CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA
- JEOVANE SANTOS.
DESCOMPLICADA: LIÇÃO 4 JUVENIS Os Hebreus Vão para o Egito
Em Destaque
“E falou Deus a Israel em visões, de noite, e disse: Jacó! Jacó! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.” (Gn 46.2,3).
Introdução
Da Lição: Nesta lição sobre a ida do povo hebreu para o Egito, observaremos o protagonismo de José, sua fidelidade a Deus e sua paciência diante das provações. José era bem jovem quando teve os sonhos que revelavam o seu futuro grandioso.
Mas teve de atravessar ainda muitas reviravoltas até vivenciá-los: foi invejado pelos irmãos, vendido como escravo e, mesmo fiel em sua tarefa, foi caluniado e preso. Na prisão, ainda ficou esquecido por um tempo, até enfim chegar o grande momento de sair e ver cumpridas as promessas do Senhor em sua vida.
Explicação: A narrativa de José é um exemplo poderoso de como Deus pode usar as dificuldades para moldar nosso caráter e preparar-nos para os Seus propósitos. A trajetória de José, desde os sonhos até sua ascensão como governador do Egito, ilustra a importância da paciência e da fidelidade em tempos de provação. Cada reviravolta em sua vida, embora dolorosa, foi parte do plano divino.
Da Lição: Desde o dia em que sonhou até o dia em que foi nomeado governador do Egito, passaram-se aproximadamente 13 anos (Cf. Gn 37.2; 41.46). A fé de José foi provada durante todo este período. Agora reflita: você acha que seus sonhos estão demorando a se cumprir? Espere em Deus, assim como José, com integridade e mansidão, pois o Senhor sempre cumpre o que promete e os que n’Ele esperam jamais serão envergonhados (Sl 25.3).
Explicação: A espera de José é um lembrete de que o tempo de Deus não é o nosso tempo. Muitas vezes, somos desafiados a confiar em Suas promessas, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis. A fé é testada na espera, e a perseverança é uma virtude que Deus valoriza. Assim como José, devemos manter nossa integridade e confiar que, no devido tempo, Deus cumprirá o que prometeu.
GRUPO DE INFORMAÇÕES, É SÓ CLICAR AQUI!
1. A Família de Jacó
1.1. A Preferência do Pai por José
Da Lição: O patriarca Jacó, cujo nome fora mudado para Israel, teve doze filhos homens e estes filhos deram origem às doze tribos de Israel. Dentre as doze tribos, existem duas “meia-tribos” que são as de Efraim e Manassés, os filhos de José, netos de Jacó. Isto ocorreu porque, em vez de existir a tribo de José, existiam duas “meia-tribos” que o representavam.
Explicação: A preferência de Jacó por José é um ponto crucial na narrativa, pois gerou ciúmes e conflitos entre os irmãos. A escolha de Jacó em dar a José uma túnica diferenciada simbolizava seu amor especial, mas também alimentou a animosidade dos irmãos. Isso nos ensina que o favoritismo pode causar divisões e desarmonia nas relações familiares, refletindo a necessidade de justiça e equidade nas dinâmicas familiares.
Da Lição: “E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.” (Gn 37.1) Foi neste lugar que José teve os seus sonhos: o sonho dos molhos de trigo de seus irmãos curvando-se diante do molho de José; e o sonho do sol, da lua e onze estrelas também se curvando diante dele (Gn 37.5-11).
A partir de tal revelação, os irmãos de José — que já não gostavam dele por ser o filho preferido de Jacó, por ter ganhado uma túnica diferenciada e por denunciar os erros dos irmãos (Gn 37.3-4) — “tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras” (v. 8b).
Explicação: Os sonhos de José são significativos, pois representam não apenas suas aspirações pessoais, mas também o plano divino para sua vida e para a nação de Israel. A reação negativa dos irmãos ilustra como os planos de Deus podem ser desafiados pela inveja e pela falta de fé. A mensagem é clara: mesmo quando os outros não acreditam em nós ou nos rejeitam, o propósito de Deus prevalecerá.
Da Lição: Após este episódio, então, os irmãos de José tramaram a sua morte. Enquanto discutiam se deveriam ou não matá-lo, com ele já dentro de um poço, passou uma caravana de ismaelitas e seus irmãos decidiram vendê-lo como escravo para aqueles comerciantes. Assim, José foi levado para o Egito (Gn 37.23-28).
