X
    Categorias: ADULTOS

LIÇÃO 12 ADULTOS “A Igreja Tem Uma Natureza Organizacional”- EBD 1 Trimestre 2025

CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA

  1. JEOVANE SANTOS.

DESCOMPLICADA: LIÇÃO 12 ADULTOS “A Igreja Tem Uma Natureza Organizacional

Texto Áureo

Da Lição:
“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei.” (Tito 1.5).

Explicação:
Este versículo reflete a importância da ordem e da estrutura na igreja. Paulo confiou a Tito a missão de organizar as igrejas em Creta, indicando que a liderança e a organização são fundamentais para o funcionamento saudável da comunidade cristã. A nomeação de presbíteros é um exemplo claro de como a igreja deve ser estruturada para garantir que suas atividades espirituais sejam realizadas de maneira eficaz e ordenada.

Verdade Prática

Da Lição:
A Igreja é um organismo vivo de natureza espiritual e, ao mesmo tempo, uma organização.

Explicação:
A dualidade da igreja como organismo e organização é essencial para sua missão. Como organismo, a igreja é viva e dinâmica, movida pelo Espírito Santo. Contudo, como organização, ela precisa de estrutura para coordenar suas atividades, administrar seus recursos e cumprir sua missão no mundo. Esta combinação permite que a igreja seja eficaz tanto no crescimento espiritual quanto no alcance social.

Leitura Bíblica em Classe

Da Lição:
Tito 1.1-9

Explicação:
A leitura bíblica em Tito 1.1-9 fornece diretrizes claras sobre a liderança e a organização dentro da igreja. Paulo instrui Tito sobre as qualidades e responsabilidades dos líderes, ressaltando a importância de uma liderança piedosa e bem estruturada. Estes versículos servem como um guia para garantir que a igreja esteja bem organizada e preparada para enfrentar os desafios espirituais e práticos.

Introdução

Da Lição:
A Bíblia apresenta a Igreja como o corpo espiritual de Cristo, um organismo vivo com suas reuniões em torno do Senhor Jesus e suas ordenanças. Por outro lado, é também uma organização, congregação ou assembleia, com sua forma de governo. A presente lição pretende mostrar a natureza organizacional da Igreja.

Explicação:
A igreja, enquanto corpo de Cristo, é chamada a viver em unidade e harmonia. No entanto, para que essa vida espiritual seja sustentada e frutífera, é necessária uma organização bem definida. A igreja deve ser vista como uma comunidade que, embora movida pelo Espírito, precisa de estrutura para garantir que suas práticas, como o ensino, a adoração e o serviço, sejam realizadas de maneira eficaz e ordenada. Esta lição nos convida a refletir sobre como equilibrar esses dois aspectos para fortalecer a missão da igreja no mundo.

I – Tito e as Igrejas na Ilha de Creta

  1. Tito

Da Lição:
O apóstolo escreveu a Tito, estando ele em Nicópolis, na costa oeste da Grécia, ou mais provavelmente, a caminho dessa região, pois ele afirma “deliberei invernar ali”, e não “aqui”. Como as Epístolas a Timóteo, a de Tito traz importantes diretrizes para os pastores em todos os lugares e épocas. Tito é chamado de “verdadeiro filho” do apóstolo Paulo (1.4), expressão que o apóstolo também usa para Timóteo (1 Tm 1.2).

Tito era grego (Gl 2.3), convertido provavelmente em Antioquia. Seu nome não é mencionado em Atos dos Apóstolos, mas aparece nove vezes em 2 Coríntios, duas em Gálatas (2.1,3), uma em 2 Timóteo (4.10) e na epístola que lhe fora destinada, que traz o seu nome. Foi companheiro do apóstolo Paulo em suas viagens missionárias e ajudou o apóstolo em Roma (2 Tm 4.10) e em Nicópolis (Tt 3.12).

Explicação:
Tito é apresentado como um colaborador próximo e confiável de Paulo, escolhido para liderar e organizar as igrejas em Creta. Sua designação como “verdadeiro filho” reflete a profunda relação espiritual e de confiança que Paulo tinha com ele. As menções frequentes de Tito nas epístolas indicam sua importância no ministério de Paulo, destacando-o como um exemplo de liderança fiel e eficaz na igreja primitiva.

