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EBD- Lição 09 Jovens- Habitando no Esconderijo do Altíssimo

EBD- Lição 9 Jovens- Habitando no Esconderijo do Altíssimo- 2° Trimestre 2023

Texto principal: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” (SI 91.1)

Resumo da lição: Quem se relaciona é o seu refúgio e fortaleza.

Leitura semanal kkkkkkk

SEGUNDA – Mt 1717,18 Uma fé firme em Cristo Jesus

TERÇA – Js 1.9 A virtude bíblica da fortaleza

QUARTA – Rm 16.20 Vitória por meio de Jesus

QUINTA – Hb 11.35-40 Padecimentos na vida dos fiéis

SEXTA – Os 6.3 E preciso conhecer ao Senhor

SÁBADO – Lc 18.1 Tempo de buscar o Senhor em oração

Salmo 91

  1. Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
  2. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
  3. Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
  4. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
  5. Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,.
  6. Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
  7. Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
  8. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
  9. Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
  10. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
  11. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
  12. Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
  13. Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
  14. Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.
  15. Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
  16. Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.

Salmo 91.1

1 – Deus como nosso refúgio e fortaleza

Quem é o autor do Salmo 91

O Salmo 91 não tem título, e não temos meios de atestar com certeza o nome de seu autor, nem a data em que foi escrito.

Os doutores judeus consideram que, quando o nome do autor não é mencionado, podemos atribuir o Salmo ao último autor mencionado, e, neste caso, este é outro Salmo de Moisés, o homem de Deus.

Muitas expressões aqui usadas são similares às de Moisés em Deuteronômio, e a evidência interna, a partir das expressões peculiares, indica que ele pode ser o autor.

Sobre o que é o Salmo 91?

O Salmo 90 trata das dificuldades da vida, enquanto a ênfase do Salmo 91 é sobre os perigos da vida.

O autor anônimo adverte sobre armadilhas ocultas, pragas mortais, terrores durante a noite e flechas durante o dia, tropeçar em pedras e enfrentar leões e cobras!

Porém, diante de ataques terroristas, de franco atiradores, de motoristas imprudentes, de doenças novas e exóticas e da venda irrestrita de armas, a situação de nossos dias pode ser tão perigosa quanto a que vemos descrita neste salmo.

Os santos que permanecem em Cristo (Salmo 91: 1, 9) não podem evitar deparar-se com perigos desconhecidos, mas podem escapar de suas terríveis consequências.

Moisés, Davi, Paulo e inúmeros outros servos de Deus enfrentaram situações muito arriscadas enquanto faziam a vontade de Deus, e o Senhor sempre os livrou.

Porém, Hebreus 11 :36 adverte que “outros” foram torturados e martirizados; no entanto, sua fé era igualmente verdadeira.

Mas, em termos gerais, caminhar com o Senhor ajuda a discernir e a evitar problemas, e é melhor sofrer dentro da vontade de Deus do que enfrentar as dificuldades decorrentes da desobediência ao Senhor.

O salmista descreve os elementos que fazem parte de uma vida de fé e vitória.

Contexto Israelita

Primeiro, podemos nos lembrar das alianças de Deus com Israel, nas quais Deus promete abundância à medida que a nação for fiel.

À medida que os ouvintes deste salmo se entregassem a Deus, Ele daria sucesso em seu propósito de habitar a terra prometida e ser o farol de Deus para as nações.

Como confiavam, nenhuma pestilência impediria o exército israelita de derrotar seus inimigos e de se tornar a nação prometida por Deus.

Considere Êxodo 19:4-6 que contém imagens semelhantes ao Salmo 91 da asa protetora de Deus:

“Vocês mesmos viram o que eu fiz aos egípcios, e como eu os carreguei sobre asas de águias e os trouxe para mim.

Agora, portanto, se realmente obedecerem à minha voz e guardarem minha aliança, vocês serão minha propriedade preciosa entre todos povos, porque toda a terra é minha; e vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa”.

O salmo não promete, então, que nenhum israelita jamais ficaria doente.

Deus prometeu que nenhuma peste os impediria de ser a nação que Ele predisse que eles se tornariam.

