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LIÇÃO 8 ADOLESCENTES “Abraão e Sara: A semente de um povo”/ EBD 1 Trimestre 2025

CANAL DESCOMPLICANDO A TEOLOGIA

  1. JEOVANE SANTOS.

DESCOMPLICADA:  LIÇÃO 8 ADOLESCENTES “Abraão e Sara: A semente de um povo”.

Introdução

Da Lição:
O foco desta lição é a jornada de fé de Abrão, um descendente de Sem, que foi escolhido por Deus para iniciar um grande plano. Muitos anos após o dilúvio, Abrão foi chamado a deixar sua terra e empreender uma missão divina rumo ao desconhecido. A pergunta que se coloca é se estaríamos dispostos, assim como Abrão, a atender a um chamado dessa magnitude, enfrentando os desafios que pudessem surgir.

Explicação:
Abraão é um verdadeiro exemplo de fé e obediência. Sua prontidão em seguir o chamado de Deus demonstra a profunda confiança que tinha no Senhor. Esta introdução nos desafia a refletir sobre nossa própria disposição de responder a chamados que talvez nos levem para fora de nossa zona de conforto. Ao aceitar o convite de Deus, Abrão não apenas iniciou uma nova trajetória, mas também se tornou um modelo de integridade e fé para gerações futuras. Ele nos ensina que seguir a orientação divina pode trazer experiências desafiadoras, mas também proporciona o cumprimento de propósitos maiores e mais significativos.

Comentário da Lição: Abraão e Sara – A Semente de um Povo

I – Abrão e Sarai

1. Abrão, um Descendente de Sem

Da Lição:
Abrão era filho de Tera e descendente de Sem, filho de Noé. Tera viveu em um ambiente onde a adoração a outros deuses era comum. Ele teve três filhos: Abrão, Naor e Harã.

Explicação: Abrão se destacou em meio a uma cultura de idolatria, sendo escolhido por Deus para um propósito especial. Em um contexto onde muitos estavam voltados para outros cultos, Abrão mantinha sua atenção voltada para o chamado do único Deus verdadeiro. Isso ilustra a intenção divina de manter viva a linhagem e atuação daqueles que verdadeiramente servem ao Senhor, apesar do entorno adverso.

2. A Chamada de Abrão

Da Lição:
Deus apareceu a Abrão, instruindo-o a deixar sua terra natal, seus parentes e a ir para uma terra que Ele mostraria, prometendo torná-lo uma grande nação e abençoá-lo. Aos 75 anos, Abrão, acompanhado por Sarai e Ló, partiu rumo à terra de Canaã, onde Deus lhe prometeu que seus descendentes herdariam a terra.

Explicação: A chamada de Abrão exemplifica a necessária prontidão e fé para atender ao chamado divino. Em uma idade avançada, ele desafiou a lógica humana e seguiu a promessa de Deus, sem saber o destino final. Essa obediência total a Deus é destacada como um ato de confiança absoluta, que moldaria não apenas sua trajetória pessoal, mas também a história de toda uma nação e da fé cristã.

3. Sarai, Mulher de Abrão

Da Lição:
Abrão era casado com Sarai, que embora estéril, acompanhou seu marido em sua peregrinação por Canaã. A Bíblia não relata qualquer resistência por parte de Sarai quanto a essa jornada.

Explicação: Sarai demonstra fidelidade não apenas a Abrão, mas também a Deus, ao seguir fielmente a missão que lhe foi determinada. Sua esterilidade, mencionada nas Escrituras, prenuncia o milagre da promessa divina de um herdeiro. A disposição de Sarai em seguir Abrão reflete a importância de parcerias espirituais focadas no cumprimento dos propósitos divinos, independentemente dos desafios terrenos.

II – A Promessa de um Herdeiro

1. A Promessa de um Filho

Da Lição:
Deus prometeu a Abrão que ele seria pai de uma grande nação, apesar de Sarai ser estéril. Isso levantou dúvidas sobre como a promessa se realizaria. Apesar disso, Deus reafirmou que um filho biológico de Abrão seria seu herdeiro, e Abrão acreditou na promessa de Deus, o que cimentou ainda mais sua posição como patriarca da fé. Naquele dia, uma aliança foi firmada entre Deus e Abrão.