Seus irmãos mancharam sua túnica com o sangue de um cabrito e levaram-na para Jacó. Todos os envolvidos na trama, mentindo para seu pai, assistiram ao seu pranto por dias em luto pela vida de seu filho preferido, pensando que uma fera o devorara até a morte.
Explicação: A venda de José como escravo é um ponto de virada crucial na história. A traição dos irmãos não apenas muda o curso da vida de José, mas também inicia um processo que levará à salvação de sua família durante a fome. A mentira que os irmãos contaram a Jacó revela a profundidade da dor e da desunião que o pecado pode causar. Isso nos lembra da importância da verdade e da integridade nas relações familiares.
1.2. A Bênção de Deus em Meio à Dor
Da Lição: Chegando ao Egito, José foi vendido a Potifar, capitão da guarda de Faraó. Mesmo traído pelos irmãos e vendido como escravo, a Bíblia diz que o Senhor estava com José e o fazia próspero (Gn 39.2). Ao ponto de até mesmo Potifar perceber que tudo o que José cuidava era abençoado. Por isso, colocou todas as suas posses sob os cuidados do jovem. E o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José (Gn 39.3-6).
Explicação: A presença de Deus na vida de José, mesmo em meio às adversidades, é um testemunho da fidelidade divina. A prosperidade que José experimentou, apesar de sua condição de escravo, demonstra que a verdadeira riqueza vem de um relacionamento com Deus. Isso nos ensina que, independentemente das circunstâncias, a bênção de Deus pode ser evidente em nossas vidas quando permanecemos fiéis a Ele.
Da Lição: Muitas vezes, funciona assim na vida do crente. Mesmo em meio às adversidades e injustiças, até os ímpios reconhecem a prosperidade do Senhor em nossa vida. José tinha boa aparência e chamou a atenção da mulher de Potifar, que o cobiçava (Gn 39.7). Como José era temente a Deus, recusou-a mais de uma vez.
Até que em uma emboscada, mesmo José fugindo do pecado, ela o acusou e, injustamente, José foi preso (Gn 39.8-20).
Explicação: A tentação enfrentada por José e sua resistência são exemplos de integridade moral. Sua decisão de recusar a sedução da mulher de Potifar reflete sua devoção a Deus e sua compreensão do que é certo. Ser injustamente preso por fazer a coisa certa é uma prova de que a vida cristã pode envolver sofrimento, mas também é uma oportunidade de testemunhar a fé em momentos difíceis.
Da Lição: Imagine que coisa cruel ser preso por um crime que não cometeu. Entretanto, mais uma vez, Deus usaria uma situação difícil para aproximar José ainda mais do cumprimento de seus sonhos. José não entendia na época, mas sempre esteve no lugar certo e na hora certa para que os propósitos de Deus se cumprissem em sua vida.
Explicação: As injustiças que José enfrentou foram, na verdade, parte do plano divino. Isso nos ensina que, mesmo quando não entendemos as circunstâncias, Deus está orquestrando tudo para cumprir Seus propósitos. A fé é fundamental para confiar que Deus está no controle, mesmo em situações que parecem sem esperança.
Da Lição: Quantas vezes não acontece o mesmo conosco, não é verdade? Por isso, a fé, a certeza daquilo que ainda não se vê, é tão necessária durante a jornada (Cf. Hb 11.1). José precisou passar por tudo isso, mas através de sua vida, Deus salvou milhares da fome — até mesmo a sua família e o destino de todo o seu povo.
Quando chegou o período de grande fome revelado pelo Senhor a Faraó, através de José, apenas o Egito tinha estoque de alimento e vendia para todos os povos que o procuravam. Esta notícia chegou à família de Jacó, que enviou dez de seus filhos para o Egito em busca de alimento (Gn 42.1-5). Jacó, entretanto, não permitiu a ida de Benjamim, o filho mais novo, nesta comitiva.
Explicação: A fé de José não apenas o sustentou, mas também teve um impacto significativo na vida de sua família e de muitos outros. O fato de que o Egito tinha alimento durante a fome é um testemunho da providência de Deus. A decisão de Jacó de enviar seus filhos ao Egito demonstra a necessidade de confiar em Deus, mesmo quando a situação parece desesperadora.
