CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA
- JEOVANE SANTOS.
DESCOMPLICADA: LIÇÃO 6 ADULTOS –“ O Filho é igual com o Pai“
Resumo da Temática da Lição:
A lição 6 aborda a relação entre o Filho e o Pai, enfatizando que Jesus é igual ao Pai, uma verdade central na teologia cristã. O texto áureo de Hebreus 1.8 destaca a divindade de Cristo, afirmando que “o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos”. Essa relação é fundamental para a compreensão da natureza de Deus e da obra redentora de Jesus.
Importância do Tema:
Compreender a igualdade entre o Filho e o Pai é essencial para a fé cristã, pois afeta diretamente a nossa adoração, a nossa compreensão da salvação e a nossa identidade como filhos de Deus. A lição busca esclarecer essa verdade com bases sólidas nas Escrituras.
I – A Doutrina Bíblica da Relação do Filho com o Pai
- Ideia de Filho
Da Lição:
O conceito de filho no pensamento judaico implica a igualdade com o pai (Mt 23.29-31). Uma das ideias de filho na Bíblia é a identidade de natureza.
Explicação:
No contexto judaico, a relação entre pai e filho é profunda e carrega o significado de continuidade e identidade. O filho não é apenas um descendente, mas compartilha a mesma essência e autoridade do pai. Essa ideia é crucial para entender a relação de Jesus com Deus, pois Ele não é apenas um representante de Deus, mas Deus encarnado, com a mesma natureza divina.
- Significado Teológico
Da Lição:
Indica igualdade de natureza, ou seja, mesma substância. É o que acontece com Jesus; Ele é chamado Filho de Deus no Novo Testamento porque Ele é Deus e veio de Deus.
Explicação:
A expressão “Filho de Deus” não implica em uma geração física, mas sim em uma relação de essência. Jesus é plenamente Deus e, ao mesmo tempo, plenamente homem. Essa dualidade é um mistério que revela a profundidade da encarnação. Ao dizer que Jesus “saiu do Pai”, a Escritura enfatiza sua origem divina e sua missão redentora.
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- O Filho é Deus
Da Lição:
Filho de Deus é uma expressão bíblica para referir-se à relação única do Filho Unigênito com o Pai.
Explicação:
A divindade de Jesus é um ponto central na fé cristã. Passagens como João 1.1 e Colossenses 1.16-17 afirmam a natureza divina de Cristo e sua preexistência antes da criação do mundo. Essa verdade é fundamental para a compreensão da Trindade, onde o Pai, o Filho e o Espírito Santo coexistem em perfeita unidade e igualdade.
II – A Heresia do Subordinacionismo
- Orígenes
Da Lição:
O Subordinacionismo é toda doutrina que declara ser o Filho subordinado ao Pai, ou um deus secundário ou menos divino que o Pai.
Explicação:
O subordinacionismo é uma interpretação errônea que tenta preservar o monoteísmo, mas acaba por negar a plena divindade de Cristo. Essa visão foi influenciada por pensadores como Orígenes, que, apesar de suas contribuições, deixou espaço para interpretações que diminuem a natureza divina do Filho. Essa heresia tem sido combatida ao longo da história da igreja, pois compromete a compreensão da salvação.
- No Período Pré-Niceno
Da Lição:
O Subordinacionismo foi, nos séculos II e III, uma tentativa, ainda que equivocada, de preservar o monoteísmo, mas que negou a divindade absoluta de Jesus.
Explicação:
Durante os primeiros séculos da igreja, surgiram diversas interpretações sobre a natureza de Cristo. O subordinacionismo, ao tentar manter a unidade de Deus, acabou por criar uma hierarquia entre as pessoas da Trindade. Essa visão é refutada por várias passagens bíblicas que afirmam a igualdade entre o Pai e o Filho, como em João 10.30, onde Jesus afirma: “Eu e o Pai somos um”.
- Métodos Usados pelos Subordinacionistas
Da Lição:
Os subordinacionistas pinçam as Escrituras aqui e ali, se utilizando das passagens do Novo Testamento que apresentam o Senhor Jesus como homem e descartam as que afirmam ser Jesus o Deus igual ao Pai.
Explicação:
Essa abordagem seletiva é problemática, pois ignora o contexto das Escrituras. A interpretação correta deve considerar a totalidade da revelação bíblica. Passagens que mostram Jesus em sua humanidade não devem ser usadas para negar sua divindade. É crucial entender que, mesmo em sua humanidade, Jesus nunca deixou de ser Deus.
III – Como o Subordinacionismo se Apresenta Hoje
- No Contexto Islâmico
Da Lição:
O Islamismo não considera Jesus como o Filho de Deus, mas como messias e profeta.
Explicação:
A visão islâmica sobre Jesus é significativamente diferente da cristã. Embora reconheçam Jesus como um profeta, eles rejeitam sua divindade e a ideia de que Ele é o Filho de Deus. Essa diferença fundamental é um obstáculo para o diálogo inter-religioso, pois a identidade de Cristo é central para a fé cristã.
- O Movimento das Testemunhas de Jeová
Da Lição:
Este confessa publicamente que crê na existência de vários deuses: o Deus Todo-poderoso, Jeová; depois o deus poderoso, Jesus.