Explicação:
Abrão enfrentou a prova do tempo contra as palavras de Deus. Sua fé o manteve focado, mesmo quando as circunstâncias pareciam impossível. A confiança de Deus em Abrão era uma lição sobre esperar com paciência por Seu tempo. A aliança estabelecida com Abrão simbolizava um compromisso de fé e confiança mútua que moldaria não só seu futuro, mas o destino de seus descendentes.

2. O Plano Equivocado de Sarai e Abrão

Da Lição:
Na ausência de filhos, Sarai sugeriu que Abrão tivesse um filho com sua escrava, Agar, resultando no nascimento de Ismael. Essa decisão ocasionou rivalidade e conflito no lar, à medida que Agar começou a desprezar Sarai. Mesmo em meio a essa confusão, um mensageiro divino apareceu e prometeu bênçãos para Ismael, reforçando a proteção divina.

Explicação:
A decisão de Sarai e Abrão reflete o desafio humano de confiar inteiramente nas promessas de Deus. Tentando acelerar o plano divino, ambos enfrentaram conflitos não previstos. Essa situação nos ensina sobre a importância de aguardar o tempo certo de Deus e confiar que Ele cumprirá o que prometeu sem intervenção precipitada.

3. Novos Nomes para Abrão e Sarai

Da Lição:
Aos 99 anos, Deus renovou Sua aliança com Abrão, reafirmando a promessa de que ele e Sarai teriam um filho chamado Isaac. Nesse encontro, Deus renomeou Abrão como Abraão, simbolizando seu papel como “pai de muitas nações”, enquanto Sarai passou a ser chamada de Sara, indicando seu futuro como mãe de nações.

Explicação:
A mudança de nomes simbolizou uma transformação na identidade e missão de Abraão e Sara. Este momento sublinhou a importância do compromisso contínuo. Mesmo com idade avançada, Deus cumpriu com fé a promessa, inspirando confiança divina e segurança em épocas de incerteza. Isso reforça a ideia de que o plano de Deus é certeiro e Seus desígnios prevalecem, independentemente de limitações aparentes.

III – O Nascimento de Isaque

1. Para Deus não há impossíveis

Da Lição:
Sara duvidou que poderia ter um filho aos 90 anos, mas Deus desafiou essa dúvida, perguntando se algo seria impossível para Ele. Esse ensinamento subsidia a fé inabalável que todos devem ter, independentemente da idade ou circunstância.

Explicação:
A dúvida de Sara é emblemática da luta comum de crer contra as probabilidades aparentes. No entanto, a resposta de Deus é um lembrete poderoso da sua soberania e onipotência. Essa passagem incentiva a confiar que Deus possui o poder de realizar coisas extraordinárias, nos chamando a viver com a consciência de que Sua palavra é sempre verdadeira e eficaz.

2. O Nascimento de Isaque

Da Lição:
Sara deu à luz Isaque, exatamente conforme prometido por Deus. O milagre trouxe alegria intensa e celebração. Para Abraão e Sara, essa realização foi um motivo de extraordinário júbilo e gratidão, culminando em uma celebração marcante na ocasião do desmame de Isaque.

Explicação:
O nascimento de Isaque simboliza o cumprimento tangível da promessa divina, destacando que Deus é fiel em Suas promessas. A história convida cada um a reconhecer e celebrar as bênçãos cotidianas, independentemente de quão comuns possam parecer aos olhos dos outros. Estes eventos extraordinários transformam rotinas em ocasiões de louvor e admiração pelos feitos do Divino.

3. A Descendência que Abençoaria Toda a Terra

Da Lição:
A promessa de Deus a Abraão que, por meio de Isaque, todos os povos da terra seriam abençoados, aponta para a vinda de Jesus Cristo através da linhagem de Abraão. Através de Cristo, a salvação se tornou acessível a todos, cumprindo assim plenamente a promessa.

Explicação:
A profecia e promessa cumpridas perfeitamente na pessoa de Jesus Cristo sublinham um tema recorrente da Bíblia: a fidelidade íntegra de Deus. Abraão, por meio de seu ato de fé, tornou-se um canal de bênçãos que transcenderam gerações. Isso nos lembra que nossa fé não apenas molda nosso futuro, mas tem o potencial de impactar vidas muito além de nossa própria compreensão.