  1. O Pastor de Creta

Da Lição:
Foi constituído pastor da ilha Creta pelo apóstolo Paulo para colocar “em boa ordem as coisas que restam” e, também, para estabelecer presbíteros de cidade em cidade. Os relatos de Atos omitem esse trecho do itinerário de Paulo. Ele passou por Creta durante a sua quarta viagem, na condição de prisioneiro, com destino a Roma, num local chamado “bons portos” (At 27.8). Pelo que parece, não foi nessa ocasião que ele deixou Tito em Creta.

Explicação:
A missão de Tito em Creta era crucial para a estabilidade e crescimento das igrejas locais. Sua tarefa de organizar e nomear presbíteros indica a necessidade de liderança estruturada para enfrentar os desafios espirituais e administrativos. A omissão deste evento nos Atos dos Apóstolos sugere que havia muitos aspectos do ministério de Paulo que não foram registrados, mas que eram essenciais para a expansão do cristianismo.

  1. Creta

Da Lição:
Em 67 a.C., Roma anexou a ilha de Creta ao seu império, unindo-a a Cirene, no Norte da África, nos termos da Líbia, como uma só província. A situação espiritual de Creta era desanimadora porque a igreja estava desorganizada, e o grande descuido no comportamento daqueles crentes é denunciado no capítulo 2. Parece que o relaxamento espiritual era consequência de um desleixo natural, que era característica dos cretenses (Tt 1.12,13). Outro problema ali é que havia judaizantes rebeldes, mercenários e provocadores de divisão (Tt 1.10-16).

Explicação:
A descrição de Creta como uma província romana com problemas espirituais reflete os desafios que Tito enfrentava. A desorganização e o comportamento inadequado dos crentes exigiam uma intervenção cuidadosa e estratégica. A presença de judaizantes e divisões internas complicava ainda mais a situação, tornando essencial a liderança forte e a organização eficaz para restaurar a ordem e a saúde espiritual das igrejas.

GRUPO DE INFORMAÇÕES, É SÓ CLICAR AQUI!

II – A Institucionalidade Bíblica da Igreja

  1. A Instrução Paulina

Da Lição:
A organização eclesiástica à qual o apóstolo Paulo instrui Tito não se restringe a uma estruturação ministerial. Estabelecer presbíteros de cidade em cidade (v. 5) e instruir os líderes durante a sua carreira apostólica (At 14.23; 20.28) o apóstolo já vinha fazendo.

O Novo Testamento revela a origem e o desenvolvimento desse governo. O apóstolo menciona “os bispos e diáconos” (Fp 1.1). O contexto da epístola dá a entender que o relaxo e o descuido em que estavam as comunidades cristãs da ilha de Creta eram reflexo da cultura da região (Tt 1.12). Isso está além de um problema meramente ministerial.

Explicação:
Paulo não apenas organizava as igrejas, mas também estabelecia uma rede de liderança que assegurava a continuidade e a saúde espiritual das congregações. A nomeação de presbíteros e a instrução dos líderes eram estratégias para garantir que a igreja permanecesse fiel e funcional. As comunidades em Creta, influenciadas por sua cultura, enfrentavam desafios que exigiam mais do que apenas liderança; precisavam de uma reestruturação que envolvesse toda a congregação.

  1. Igreja como Instituição

Da Lição:
Podemos definir organismo como a forma individual de vida, um ser ou algo vivente. Na eclesiologia, o ensino ou estudo sobre a Igreja, significa que a Igreja é um organismo porque é um corpo espiritual e vivo, cuja espiritualidade é gerada pelo Espírito Santo (1 Co 3.16,17; 6.19; Ef 2.21).

Ela é uma instituição divina que veio à existência pelo poder de Deus. Mas o nosso enfoque é a igreja como organização. Quando se fala em institucionalizar, dar caráter institucional ou de tornar institucional significa estabelecer organização. Na igreja, isso foi acontecendo com o tempo desde os dias apostólicos. O apóstolo tinha em mente uma organização da igreja.

Explicação:
A igreja é descrita como um organismo e uma instituição, o que reflete sua dualidade essencial. Como organismo, é viva e movida pelo Espírito Santo. Como instituição, é uma estrutura organizada que permite a realização de suas funções espirituais e sociais. Desde os dias apostólicos, a igreja tem evoluído para incluir uma estrutura organizacional que apoia sua missão e crescimento, garantindo que a espiritualidade e a administração caminhem juntas.

