CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA
- JEOVANE SANTOS.
DESCOMPLICADA: LIÇÃO 13 JUVENIS – “Quatrocentos Anos de Silêncio”
Da Lição:
Chegamos ao fim do trimestre e esperamos que tenha sido de grande ajuda para elevar o seu conhecimento bíblico, auxiliando-o a compreender melhor a ordem dos fatos históricos e a lógica de arrumação dos livros do Antigo Testamento. “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Sm 7.12b). Não só nos ajudou como também nos sustentou. Especialmente quando conseguimos chegar à conclusão de algum ciclo, fica um grande sentimento de gratidão. De fato, é importante que assim seja, pois a gratidão é um dos propulsores para as próximas conquistas. Portanto, seja grato a Deus por tudo que viveu até chegar aqui.
Explicação do Pastor:
E aí, galera! Chegamos ao final de mais um trimestre de estudos bíblicos! Espero que vocês tenham curtido essa jornada e aprendido muito sobre a Palavra de Deus. Quero lembrar a vocês que, assim como diz em 1 Samuel 7.12, \”Até aqui nos ajudou o Senhor\”. É importante sermos gratos a Deus por tudo o que Ele tem feito por nós, pois a gratidão nos motiva a buscar novas conquistas e a crescer em nossa fé. Então, vamos agradecer a Deus por tudo o que vivemos até aqui!
Tópico I – O Período Interbíblico
Da Lição:
1.1. A atividade profética na Bíblia: O Antigo Testamento se encerra com as profecias de Malaquias. Só há registro de atividade profética nas Sagradas Escrituras cerca de 400 anos depois, com João Batista, a “Voz do que clama no deserto”, profetizado por Isaías (Is 40.3; Mt 3.3). Contudo, na passagem acerca da apresentação de Jesus no Templo, ainda bebê, há menção à “profetisa Ana” e a Simeão, homem temente a Deus sobre o qual estava o Espírito Santo, que na ocasião revelou acerca de Jesus: “Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel” (Cf. Lc 2.25-38).
Explicação do Pastor:
E aí, pessoal! Sabiam que entre o último livro do Antigo Testamento e o Novo Testamento, rolaram uns 400 anos sem profetas? É como se Deus tivesse dado um tempo na comunicação direta com o povo. Mas, calma aí! Isso não significa que Ele abandonou Israel. A Bíblia nos mostra que, mesmo nesse período, Deus continuou agindo, preparando o caminho para a chegada de Jesus. A profetisa Ana e Simeão são exemplos de pessoas que, mesmo sem um profeta famoso, foram sensíveis à voz de Deus e reconheceram Jesus como o Messias.
Da Lição:
1.2. O “silêncio” de Deus: Os quatro séculos entre o fim do AT e o início do NT compreendem o período intertestamentário — também chamado de período interbíblico. Com isso, fala-se de “quatrocentos anos de silêncio” por não haver registro de uma atividade profética escrita em toda a nação.
Explicação do Pastor:
Galera, esses 400 anos são conhecidos como o “período interbíblico” ou “intertestamentário”. A gente chama de “silêncio de Deus” porque não temos nenhum livro da Bíblia escrito nessa época. Mas, como eu disse, Deus não estava parado! Ele estava trabalhando nos bastidores, cuidando do Seu povo e preparando o mundo para receber Jesus. É como quando a gente está esperando um presente muito especial: a gente não vê o que está acontecendo, mas sabe que algo incrível está por vir!
Tópico II – O Contexto Histórico da Época
Da Lição:
2.1. A dominação grega: Durante esse período, Alexandre, o Grande, tornou-se o maior imperador do antigo Oriente Médio, ao derrotar o Império Persa. Ele era filho de Felipe da Macedônia, um renomado perito militar e diplomata que formou um numeroso exército, transformando a pequena Macedônia em um império.
