LIÇÃO 4 ADOLESCENTES: “Humanidade, a Coroa da Criação” – EBD 1 Trimestre 2025

Lição 13 Adolescentes: "Era uma vez uma família que se tornou um povo"- EBD 1 Trimestre 2025

CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA

  1. JEOVANE SANTOS.

DESCOMPLICADA:  LIÇÃO 4 ADOLESCENTES – “Humanidade, a Coroa da Criação“.

A Mensagem

“Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher.” (Gn 1.27)

Introdução

Da Lição: Você já parou para pensar na grandeza do universo, dos mundos animal e vegetal, e no corpo humano? Os detalhes são tão grandiosos que impressionam qualquer observador, até mesmo os cientistas. A vida não surgiu de forma espontânea, em processos guiados de forma cega, ao longo de milhares de anos.

O universo não surgiu a partir de uma explosão, em que o caos deu lugar ao mundo como o vemos, perfeitamente organizado. A verdade é que tudo veio à existência pela vontade de Deus. O Senhor criou todas as coisas.

Explicação: A reflexão sobre a criação nos leva a reconhecer a majestade de Deus como Criador. A complexidade e a beleza do universo, desde as galáxias até os organismos mais simples, revelam um Designer inteligente. Essa visão contrasta com teorias que minimizam a criação a meros processos aleatórios.

A compreensão de que tudo foi criado por Deus não apenas nos dá um senso de pertencimento, mas também nos chama a responsabilidade em relação à criação. Reconhecer Deus como o Criador é fundamental para entender nossa identidade e propósito.

I – A Criação do Ser Humano

  1. O Relato da Criação

Da Lição: A Bíblia revela como o ser humano foi criado (Gn 2.7). Com as próprias mãos, Deus formou Adão do pó da terra. Em seguida, soprou em suas narinas uma respiração de vida e, assim, o homem se tornou um ser vivo. Já para criar a mulher, Deus fez cair um pesado sono em Adão. Em seguida, retirou do homem uma costela, fechou a carne de Adão e, com o material original do primeiro homem, formou a mulher (Gn 2.21,22).

Explicação: O relato da criação do ser humano é profundamente significativo, pois revela a intenção pessoal de Deus em formar a humanidade. Ao criar Adão do pó da terra, Deus enfatiza a fragilidade e a dependência do homem. O ato de soprar vida em Adão simboliza a conexão íntima entre o Criador e a criatura.

Além disso, a criação da mulher a partir da costela de Adão destaca a igualdade e a interdependência entre os gêneros. Essa narrativa nos ensina que a humanidade é única e valiosa, pois fomos feitos à imagem de Deus, com um propósito especial.

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  1. O Conselho da Criação

Da Lição: Na criação dos céus e da terra, Deus usou a palavra e tudo veio a existir (Sl 33.9). Em relação aos seres humanos, a Trindade foi reunida para criar algo diferente. Era uma reunião solene, para uma finalidade grandiosa. Essa nova criação não estava ligada aos astros, nem aos mares, tampouco surge da terra. Deus disse: “[…] — Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco […]” (Gn 1.26).

Explicação: A participação da Trindade na criação do ser humano indica a importância dessa nova criação. A deliberada consulta entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo para criar a humanidade destaca nosso valor único. Ser feito à imagem e semelhança de Deus implica uma responsabilidade: refletir Seu caráter e Sua glória no mundo.

Essa verdade nos chama a viver de maneira que honre a Deus, reconhecendo que somos representantes d’Ele na Terra. A imagem de Deus em nós nos capacita a amar, criar e nos relacionar de forma significativa.

II – Criados à Imagem e Semelhança de Deus

Da Lição: A imagem e semelhança de Deus no ser humano (Gn 1.27) apontam, em primeiro lugar, para o propósito da vida humana: amar e servir ao Criador. Outro aspecto da imagem e semelhança é a capacidade do homem em se relacionar com outros seres humanos.

Ela também diz respeito ao poder para dominar sobre os peixes, sobre as aves, sobre os animais domésticos e selvagens. Para isso, o homem utiliza sua inteligência para refletir, falar, tomar decisões, etc. Após a entrada do pecado no mundo, essa imagem de Deus no homem foi afetada, mas ainda pode ser encontrada.