E aqueles que adoeceriam e passariam desta vida não estão excluídos das promessas de Deus para Israel que serão cumpridas no final desta era.

Qual é a mensagem do Salmo 91?

No contexto israelita deste salmo, foi feita uma promessa a uma nova nação de que nenhum propósito de Deus poderia ser frustrado.

Em nossos tempos, Deus prometeu ao crente que Ele preparou boas obras para nós fazermos (Efésios 2:10).

Nenhuma praga pode ficar entre nós e Seus planos. Para o crente, ser capaz de glorificar a Deus com nossas vidas é a maior esperança e sonho para esta vida.

Ser capaz de cumprir Sua vontade para nós não pode ser interrompido ou cancelado.

Ouça a mensagem de Deus para você de que sua vida está sob o abrigo e a sombra de Suas asas.

Ele é a fortaleza de sua vida, entregando-lhe força espiritual agora e certa força corporal também na eternidade.

Neste dia, nenhuma flecha do mal ou da doença pode tocar o significado e propósito que Deus está tirando de sua vida.

Faça do Senhor seu refúgio, e nada poderá afetá-lo ou infectá-lo que diminuirá os propósitos de Deus para você.

O salmo termina com o que os comentaristas chamam de oráculo divino.

Deus está falando ao Seu povo. E Ele promete que aqueles que O invocam serão atendidos; que aqueles que se apegam a Ele serão libertados; que aqueles que confiam nEle por quem Ele é serão protegidos.

Subsídio teológico segundo trimestre EBD Revista de jovens lição 09 – habitando no esconderijo do altíssimo

2 – Experimentando o livramento do senhor.

Não estamos sozinhos na prática da “vida oculta” de comunhão e adoração, pois Deus está conosco e nos compensa por nossas inadequações.

Este parágrafo enfatiza que não precisamos temer, pois o Senhor e seus anjos nos guardam.

No antigo Oriente Próximo, a menos que se tivesse a proteção de guardas armados, as viagens de modo geral eram arriscadas (o que não é muito diferente das cidades grandes nos dias de hoje).

O “terror noturno” pode significar, simplesmente, “o medo do escuro” ou daquilo que pode acontecer no escuro.

Água e alimentos contaminados bem com a falta de medidas apropriadas de higiene facilitavam a propagação de doenças a todo tempo, apesar de o texto referir-se à “peste que se propaga nas trevas” e da “mortandade que assola ao meio-dia” (v. 6), sendo que esta última pode ser uma referência aos efeitos dos raios abrasadores do Sol.

Os versículos 7 e 8 parecem apresentar a descrição de uma batalha e podem estar diretamente relacionados às promessas da aliança que Deus fez com Israel (Levítico 26:8; Deuteronômio 32:30).

Os hebreus viram com os próprios olhos a aflição dos egípcios quando seus primogênitos foram mortos na noite de Páscoa (Êxodo 12:29, 30), assim com o viram o exército egípcio morrer à beira do mar Vermelho (Êxodo 14:26-31), e, no entanto, nenhum mal sobreveio ao povo de Israel.

O Anjo do Senhor foi adiante deles para preparar o caminho e conduzir o povo (Êxodo 23:20).

Satanás citou parte dos versículos 11 e 12 quando tentou Jesus no deserto (Mateus 4:6), ao que Jesus respondeu com Deuteronômio 6:16.

Se o Pai tivesse ordenado que Jesus saltasse do alto do templo, os anjos teriam guardado Jesus, mas saltar sem ordem do Pai teria sido arrogância e não fé, portanto o mesmo que tentar o Pai.

Nas Escrituras, o leão e a serpente são figuras de Satanás (1 Pedro 5:8; Gênesis 3; 2 Coríntios 11:3; Apocalipse 12:9; 20:2).

No antigo Oriente Próximo, ambos eram inimigos perigosos, especialmente para os viajantes que percorriam caminhos estreitos.

3- apegados com o senhor

O apego às coisas, pessoas e lugares é próprio do ser humano. Somos como o náufrago que se agarra a qualquer objeto que esteja ao seu alcance.

O apego pode ser produto do amor ou do medo. Seu excesso pode ser sinônimo de egoísmo, avareza ou materialismo.