Felipe morreu aos 47 anos e Alexandre assumiu o seu lugar com apenas 20 anos. Considerado um gênio militar, Alexandre fora educado pelo filósofo Aristóteles, grande pensador da Grécia Antiga. Alexandre deu continuidade à expansão grega de seu pai. Com ideal expansionista, derrotou o Império Persa. Ele acreditava em “unir o mundo”, obrigando todos os povos conquistados por ele a aprenderem toda a cultura grega: língua, artes, filosofia, etc.
Explicação do Pastor:
E aí, galera! Já ouviram falar de Alexandre, o Grande? Esse cara foi um super líder que conquistou um monte de terras e espalhou a cultura grega por todo o mundo! Ele era tipo um gênio militar e queria que todo mundo aprendesse a língua, as artes e a filosofia da Grécia. Imaginem só, ele era tão importante que até teve aulas com o filósofo Aristóteles!
Da Lição:
2.2. A influência de Alexandre, o Grande: Assim, o pensamento grego expandiu-se sobre a filosofia, arquitetura, inclusive religião. Surgiram bibliotecas e universidades em Alexandria e em outros lugares. E mesmo após a morte de Alexandre, com apenas 33 anos, povos diferentes podiam comunicar-se com uma língua em comum, o grego. Isso foi de grande importância para o Evangelho, criando a possibilidade da pregação das Boas-Novas numa língua universal, pois o AT foi traduzido do hebraico para o grego neste período, a conhecida Septuaginta.
Antes de seu falecimento, seus principais generais dividiram o Império em quatro porções, duas das quais são importantes para o desenvolvimento histórico do NT: a porção dos Ptolemeus e a dos Selêucidas. O império dos Ptolemeus centralizava-se no Egito, tendo Alexandria por capital. Já os Selêucidas tinham por centro a Síria, e a Antioquia era a sua capital. A Palestina tornou-se vítima das rivalidades entre os Ptolemeus e os Selêucidas.
Explicação do Pastor:
Galera, a influência de Alexandre foi tão grande que, mesmo depois que ele morreu, a cultura grega continuou bombando! As pessoas começaram a construir bibliotecas e universidades, e a língua grega se tornou a língua mais falada do mundo.
Isso foi super importante para o Evangelho, porque a Bíblia foi traduzida para o grego, e assim as Boas Novas puderam ser espalhadas para todos os povos! Depois da morte de Alexandre, o império dele foi dividido entre seus generais, e a Palestina acabou ficando no meio de uma briga entre dois grupos: os Ptolomeus e os Selêucidas.
Tópico III – O Período Macabeu
Da Lição:
3.1. Os judeus reagem à oposição: O período Macabeu começa com a revolta iniciada por Matatias, um sacerdote indignado com a tentativa de Antíoco Epifânio de destruir os judeus e o judaísmo. Ele reuniu leais compatriotas e iniciou uma revolta em oposição ao governo, quando foi obrigado a oferecer um sacrifício pagão e, obviamente, recusou-se. Matatias matou o agente e fugiu com seus cinco filhos: Judas, Jônatas, Simão, João e Eleazar. Essa família era chamada de Macabeus, devido ao apelido Macabeu conferido a Judas, um de seus filhos.
Todo este período foi marcado por muitas guerras e perseguições até a restauração se concretizar. Um dos conflitos mais conhecidos é a Revolta dos Macabeus. Tudo isso intensificou os dois movimentos que viriam a se tornar os Fariseus e os Saduceus. Os Fariseus surgiram do grupo purista e nacionalista. Os Saduceus tinham uma visão menos purista.
Explicação do Pastor:
E aí, galera! Depois de um tempo, os judeus ficaram revoltados com um cara chamado Antíoco Epifânio, que queria acabar com a religião deles. Foi aí que um sacerdote chamado Matatias se levantou e começou uma revolta! Ele e seus filhos, que eram chamados de Macabeus, lutaram com muita coragem para defender a fé judaica. Essa época foi cheia de guerras e perseguições, mas também foi importante porque surgiram dois grupos religiosos muito conhecidos: os fariseus e os saduceus.