Explicação: A imagem de Deus em nós nos confere dignidade e valor intrínsecos. Isso significa que cada ser humano tem um propósito divino, que vai além da mera existência física. A capacidade de amar e servir a Deus é uma expressão da imagem divina em nós. Além disso, a habilidade de se relacionar com outros seres humanos reflete a comunhão que existe na própria Trindade.

Mesmo após a queda, a imagem de Deus não foi completamente destruída; ela foi distorcida, mas ainda está presente. Isso nos chama a buscar a restauração dessa imagem em nossas vidas, através de Cristo, que nos transforma e nos reconcilia com o Pai.

III – Criados para Serem Mordomos

  1. A Mordomia Antes da Queda

Da Lição: Tendo criado o homem, o Senhor deu a ele obrigações no Éden. Adão e Eva deveriam cuidar do jardim e nele fazer plantações (Gn 2.15), era a mordomia da terra. Além disso, deveriam exercer domínio sobre os animais (Gn 1.26). O casamento também foi uma bênção dada aos seres humanos ali (Gn 2.24). A mordomia envolvia ainda a correta alimentação (Gn 2.16). Até para os animais havia a orientação alimentar (Gn 1.30).

Explicação: A mordomia é um princípio teológico que nos lembra que somos administradores das bênçãos de Deus. O cuidado com a criação e a responsabilidade sobre o que nos foi confiado são fundamentais para a vida cristã. O trabalho no Éden era uma expressão da criatividade e da capacidade de Adão e Eva de refletir a natureza de Deus.

O casamento, como uma bênção, também mostra a importância das relações interpessoais. A mordomia vai além da simples administração; é uma forma de adoração e serviço ao Criador.

  1. A Mordomia Depois da Queda

Da Lição: Tendo pecado, o homem e sua esposa já não podiam mais administrar como no princípio. Para Adão, o trabalho da terra tornou-se penoso (Gn 2.17,18). Nesses novos tempos, os administradores passaram a ter muitas dificuldades.

Explicação: A entrada do pecado trouxe consequências profundas para a mordomia. O trabalho, que antes era uma alegria, tornou-se uma luta. A relação entre o ser humano e a criação foi afetada, resultando em um mundo onde a dor e o sofrimento são comuns.

No entanto, mesmo em meio a essas dificuldades, somos chamados a continuar a exercer a mordomia. A graça de Deus nos capacita a cumprir nossas responsabilidades, mesmo em meio às dificuldades. Isso nos ensina que, embora a criação tenha sido corrompida, ainda somos chamados a trabalhar e a administrar com fidelidade.

  1. Bons Mordomos do Senhor

Da Lição: Todos nós devemos exercer a mordomia dos bens dados por Deus à humanidade. Jesus também ensinou sobre isso. Ele advertiu seus ouvintes sobre a mordomia quando contou a parábola dos talentos (Mt 25.14-30), reafirmando que todos nós temos responsabilidades de cuidar bem daquilo que o Criador nos confiou.

Explicação: A parábola dos talentos nos lembra que cada um de nós tem habilidades e recursos únicos que devemos administrar para a glória de Deus.

A mordomia não se limita aos bens materiais, mas abrange todas as áreas de nossas vidas, incluindo nosso tempo, talentos e relacionamentos. Ser um bom mordomo implica ser diligente e responsável em tudo o que fazemos. Através de nossa mordomia, podemos glorificar a Deus e impactar positivamente aqueles ao nosso redor.

Conclusão

Da Lição: Deus criou o homem com suas próprias mãos. Feitos à imagem e semelhança de Deus, fomos constituídos mordomos de diversos bens. Assim, o Criador espera de nós que sejamos bons administradores de todas as boas coisas que Ele nos confiou.

Explicação: A conclusão nos lembra que nossa identidade como criaturas feitas à imagem de Deus vem com a responsabilidade de cuidar de Sua criação. A mordomia é uma expressão de nossa gratidão e adoração a Deus. Ao vivermos como bons mordomos, honramos a Deus e cumprimos nosso propósito de refletir Sua glória no mundo. Que possamos ser fiéis em nossas responsabilidades, reconhecendo que tudo o que temos é um presente do nosso Criador. Essa consciência nos leva a viver de maneira intencional, buscando sempre a vontade de Deus em nossas vidas.