  1. Organização

Da Lição:
Temos no Novo Testamento alguns lampejos que nos mostram que aqueles irmãos se organizavam. Seguem alguns exemplos a favor da organização eclesiástica: havia local e horário e ordem no culto (1 Co 14.26,40), reunião de ministério para consagração de presbíteros, segundo o contexto da época de uma igreja emergente (At 14.23); foi realizado um concílio, que nós diríamos, uma convenção, para tratar de assuntos doutrinários (At 15.6). As igrejas dispunham de serviços sociais para atender as famílias economicamente fragilizadas; os capítulos 8 e 9 de 2 Coríntios tratam do assunto (Rm 15.25-27).

Havia na igreja de Corinto o que hoje chamaríamos de comissão de ética (1 Co 5.2-5) e também tesouraria (1 Co 16.1-3). A carta de recomendação era mais como um documento, um recurso para garantir a origem e identidade das pessoas (Rm 16.1,2).

Explicação:
O Novo Testamento fornece vários exemplos de como a igreja primitiva se organizava para funcionar de maneira eficaz. Existiam horários e locais definidos para cultos, consagrações de líderes, concílios para decisões doutrinárias e serviços sociais para apoiar os necessitados.

Além disso, a presença de comissões de ética e sistemas financeiros mostra que a igreja não apenas se preocupava com a espiritualidade, mas também com a administração prática e ética de suas atividades. Essas práticas ajudavam a manter a unidade e a eficácia da igreja em cumprir sua missão.

III – A Questão Atual

  1. Organismo e Organização

Da Lição:
A ideia é de que a igreja deve se restringir a um local onde as pessoas se reúnem para adorar a Deus, estudar a Palavra, pregar o evangelho, orar e celebrar as ordenanças eclesiásticas. O que alguns ainda não entenderam é que essas atividades espirituais exigem uma organização. A nossa atitude é mostrar que a Bíblia nos apresenta a Igreja como um organismo e, ao mesmo tempo, uma organização.

Mas nunca devemos nos esquecer de que somos cidadãos de duas pátrias, a terrestre e a celestial, e isso significa responsabilidade com as autoridades civis constituídas (Rm 13.1-7), como também com as autoridades eclesiásticas (Hb 13.17). O ensino de Jesus é: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21). A organização da igreja, além de ser uma necessidade natural, é também uma exigência do Estado.

Explicação:
A igreja é mais do que um simples local de encontro; é um organismo espiritual que funciona de forma eficaz através de uma organização bem estruturada. Esta estrutura não só facilita as atividades espirituais, mas também assegura que a igreja cumpra suas obrigações como instituição, tanto no âmbito espiritual quanto no civil. A responsabilidade dupla dos crentes, de acordo com as leis de Deus e do Estado, reforça a necessidade de uma organização que respeite ambas as esferas.

  1. A Experiência Pentecostal

Da Lição:
O movimento pentecostal moderno surgiu num contexto antidenominacionista, e ainda hoje há os que acreditam que tal organização representa um problema à vida espiritual. Os primeiros pentecostais modernos, desde os seus ancestrais, o Movimento Holiness, conhecido também como Movimento de Santidade, eram contra a institucionalidade da Igreja.

Charles Fox Parham, aos 20 anos de idade, assumiu o pastorado de uma igreja em Eudora, Kansas, mas, em 1895, ele entregou a licença de pregador local, deixando o denominacionismo para sempre, de modo que se tornou itinerante independente até o fim da vida.

Mas a igreja do período apostólico adotou um programa de funcionamento logo no limiar de sua história e foi uma bênção, pois ajudou a cumprir a sua tarefa de maneira eficaz (At 6.1-7).

Explicação:
A resistência inicial à organização entre os pentecostais reflete uma preocupação com a liberdade espiritual e a autenticidade da fé. No entanto, a experiência histórica demonstra que a organização não impede o movimento do Espírito, mas pode, de fato, facilitar a missão da igreja.

O exemplo da igreja apostólica, que estruturou suas atividades desde cedo, mostra que uma organização bem planejada pode ser uma bênção, permitindo que a igreja alcance seus objetivos espirituais de forma mais eficaz.

  1. É Necessário Organizar

Da Lição:
Em 1914, alguns dos pioneiros entenderam que havia chegado a hora de rever o sentimento antidenominacionista de Parham e de outros líderes que havia entre os pentecostais da santidade, isso para evitar um crescimento desordenado. Foi nesse contexto que foi criado o Conselho das Assembleias de Deus nos Estados Unidos. No Brasil, não foi diferente.

Diante do avanço da obra no Brasil, era necessário estruturar o Movimento Pentecostal e criar um órgão máximo para manter a identidade e a unidade doutrinária dessas igrejas no país e, dessa forma, trazer solução para as questões de ordem doméstica, interna e externa. Foi com base nesses ideais que os pioneiros brasileiros e suecos criaram a Convenção Geral das Assembleias de Deus, em setembro de 1930.