Entretanto, precisamos lembrar que não somos donos de nada neste mundo.

Por exemplo, quando compramos um carro ou uma casa, o que adquirimos é apenas o direito de uso temporário, pois tudo será devolvido, desocupado ou transferido um dia. “Nada trouxemos para este mundo e nada poderemos levar dele” (1Tm 6.7).

Certamente, não vamos desvalorizar o que conquistamos, mas precisamos tomar cuidado, pois o ego exagerado pode impedir o crescimento.

Se o semeador não abrir mão das suas sementes, nunca terá uma lavoura. Quem tudo retém nada investe.

Quando Deus disse a Abraão “Sai da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1), o apego poderia ser um grande empecilho, mas o patriarca obedeceu.

Ele não estava saindo de um lugar ruim, mas de Ur dos Caldeus, uma das cidades mais desenvolvidas da antiga Suméria. Seu maior desafio, porém, está registrado em Gênesis 22, quando precisou se desapegar do próprio filho.

Não foi preciso perdê-lo, mas colocar Deus em primeiro lugar.

O Senhor não quer separar marido, mulher e filhos pequenos, mas ninguém pode tomar o seu lugar em nossos corações.

O maior exemplo de desapego é do próprio Jesus, que deixou a sua glória para vir a este mundo. Depois, aos 30 anos, deixou a casa de Maria, abandonou a carpintaria e a cidade de Nazaré para se dedicar ao ministério em Cafarnaum.

Quando o Mestre chamou os primeiros discípulos, eles não ficaram apegados aos barcos e redes, mas, deixando tudo, o seguiram (Mt 4.17-22).

Muito diferente foi o caso do jovem rico, que estava tão preso à sua riqueza, que não podia seguir a Cristo (Mt 19.16-26).

Houve também alguns religiosos que creram em Jesus, mas não assumiram publicamente a sua fépois estavam apegados à glória dos homens e tinham medo de serem expulsos da sinagoga (João 12.42-43).

O apego é uma forma de inércia que também ocorre quando estamos em situação segura e confortável, mas pode nos impedir de alcançar patamares superiores.

Talvez seja necessário mudar de emprego, profissão ou cidade, mas o apego torna-se grande obstáculo.

Certamente, não podemos ser eternos nômades, irresponsáveis, instáveis e incertos, mas precisamos de uma lucidez tal, que nos permita tomar atitudes em casos de necessidade e oportunidade, principalmente quando recebemos uma ordem divina.

Devemos honrar nossos compromissos, mas existem situações que podem e precisam ser mudadas.

O apego produz resistência à mudança, mas o evangelho exige renúncias para que tenhamos ganhos eternos.

Sobretudo, devemos ser apegados a Deus, como está escrito: “Porque a mim se apegou com amor, também eu o livrarei” (Salmo 91.14).

Afinal, “para quem iremos nós? Pois só tu, Senhor, tens as palavras de vida eterna” (João 6.68).

Conclusão:

Nesta lição, estudamos a respeito de Deus como nosso refúgio e fortaleza. Quem se refugia nele, recebe sustento e livramento. Confiar inteiramente em Deus é a grande mensagem desse salmo. Por isso, a despeito das circunstâncias e das adversidades externas, a nossa fé está amparada em Deus Ele é 0 nosso esteio, sustento e rocha inabalável. 0 Salmo 91 é uma expressão que revela uma confiança inigualável no Todo-Poderoso. 0 Senhor é poderoso para nos guardar de todo o perigo. Os sistemas de segurança do homem, por mais sofisticados que sejam, podem falhar, mas 0 Senhor é infalível. Então, não deixe a preocupação e o medo dominarem seu coração. Confie inteiramente no Senhor.

Pr. Jeovane Santos: Pr. Jeovane Santos da Igreja Assembleia de Deus na Bahia, Bacharel em Teologia, Pedagogo, Licenciado em Matemática, Pós Graduado em Gestão, Autor do Livro Descomplicando a Escatologia, Criador do Canal Descomplicando a Teologia no YouTube e do Curso Completo Para Professores da EBD

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