Da Lição:
3.2. Os judeus obtêm êxito: Um marco histórico foi quando Judas, um dos filhos de Matatias, entrou em Jerusalém, reedificou o Templo e os judeus assim recuperaram a liberdade religiosa, dando origem à Festa da Dedicação (Jo 10.22), entre 165 e 164 a.C. Tal acontecimento restaurou a nação da decadência política e religiosa, criando um espírito nacionalista e de unidade. Foi a renovação da religião judaica, do zelo pela Lei e da esperança messiânica.
Entretanto, como sabemos, a expectativa era equivocada, pois aguardava a vinda de um líder político, super-humano, especialmente após a tomada de Jerusalém pelos romanos, em 63 a.C. Assim, não reconheceram Jesus, o verdadeiro Messias, que veio para fazer uma libertação espiritual e não política ou geográfica. Por isso, muitos judeus o rejeitaram, cumprindo-se assim as profecias (Is 53.3). Mas essa história continua e o nosso estudo também. Aguarde o trimestre em que faremos uma viagem pelo Novo Testamento. Até lá!
Explicação do Pastor:
Galera, depois de muita luta, os judeus conseguiram vencer e reconquistar Jerusalém! Eles limparam o Templo e fizeram uma festa super legal para comemorar a liberdade religiosa. Essa festa é conhecida como a Festa da Dedicação, e Jesus até participou dela! Mas, infelizmente, os judeus estavam esperando um Messias que fosse um líder político e militar, e por isso não reconheceram Jesus, que veio para nos libertar do pecado e nos dar a vida eterna. Mas a história não acaba aí! No próximo trimestre, vamos estudar o Novo Testamento e conhecer a vida de Jesus!
Conclusão
Da Lição:
O conhecimento acerca dos acontecimentos históricos do período interbíblico é fundamental para entendermos todo o pano de fundo do mundo em que Jesus viveu, desde a língua grega até a existência dos Fariseus e Saduceus. Nas promessas divinas não há evidências que indiquem um Messias guerreiro, que restauraria Israel por meio de ações militares, como muitos judeus desejavam, mas sim do Messias que restauraria a relação do homem com Deus, tal como cumprido pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Explicação do Pastor:
E aí, galera! Para finalizar, é super importante conhecermos a história do período entre o Antigo e o Novo Testamento. Assim, entendemos melhor o mundo em que Jesus viveu, a língua que Ele falava e os grupos religiosos que existiam. A gente viu que os judeus estavam esperando um Messias que fosse um guerreiro, mas Jesus veio para nos libertar do pecado e nos dar a vida eterna. Que a gente possa sempre lembrar que Jesus é o nosso Salvador e que Ele cumpriu todas as promessas de Deus!
Texto Explicativo Extra: Entendendo o Silêncio para Compreender a Luz
A Lição 13 nos leva a um período fascinante da história bíblica: os 400 anos de silêncio entre o Antigo e o Novo Testamento. À primeira vista, pode parecer um tempo vazio, sem a voz dos profetas e sem a ação direta de Deus. No entanto, esse período foi fundamental para moldar o mundo em que Jesus nasceu e viveu.
Imagine um palco sendo preparado para uma grande peça teatral. Durante os 400 anos de silêncio, o cenário foi montado, os personagens foram definidos e as tensões dramáticas foram criadas. A dominação grega, com sua língua e cultura, unificou o mundo e facilitou a disseminação do Evangelho. O período Macabeu, com suas lutas e conquistas, fortaleceu a identidade judaica e reacendeu a esperança messiânica.
Quando Jesus entrou em cena, Ele não surgiu do nada. Ele nasceu em um mundo com uma história rica e complexa, com expectativas e anseios profundos. Ao compreendermos o período interbíblico, podemos apreciar melhor a mensagem e a missão de Jesus.
A lição nos ensina que, mesmo nos momentos de silêncio, Deus está trabalhando nos bastidores, preparando o caminho para a Sua manifestação. Assim como os 400 anos de silêncio foram essenciais para a vinda de Jesus, os momentos de espera e incerteza em nossas vidas também podem ser oportunidades para Deus agir e nos preparar para o futuro.
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