Da Lição: Portanto, os pontos-chave para a ida da família de Jacó ao Egito são: (1) os sonhos de José; (2) sua venda como escravo; e (3) a fome que assolou o mundo naquela época. Toda essa narrativa bíblica mostra como Deus está sempre no controle da história.
Explicação: Esses três pontos são fundamentais para entender como Deus utiliza eventos aparentemente negativos para realizar Seus propósitos. A história de José é um exemplo claro de que, independentemente das dificuldades que enfrentamos, Deus está sempre no controle e tem um plano maior em ação.
2. A Ida para o Egito
2.1. José na Prisão
Da Lição: José estava preso, mas o Senhor estava com ele até mesmo na prisão e o tratou com bondade. Fez José conquistar a simpatia do carcereiro, que, em pouco tempo, encarregou José de todos os outros presos e de todas as tarefas da prisão (Cf. Gn 39.21-22).
Explicação: A presença de Deus na vida de José, mesmo em sua prisão, é um testemunho da fidelidade divina. A capacidade de José de conquistar a confiança do carcereiro reflete sua integridade e caráter, mesmo em uma situação tão difícil. Isso nos ensina que, mesmo em tempos de adversidade, a bondade e a fé podem abrir portas e criar oportunidades.
Da Lição: Foi na prisão que José se deparou com dois prisioneiros que já haviam servido a Faraó: o chefe dos padeiros e o chefe dos copeiros. Certa noite, enquanto estavam presos, o copeiro e o padeiro tiveram, cada um, um sonho, e cada sonho tinha o seu significado (Cf. Gn 40.5).
Ambos amanheceram inquietos e José, ao perguntar-lhes o motivo da inquietação, contaram-lhe seus sonhos. José, por sua vez, os interpreta: O sonho do copeiro teve um significado favorável, enquanto o sonho do padeiro não (Cf. Gn 40). Após três dias, Faraó convocou um banquete e tudo ocorreu exatamente da maneira como José interpretou: Faraó restituiu o cargo do chefe dos copeiros e mandou executar o padeiro.
Explicação: A interpretação dos sonhos dos prisioneiros é um momento crucial na vida de José, pois mostra como Deus o capacitou para cumprir um papel importante na história do Egito e do povo hebreu. José não apenas usou seu dom, mas também demonstrou compaixão ao se preocupar com a inquietação dos outros. Isso nos lembra da importância de usar nossos talentos para ajudar os outros, mesmo em situações difíceis.
Da Lição: A capacitação de Deus dada a José para interpretar sonhos foi fundamental não só para José, mas também para toda a história do povo hebreu, pois através dele, Deus começou a mudar a sorte de seu povo e a concretizar seus propósitos mais amplos.
Explicação: A habilidade de José em interpretar sonhos não era apenas uma bênção pessoal, mas uma ferramenta que Deus usou para iniciar um plano redentor. Isso nos ensina que nossos dons e habilidades podem ser usados por Deus para propósitos maiores do que nós mesmos, impactando vidas e comunidades.
2.2. José Interpreta os Sonhos do Faraó
Da Lição: Faraó teve dois sonhos: sete vacas gordas que foram devoradas por sete vacas magras. Em seguida, sete espigas boas e saudáveis, que foram devoradas por sete espigas murchas e ressequidas. Faraó ficou perturbado e mandou chamar todos os magos e sábios do Egito para interpretarem seus sonhos, mas nenhum deles conseguiu. Até que o chefe dos copeiros lembrou-se de que José interpretou seu sonho e tudo ocorreu como ele havia dito, e contou isso a Faraó (Cf. Gn 41.1-13).
Explicação: Os sonhos de Faraó e a incapacidade dos sábios do Egito em interpretá-los destacam a soberania de Deus sobre a sabedoria humana. Quando José é chamado para interpretar os sonhos, ele não apenas revela o que Deus lhe mostrou, mas também glorifica a Deus, reconhecendo que a interpretação pertence ao Senhor. Isso nos lembra da importância de dar crédito a Deus em todas as nossas realizações.
Da Lição: No tempo certo, José foi lembrado e seus talentos foram úteis para Deus cumprir seus propósitos. Não se preocupe se na sua vida ainda não aconteceu aquilo que você sonha e espera. Continue fazendo sua parte e sendo fiel ao Senhor que, no tempo certo, Ele cumprirá todo o Seu desígnio na sua história.
