mesma planta, talvez os mesmos materiais e, como o próprio texto diz, foram expostas aos mesmos fenômenos da natureza: “caiu a chuva, vieram as enchentes, e o vento soprou com força” (Mt 7.25,26). Entretanto, conforme é possível observar, a tempestade revelou a única e essencial diferença entre elas: o alicerce Essa tempestade que sobreveio às casas pode e deve ser interpretada de duas maneiras complementares:

Como já mencionado, essa parábola não teve por objetivo comparar o cristão com o ímpio, mas diferenciar aqueles que dizem servir a Deus. Em uma construção, a parte mais importante não está aparente, que é a fundação. Sem a fundação toda a estrutura externa está em perigo. Espiritualmente, a nossa casa espiritual deve estar fundada sobre a rocha que é o Senhor Jesus.

ESTÁ PRECISANDO DE MATERIAL PARA PROFESSORES DA EBD? CLIQUE AQUI

 

1. A tempestade da vida

Nenhum ser humano é imune a ela. Essa tempestade se revela através das enfermidades, fracassos, crises, dramas pessoais, pandemias, temores ou morte. Jesus disse: “[…] no mundo vocês vão sofrer[…]” (Jo 16.33) e a Bíblia reafirma esse entendimento várias vezes: Rm 8.18; 2 Co 4.8-10; Tg 1.2-4.

Uma casa edificada sobre a areia é sinônimo de vulnerabilidade, porquanto os alicerces não encontram firmeza. Dessa forma, construir a nossa casa sobre a rocha significa trazer firmeza; e qual a importância disso? Como comparativo, sabemos que a própria natureza possui as suas estações (primavera, verão, outono e inverno), e da mesma maneira ocorre com as nossas vidas. Em alguns momentos estamos bem; outros não tão bem assim. O diferencial consiste em como superamos e vencemos os dias maus, pois quando vier o dia bom tudo será mais fácil.

Estar firmado em Deus significa ter a mesma esperança do cântico do profeta Habacuque (6:17,18): 17 Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, 18 todavia, eu me alegrarei no SENHOR, exultarei no Deus da minha salvação. 19 JEOVÁ, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas”.

2. A tempestade do juízo

Essa interpretação tem uma conotação escatológica; ela aponta para o fim dos tempos, quando Deus colocará à prova tanto a vida, quanto o caráter de cada construtor (Mt 7.21-23). Será o alicerce, ou a ausência dele que determinará o juízo final
Segundo a história, a casa que foi construída sobre a rocha, ainda que tenha sofrido os temores da tempestade, permaneceu inabalável (v.25). Entretanto, aquela que foi edificada sobre a areia foi totalmente destruída (v.27), pois, embora tivesse uma bela aparência, sua base foi ignorada pelo construtor. Ele escolheu o caminho mais fácil e rápido, não quis gastar tempo e esforço para cavar e garantir estabilidade da casa para os eventos futuros. Como é triste a realidade ilustrada por Jesus, pois mostra que existem pessoas que, embora estejam vinculadas à religião cristã, escolheram construir suas vidas em desobediência à vontade de Deus. Não sejamos como o construtor sem juízo!

Essa parábola adquire um viés escatológico quando a tempestade é relacionada com o fim dos tempos. O Senhor Jesus faz um alerta sobre a importância de mantermos a nossa consciência na sua vinda, de modo que não venhamos nos embaraçar com as coisas da terra. Em outras palavras, devemos estar prontos! E de que maneira conseguimos manter a constância durante a caminhada? Ora, uma árvore somente crescerá e dará os seus frutos se as suas raízes estiverem bem estabelecidas; de outra forma vindo um vento e uma tempestade ela seria facilmente arrancada. Da mesma maneira o Senhor Jesus faz esse comparativo, onde a casa sem fundamentos – ou edificada sobre a areia – não possui estrutura para suportar as intemperes da vida, e especialmente do fim dos tempos.

BAIXE NOSSO APLICATIVO E TENHA ACESSO AO MATERIAL COMPLETO. CLIQUE AQUI

III – OBEDECER É MELHOR DO QUE DESMORONAR

A casa que caiu tinha tudo para permanecer de pé diante da tempestade, mas por causa da tolice do construtor sem juízo, que escolheu ignorar a importância do alicerce, seu destino foi comprometido para sempre.
Assim também é a nossa vida espiritual, caso não sejamos prudentes e obedientes ao Senhor que nos chamou, corremos o risco de nos sabotar tanto nessa vida, quanto na eternidade. Não basta dizermos coisas bonitas para Deus; nem estudarmos ou meditarmos em sua Palavra se não estivermos dispostos a colocar em prática o que sabemos (1 Jo 1.6; 2.4). Tiago, o irmão de Jesus, nos desafia a não ser apenas ouvintes da mensagem e sim praticantes (Tg 1.22-25; 2.14-20).
Fazer parte do Reino de Deus envolve obediência irrestrita ao Senhorio de Jesus Cristo. Não dá para segui-lo sem se submeter à sua Palavra: “Pois amar a Deus é obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são difíceis de obedecer” (1 João 5.3).

Talvez falar sobre “estar fundamentado” ou “esteja firme na rocha” seja, para alguns, algo abstrato e de difícil interpretação. No entanto, podemos simplificar tal recomendação como “ser obediente”. Isso porque, se duas pessoas ouvirem a palavra de Deus, o que pode diferenciar uma da outra é o fato de uma obedecer e praticar e a outra não obedecer nem praticar. A exemplo disso temos a parábola do semeador (Mt 13:1-9), onde algumas sementes caíram em meio aos pedregais e espinhos, e não prosperaram porque não criaram raízes. Mas a semente (que representa a palavra de Deus) que caiu em boa terra, essa prosperou e deu frutos. Portanto, todos os dias devemos cuidar dos nossos corações para que sejam como terras férteis à palavra de Deus.

AMPLIE O SEU CONHECIMENTO FAZENDO O NOSSO CURSO PARA PROFESSORES DA EBD CLIQUE AQUI

 

CONCLUSÃO

Construa sua vida sobre a rocha firme e inabalável da Palavra de Deus e jamais se esqueça de que obedecer é melhor do que “desmoronar”! Seja um amigo de Jesus obedecendo às suas ordens (Jo 15.14).

Não nos esqueçamos! O amigo de Deus não é aquele que apenas ouve as suas palavras! O verdadeiro amigo de Deus (e seu discípulo) é que aquele que ouve, conserva em seu coração e pratica, em obediência. A obediência nos guiará por caminhos firmes, de modo que o nossos pés não vacilarão. A desobediência, por sua vez, se assemelha ao caminho tenebroso, cujo fim é a queda (assim como a casa que caiu, na parábola). Portanto, devemos desde jovens buscar a palavra do Senhor para que, conforme crescemos biologicamente, cresçamos também na graça e no conhecimento de Deus.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

Esse website utiliza cookies.

Saiba Mais