Explicação:
A organização formal das Assembleias de Deus representou um passo importante para garantir a continuidade e a unidade do movimento pentecostal. Ao estabelecer conselhos e convenções, os líderes puderam assegurar que a doutrina e a prática permanecessem alinhadas com os princípios fundamentais da fé. Esta estrutura organizacional não só ajudou a evitar o crescimento desordenado, mas também proporcionou uma base sólida para a expansão e a influência duradoura do movimento pentecostal no Brasil e no mundo.

Conclusão

Da Lição:
É importante entender que organização e organismo não são elementos excludentes em si mesmos, mas o contrário, pois isso ajuda no arranjo entre muitos organismos individuais num sistema geral. A Igreja é o povo de Deus do Novo Concerto, é uma comunidade internacional, uma congregação supranacional de estrangeiros e peregrinos (1 Pe 2.11). Seria humanamente impossível ela cumprir a sua agenda missionária, evangelizadora, ensino da Palavra e serviço social em nosso país e no mundo sem uma estrutura organizacional.

Explicação:
A conclusão ressalta a harmonia entre ser um organismo espiritual e uma organização funcional. A igreja, sendo uma comunidade global e diversificada, precisa de uma estrutura que permita a coordenação eficaz de suas atividades espirituais e sociais.

É através dessa organização que a igreja pode cumprir sua missão de maneira abrangente e eficaz, alcançando pessoas ao redor do mundo e promovendo o ensino da Palavra, a evangelização e o serviço social. A estrutura organizacional não é apenas um complemento, mas um elemento essencial para que a igreja atue como um corpo unido e eficiente na obra de Deus.

Explicação Adicional da Lição 12: A Igreja Tem Uma Natureza Organizacional

A lição sobre a natureza organizacional da igreja nos convida a refletir sobre como a igreja, enquanto corpo de Cristo, funciona tanto como um organismo espiritual quanto como uma organização prática. Esta dualidade é essencial para entender o papel da igreja no mundo e como ela pode cumprir sua missão de maneira eficaz.

A Dualidade da Igreja

A igreja é descrita como um organismo porque é viva e dinâmica, composta por indivíduos que são movidos pelo Espírito Santo. Cada membro é uma parte vital do corpo de Cristo, contribuindo com seus dons e talentos para o crescimento e edificação da comunidade.

No entanto, para que esse organismo espiritual funcione de maneira coordenada, é necessário que haja uma organização subjacente. Assim como um corpo humano precisa de um sistema nervoso e esqueleto para funcionar, a igreja precisa de uma estrutura organizacional que suporte suas atividades.

Importância da Organização

A organização na igreja não é apenas uma questão de eficiência, mas também de fidelidade à missão divina. Através de uma estrutura bem definida, a igreja pode administrar seus recursos, planejar suas atividades e coordenar seus esforços de evangelização e serviço social.

Isso inclui a nomeação de líderes, a realização de cultos ordenados e a implementação de programas de apoio à comunidade. Sem essa organização, a igreja corre o risco de se tornar desordenada e ineficaz em sua missão.

O Papel da Liderança

A liderança desempenha um papel crucial na organização da igreja. Líderes como Tito foram encarregados de estabelecer presbíteros e garantir que as igrejas locais funcionassem de maneira ordenada. A liderança eficaz é aquela que inspira, guia e coordena, assegurando que a missão da igreja seja cumprida de acordo com os princípios bíblicos.

Desafios e Oportunidades

A história do movimento pentecostal ilustra os desafios e oportunidades que a organização apresenta. Embora inicialmente houvesse resistência à institucionalização, a experiência mostrou que uma organização bem estruturada pode facilitar o crescimento e a eficácia da igreja. A criação de conselhos e convenções ajudou a manter a unidade doutrinária e a promover o avanço do evangelho.

Conclusão Integrada

Em suma, a lição nos ensina que a igreja, como povo de Deus, precisa equilibrar sua natureza espiritual com uma organização prática. Essa combinação permite que a igreja seja um agente de transformação no mundo, cumprindo sua missão de maneira eficaz e impactante. Ao entender e aplicar essa dualidade, a igreja pode continuar a crescer e a florescer, servindo como um farol de esperança e salvação para todos.

GRUPO DE INFORMAÇÕES, É SÓ CLICAR AQUI!

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

Esse website utiliza cookies.

Saiba Mais