Explicação: A lembrança de José no momento certo é um poderoso lembrete de que Deus tem um tempo perfeito para cada um de nós. Mesmo quando as coisas parecem demoradas ou sem esperança, devemos permanecer fiéis e diligentes. A história de José nos encoraja a confiar que Deus está sempre trabalhando em nosso favor, mesmo quando não podemos ver.
3. O Legado de José
3.1. José Conhece Faraó
Da Lição: Quando José vai à presença de Faraó, ele glorifica a Deus, dizendo que o Senhor dará a interpretação dos sonhos, o que de fato acontece. No momento mais importante de sua vida, José glorificou a Deus, mesmo após muito sofrimento.
Explicação: A atitude de José ao glorificar a Deus diante de Faraó é um exemplo poderoso de humildade e reconhecimento da soberania divina. Mesmo após passar por tantas dificuldades, José não se esqueceu de dar crédito a Deus. Isso nos ensina que, em momentos de triunfo, devemos sempre lembrar de onde vem nossa sabedoria e nossas bênçãos. A disposição de José em glorificar a Deus é um testemunho de sua fé e de seu caráter.
Da Lição: Faraó viu em José uma sabedoria tão sobrenatural que afirmou que o Espírito de Deus estava sobre ele e ordenou que José governasse o Egito ao seu lado (Gn 41.38-44). Além disso, José foi um excelente administrador tanto no período de fartura, guardando 1/5 da colheita, quanto no período da seca, vendendo trigo para os famintos que iam ao Egito.
Explicação: A sabedoria de José, reconhecida por Faraó, é um exemplo de como Deus pode capacitar Seus servos para cumprir grandes propósitos. A administração eficaz de José durante os anos de fartura e seca não apenas salvou o Egito, mas também preservou a vida de muitos, incluindo sua própria família. Isso nos ensina sobre a importância da boa administração e da preparação, especialmente em tempos de abundância, para enfrentar as dificuldades futuras.
3.2. A Família de José Vai ao Egito
Da Lição: Dentre tantos povos que foram ao Egito em busca de alimento, estavam também os irmãos de José. Ele os reconheceu, mas José estava diferente e não se deu a conhecer até que pudesse processar aquele encontro.
A narrativa de quando ele se revela aos seus irmãos nos faz refletir o quanto deve ter sido difícil escolher o caminho do perdão e não o da vingança. Vemos que o Espírito do Senhor ainda estava em José; ele conseguiu liberar um genuíno e emocionante perdão e ainda proveu salvação, ao mandar trazer toda a sua família ao Egito (Gn 45.1-11).
Explicação: O reencontro de José com seus irmãos é um momento de grande tensão emocional. A escolha de José em perdoar, em vez de buscar vingança, revela a profundidade de seu caráter e a influência de Deus em sua vida.
O perdão é um tema central na fé cristã, e a capacidade de José de perdoar seus irmãos, que o traíram, é um exemplo poderoso para nós. Isso nos ensina que o perdão não apenas liberta o ofensor, mas também traz cura e restauração às relações.
Da Lição: Quando Jacó chegou ao Egito com toda a sua família, cerca de 70 pessoas, eles habitaram numa terra boa para o plantio, sob a autorização do Faraó. E os hebreus prosperaram muito na terra de Gósen, no Delta do Nilo (Gn 47.1-12), onde o povo cresceu e se multiplicou abundantemente (v. 27).
Explicação: A prosperidade dos hebreus em Gósen é um testemunho da providência de Deus. A escolha de uma terra fértil para habitar e cultivar reflete a bondade de Deus em cuidar de Seu povo.
A multiplicação dos hebreus também é significativa, pois representa o cumprimento das promessas de Deus a Abraão, Isaque e Jacó. Isso nos lembra que, mesmo em meio a circunstâncias adversas, Deus é capaz de trazer crescimento e bênçãos.
Da Lição: O tempo passou até se levantar um Faraó que não conhecia a história de José e sua família (Êx 1.8). Este Faraó, provavelmente, depôs toda a dinastia do anterior e tomou o poder. Ele percebeu que o povo hebreu crescia e prosperava com muita velocidade e, movido por inveja e medo, escravizou e oprimiu o povo.
Entretanto, quanto mais o povo era oprimido, mais crescia. Deus utiliza até uma situação adversa, que um dia acabará, para nos fazer crescer.