Explicação:
Essa crença nega a doutrina cristã da Trindade e a plena divindade de Cristo. As Testemunhas de Jeová interpretam as Escrituras de maneira a apoiar sua visão, mas essa interpretação ignora a clareza das passagens que afirmam a divindade de Jesus, como em Filipenses 2.6-11, onde é afirmado que Jesus é digno de adoração.
Conclusão
Pontos Principais da Lição:
A lição nos ensina que o termo “Filho” em relação a Jesus não se refere a uma geração física, mas à sua essência divina, sendo da mesma substância do Pai. A compreensão da relação entre o Filho e o Pai é fundamental para a nossa fé, pois nos garante a certeza da divindade de Cristo e a eficácia de sua obra redentora.
Reflexão Final:
É essencial que os cristãos compreendam a importância da igualdade entre o Filho e o Pai. Essa verdade não só fundamenta a nossa adoração, mas também nos encoraja a viver em plena comunhão com Deus, confiantes em nossa identidade como filhos e filhas do Altíssimo. A profundidade desta relação deve nos motivar a buscar um relacionamento mais íntimo com Cristo, reconhecendo Sua divindade e a importância de Sua obra em nossas vidas.
Biografias dos Personagens Citados na Lição
- Orígenes
Biografia:
Orígenes (185-254 d.C.) foi um teólogo e filósofo cristão da Igreja primitiva, nascido em Alexandria, Egito. Ele é conhecido por seus escritos teológicos e pela defesa da fé cristã em um contexto de crescente oposição. Orígenes foi um dos primeiros a tentar sistematizar a teologia cristã, abordando questões como a relação entre o Pai e o Filho e a natureza da Trindade.
Embora tenha contribuído significativamente para a teologia cristã, algumas de suas ideias, especialmente sobre o subordinacionismo, foram posteriormente consideradas heréticas. Orígenes também é conhecido por seu trabalho na tradução da Bíblia e na exegese das Escrituras.
- Ário
Biografia:
Ário (256-336 d.C.) foi um presbítero e teólogo cristão de Alexandria, Egito. Ele é mais conhecido por sua doutrina que afirmava que o Filho de Deus, Jesus Cristo, era uma criação do Pai e, portanto, não coeterno nem consubstancial com Ele.
Essa visão, conhecida como arianismo, gerou controvérsias significativas na Igreja primitiva e levou ao Concílio de Niceia em 325 d.C., onde a doutrina da Trindade foi reafirmada. O arianismo foi considerado uma heresia, e Ário foi excomungado. Sua influência, no entanto, persistiu por muitos anos, e ele teve seguidores que continuaram a promover suas ideias.
Comentário Extra Teológico: A Relação entre o Filho e o Pai
A Profundidade da Relação Trinitária
A relação entre o Filho e o Pai é um dos pilares fundamentais da teologia cristã, especialmente na compreensão da Trindade. A Trindade, que é a crença em um único Deus em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, é um mistério que transcende a razão humana, mas é essencial para a fé cristã.
A igualdade entre o Filho e o Pai é expressa em várias passagens bíblicas, como João 1.1, que afirma: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” Aqui, “Verbo” refere-se a Jesus, enfatizando sua divindade e preexistência.
A Incorporação da Natureza Divina
A doutrina da encarnação é central para entender a relação entre o Filho e o Pai. Em Filipenses 2.6-7, Paulo escreve que Jesus, “embora sendo em forma de Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo que deveria ser retido a todo custo, mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo.” Essa passagem ilustra que, embora Jesus tenha se tornado humano, Ele nunca deixou de ser divino.
A encarnação representa a união das duas naturezas – divina e humana – em uma única pessoa, Jesus Cristo. Isso é crucial para a nossa salvação, pois somente um Salvador que é plenamente Deus e plenamente homem poderia reconciliar a humanidade com Deus.
A Relevância da Igualdade entre o Filho e o Pai
A afirmação de que o Filho é igual ao Pai também tem implicações práticas para a vida cristã. A igualdade entre as pessoas da Trindade significa que Jesus possui a mesma autoridade e poder que o Pai. Isso é fundamental para a adoração cristã, pois adoramos a Jesus como Deus.
Além disso, a relação entre o Filho e o Pai serve como um modelo para as relações humanas. A unidade e a harmonia entre o Pai e o Filho nos ensinam sobre a importância da comunhão e do amor nas interações humanas, refletindo a natureza de Deus em nossas vidas.
A Luta Contra o Subordinacionismo
A heresia do subordinacionismo, que sugere uma hierarquia entre o Pai e o Filho, não apenas distorce a natureza de Deus, mas também compromete a eficácia da obra redentora de Cristo. Se Jesus é visto como inferior ao Pai, isso levanta questões sobre sua capacidade de salvar.
A doutrina ortodoxa da Trindade, que afirma a coigualdade e coeternidade do Filho com o Pai, é essencial para a compreensão da salvação. A obra de Cristo na cruz é vista como um ato de Deus, onde a divindade do Filho é crucial para a expiação dos pecados.
Conclusão
A relação entre o Filho e o Pai é uma verdade central na fé cristã que merece nossa atenção e reflexão. Compreender a igualdade entre o Filho e o Pai não é apenas uma questão teológica, mas uma base para nossa adoração e prática cristã. Ao reconhecermos a divindade de Jesus e sua unidade com o Pai, somos chamados a viver em comunhão com Deus, refletindo Sua natureza em nossas vidas. Essa compreensão nos fortalece na fé e nos motiva a compartilhar a verdade do Evangelho com o mundo.
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