Conclusão

Da Lição:
A jornada de fé de Abraão demonstra a fidelidade de Deus. Ele cumpriu cada promessa dada a Abraão, culminando num legado que abençoou toda a humanidade por meio de Jesus Cristo.

Reflexão:
Abraão é um exemplo inspirador de que com fé firme em Deus, Ele é capaz de cumprir Suas promessas, mesmo quando tudo parece impossível. Sua trajetória nos convida a confiar pacientemente no tempo de Deus e perceber como Ele continuamente transforma promessas em realizações que atingem não apenas indivíduos, mas abençoa a humanidade inteira.

Texto Extra Teológico: Abraão e Sara – Profundidade e Implicações Teológicas

Introdução

A jornada de Abraão e Sara é central não apenas na narrativa bíblica, mas também no desenvolvimento da teologia relacionada à fé e ao cumprimento das promessas de Deus. Cada evento em suas vidas fornece camadas de compreensão a respeito do caráter de Deus e dos princípios fundamentais da fé, que perduram através das eras.

A Escolha de Abraão: Predestinação e Obediência

Deus escolher Abraão, um descendente de Sem, estabelece o tema da eleição divina. Esta narrativa tece a complexa interação entre a soberania de Deus e a resposta humana. Em teologia, isso levanta a discussão sobre a predestinação versus livre arbítrio. A escolha soberana de Deus reside em Sua decisão de iniciar um relacionamento com Abraão, enquanto a resposta positiva de Abraão exemplifica a liberdade humana em acatar ao chamado divino.

A Promessa e o Pacto: Uma Teologia de Aliança

O chamado e as promessas feitas a Abraão introduzem a teologia da aliança. A aliança abraâmica fundamenta a história da redenção como um compromisso divino inalterável para sustentar e executar Suas promessas circunstancialmente. Diferente dos acordos humanos, os pactos divinos se concentram na imutabilidade da palavra de Deus, proporcionando segurança ao crente de que Sua palavra cumpre-se irrevogavelmente.

O Teste de Espera: Paciente Esperança Escatológica

A espera prolongada de Abraão pelo cumprimento da promessa do herdeiro demonstra a necessidade de paciência escatológica. Abraão e Sara devem aprender que o relógio de Deus opera além da nossa percepção terrena. Isso se traduz em implicações escatológicas, onde os crentes são chamados a manter firmeza e esperança ativa na certeza da vitória final e da consumação das promessas divinas.

Fé versus Solidão Estrutural: O Perigo do Sincretismo

Quando Sara propõe a união com Agar, ocorre um desvio ao da promessa divina, resultando em conflitos prolongados. Este trecho ilustra os perigos teológicos do sincretismo em substituir ou suplementar a revelação divina com soluções humanas. Historicamente, isso demonstra a necessidade da pureza doutrinária e da fidelidade à revelação revelada por Deus.

Isaque, o Filho da Promessa: Figurando a Cristo

O nascimento milagroso de Isaque é mais do que uma realização realista; possui sentido tipológico no Novo Testamento, prefigurando Cristo (Hb 11.17-19). Assim como Isaque foi o filho da promessa, anunciado em circunstâncias humanamente impossíveis, Jesus é o cumprimento supremo e divino da aliança abraâmica, trazendo sobre si todas as bênçãos prometidas a Abraão.

Conclusão: Redenção através das Alianças

A história de Abraão e Sara destaca como a fidelidade de Deus permeia as promessas de aliança. Através de Cristo, toda a linhagem de Abraão é incluída na benção, oferecendo a humanidade a salvação por graça e não por obras (Gl 3.7-9). A narrativa torna-se uma avenida através da qual se entende a profundidade da provisão redentora de Deus e o impacto abrangente das alianças que moldam nossa fé presente e eterna.

Este olhar teológico integral revela como os eventos desde Abraão até Cristo fornecem uma compreensão enriquecedora e moldam a base contínua de nossa fé e compreensão da ação de Deus na história.

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Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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