Explicação: A mudança de atitude do novo Faraó em relação ao povo hebreu ilustra como a ingratidão pode prevalecer na memória coletiva. O crescimento dos hebreus, mesmo sob opressão, é um testemunho do poder de Deus para sustentar e fortalecer Seu povo. Esse cenário nos ensina que, mesmo em tempos de opressão, a fidelidade de Deus e a resiliência de Seu povo podem levar a um crescimento espiritual e numérico.
Para Concluir
Da Lição: Deus está no controle de todas as situações. Por mais que uma circunstância pareça adversa, injusta ou que não haja saída, lembre-se da história de José. Deus sabe o que está fazendo, mesmo quando não entendemos. O agir de Deus é surpreendente: um dia José estava ‘esquecido’ numa prisão e no outro estava sendo exaltado por Faraó diante de todo o Egito. Ele usa até o que nos ocorre de mais doloroso e terrível para um dia alcançarmos o que foi prometido.
Explicação: A história de José é um poderoso lembrete de que Deus está sempre no controle, mesmo quando as circunstâncias parecem caóticas. Ele pode usar as dificuldades e dores para moldar nosso caráter e cumprir Seus propósitos.
A confiança em Deus e a certeza de que Ele está trabalhando em nosso favor são fundamentais para enfrentar os desafios da vida. Que possamos aprender com a vida de José e confiar em Deus, sabendo que Ele tem um plano perfeito para cada um de nós.
Comentário Teológico Bônus sobre a Lição 4: Os Hebreus Vão para o Egito
A Providência Divina na Vida de José
A narrativa de José é uma das mais poderosas no contexto bíblico, ilustrando a providência divina em meio às adversidades. Desde sua juventude, quando recebeu os sonhos que previam seu futuro, até sua ascensão como governador do Egito, a vida de José é um testemunho de como Deus orquestra eventos para cumprir Seus propósitos.
A providência de Deus é uma doutrina central na teologia cristã, que afirma que Deus está ativamente envolvido na criação e na história, guiando tudo conforme Sua vontade soberana.
O Valor do Perdão
O ato de perdão de José aos seus irmãos é uma lição teológica profunda. O perdão é um tema recorrente nas Escrituras, refletindo o caráter de Deus, que perdoa nossos pecados. Em Mateus 6.14-15, Jesus ensina que devemos perdoar os outros, assim como fomos perdoados.
O perdão de José não apenas restaurou relacionamentos, mas também foi um passo crucial para a salvação de sua família e do povo hebreu. Essa narrativa nos ensina que o perdão é uma escolha que traz liberdade e cura, tanto para quem perdoa quanto para quem é perdoado.
A Soberania de Deus em Tempos de Crise
A opressão que os hebreus enfrentaram sob o novo Faraó é um lembrete de que, mesmo em tempos de crise, Deus está no controle. A história do povo hebreu no Egito mostra que, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis, Deus está trabalhando para o bem de Seu povo.
Romanos 8.28 afirma que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” A experiência dos hebreus ilustra que, mesmo em meio à opressão, Deus pode usar a adversidade para fortalecer a fé de Seu povo e prepará-los para o futuro.
O Crescimento Espiritual em Tempos de Adversidade
A multiplicação do povo hebreu durante a opressão é um exemplo de como Deus pode trazer crescimento espiritual e numérico em meio às dificuldades. A opressão não diminuiu a fé do povo, mas, pelo contrário, a fortaleceu.
Em Êxodo 1.12, lemos que “quanto mais os oprimiam, mais se multiplicavam e mais se espalhavam.” Isso nos ensina que, em tempos de dificuldade, Deus pode usar a adversidade para refinar nossa fé e nos preparar para as promessas que Ele tem para nós.
Conclusão Teológica
A história de José e a ida dos hebreus para o Egito são ricas em lições teológicas que falam sobre a providência, o perdão, a soberania de Deus e o crescimento espiritual. Em cada etapa da vida de José, vemos a mão de Deus guiando e moldando os eventos para cumprir Seus propósitos.
Essa narrativa nos encoraja a confiar em Deus, mesmo quando enfrentamos dificuldades, sabendo que Ele está sempre trabalhando para o nosso bem e para a Sua glória. Que possamos aprender a viver com fé, perdoar com generosidade e confiar na soberania de Deus em todas as circunstâncias da vida.
GRUPO DE INFORMAÇÕES, É SÓ CLICAR AQUI!