Comentário Teológico Extra sobre a Lição 4: Humanidade, a Coroa da Criação

A Grandeza da Criação e a Imago Dei

A narrativa da criação em Gênesis revela não apenas a origem do ser humano, mas também a grandeza do plano divino. A expressão “imagem e semelhança de Deus” (Gn 1.26) é central para a teologia da humanidade. Essa frase implica que os seres humanos possuem características que refletem o Criador, como a capacidade de raciocinar, criar, amar e se relacionar.

A teologia cristã ensina que, ao sermos feitos à imagem de Deus, somos dotados de dignidade intrínseca, o que nos diferencia de toda a criação. Essa dignidade é a base para a ética cristã, que defende o valor de cada vida humana.

A Trindade na Criação

A reunião da Trindade no ato da criação (Gn 1.26) é significativa. Essa interação entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo não apenas destaca a unidade e a diversidade de Deus, mas também sugere que a criação do ser humano é um ato colaborativo com um propósito divino.

A Trindade, sendo uma comunhão perfeita, nos convida a viver em relacionamentos saudáveis e harmoniosos, refletindo essa unidade em nossas interações. Isso implica que a verdadeira natureza humana é relacional, tanto com Deus quanto com o próximo.

A Mordomia como Chamado Divino

A responsabilidade de cuidar da criação, ou mordomia, é um tema teológico profundo. Desde o início, Deus confiou ao ser humano a tarefa de administrar e cuidar do jardim do Éden (Gn 2.15). Essa mordomia não é apenas uma obrigação, mas um privilégio que reflete a confiança de Deus em nós. A mordomia é uma extensão do caráter de Deus, que é um Criador cuidadoso e amoroso.

O conceito de mordomia se estende a todas as áreas da vida, incluindo a gestão de recursos financeiros, ambientais e relacionais. A parábola dos talentos (Mt 25.14-30) exemplifica essa responsabilidade, enfatizando que seremos chamados a prestar contas de como utilizamos os dons e recursos que Deus nos confiou.

A Queda e a Imagem de Deus

A entrada do pecado no mundo (Gn 3) afetou a imagem de Deus no ser humano, mas não a destruiu completamente. Embora a relação entre o Criador e a criatura tenha sido rompida, a dignidade humana permanece. A teologia da queda nos ensina que, apesar da corrupção e do sofrimento que o pecado trouxe, a imagem de Deus ainda pode ser vista em cada ser humano.

Isso é fundamental para a compreensão da graça e da redenção em Cristo. A obra redentora de Jesus não apenas restaura a relação entre Deus e a humanidade, mas também inicia o processo de renovação da imagem de Deus em nós (Rm 8.29).

A Responsabilidade Ética e Social

A compreensão de que somos feitos à imagem de Deus e chamados à mordomia traz implicações éticas e sociais. Isso nos leva a considerar como tratamos o meio ambiente, os animais e, especialmente, uns aos outros. A ética cristã fundamenta-se na dignidade humana e na responsabilidade de amar e servir ao próximo.

A injustiça, a opressão e a exploração vão contra o propósito de Deus para a humanidade. Portanto, a missão da igreja inclui não apenas a proclamação do evangelho, mas também a promoção da justiça e da compaixão no mundo.

Conclusão Teológica

A lição sobre a humanidade como a coroa da criação nos convida a refletir sobre nossa identidade, propósito e responsabilidade. Somos feitos à imagem de Deus, chamados a viver em comunhão com Ele e com os outros, e a administrar a criação com sabedoria e cuidado. A mordomia é uma expressão de nossa adoração e gratidão ao Criador, e nos lembra que cada aspecto de nossas vidas deve ser vivido para Sua glória.

À medida que buscamos restaurar a imagem de Deus em nós, somos desafiados a viver de maneira que honre essa dignidade e a refletir o amor e a graça de Deus em um mundo quebrantado. Que possamos ser fiéis mordomos de tudo o que Deus nos confiou, reconhecendo que, em última análise, somos chamados a viver em comunhão com o Criador e a cuidar de Sua criação.

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