EBD Revista de pré-adolescentes- Lição 09 – o espirito santo e a igreja
Leitura bíblica:
1 Coríntios 12.1-11
DEVOCIONAL
SEGUNDA-FEIRA João 14.16
TERÇA-FEIRA Efésios 4.30
QUARTA-FEIRA Atos 2.4
QUINTA-FEIRA Romanos 4.17
SEXTA-FEIRA Lucas 4.18
SÁBADO Romanos 15.13
- Deus fala com a igreja
A obra do Espírito Santo é tão necessária quanto a obra de Cristo. Talvez isto surpreenda você. Mas Jesus diz: ‘É necessário que eu vá: pois se eu não for, o Consolador não virá para vós outros’ (Jo 16.7). Isto seria um desastre terrível. O ministério do Consolador é essencial. Nos tempos do Velho Testamento a vinda de Cristo era prometida e era intensamente antecipada. E quando Ele por fim veio, prometeu e ensinou o Seu povo a ansiar a vinda do Espírito. Tendo morrido pelos pecados do Seu povo e assim tendo satisfeito as exigências da justiça divina, Jesus ressuscitou ao terceiro dia, ascendendo aos céus no quadragésimo dia após a Sua ressurreição, enviando o Espírito Santo dez dias depois.
A vinda do Espírito prova que Cristo completou gloriosamente a Sua obra redentora. O Espírito continua e aperfeiçoa a obra de salvação que Cristo iniciou. Ele assim o faz como o braço de Cristo.
João Batista disse: “Eu na verdade batizo com água para arrependimento, porém Aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). A maioria dos estudos sobre a obra do Espírito tratam da sua atividade como indivíduo. A Bíblia, no entanto, vai além da abordagem (atomística) em partes e fala também da obra corporativa do Espírito Santo e é disto que gostaríamos de tratar neste artigo.
O Espírito na origem da Igreja
Em certo sentido a Igreja já existia no Velho Testamento. Estevão fala da ‘igreja no deserto’ (At 7.38). A Igreja consiste no povo de Deus, nascido de novo do Espírito, e salvo pela fé no Messias. Nos tempos do Velho Testamento assim como no Novo, o Espírito aplica a redenção comprada por Cristo aos indivíduos. Existe a Igreja exterior, Israel, e existe a igreja invisível, o verdadeiro Israel, entre os quais não há hipócritas.
Ainda assim algo especial aconteceu no dia de Pentecostes. Naquele dia começou a era do Espírito, e nasceu a Igreja do Novo Testamento, uma Igreja para o mundo inteiro. O ministério público de Jesus foi inaugurado com o Seu batismo com o Espírito.
Da mesma forma os seus discípulos têm de esperar até que recebam o batismo do Espírito, que os fará uma Igreja poderosa pronta para ministrar para Deus no mundo. O Espírito veio naquele dia como um som de um vento impetuoso, línguas como fogo pairavam sobre os fiéis, e novos poderes a serem comunicados em línguas estranhas lhes foram dados.
O povo de Deus se tornou uma Igreja que fervia para o Senhor, corajosa, sábia, poderosa e zelosa. Pecadores eram convencidos dos seus pecados e convertidos em larga escala; 3.000 no primeiro dia. Jesus disse “Ele fará obras ainda maiores que estas” (Jo 14.12), e agora esta difícil palavra de Cristo se torna clara, ao serem muito mais pessoas convertidas do que com a pregação de Cristo. A parábola do grão de mostarda se torna uma realidade quando um pequeno grupo de seguidores se torna uma grande Igreja.
O ingrediente vital neste desenvolvimento espetacular é o derramar do Espírito. Apesar de Ele ter trabalhado na Igreja do Velho Testamento, era de uma forma muito mais limitada e restrita. Havia poucos fora de Israel aos quais vinha a graça de Deus. Mesmo em Israel, obviamente, muitos eram não regenerados. Agora, no entanto, Cristo havia morrido, a redenção foi consumada, o dom do Espírito havia sido dado e a Igreja do Novo Testamento começa, equipada para sua grande tarefa de evangelizar o mundo e preparar o povo de Deus para a glória.
O Espírito Santo equipa a Igreja
Que diferença a vinda do Espírito fez no dia de pentecostes! Os fracos, confusos e amedrontados se tornaram poderosos e destemidos pregadores. Nos tempos do Velho Testamento o Espírito equipou indivíduos para várias tarefas: juízes para julgar (Jz 6.34); reis para governar (1 Sm 10.9-10); profetas para profetizar (Ez 2.2); Bezalel construiu o Tabernáculo (Ex 31.3) etc. No Novo Testamento o Espírito é dado à Igreja, Ele equipa crentes individualmente para sua função dentro do grupo.
A Igreja toda é comparada a um corpo e os indivíduos são membros ou partes diferentes deste corpo. “A um é dada pelo Espírito a Palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento pelo mesmo Espírito”, etc (1 Co 12.8-9). O Espírito (1 Co 12.11) assegura que a Igreja está plenamente equipada para sua tarefa. Os dons extraordinários passaram, pois o Senhor não os vê mais necessários para a Sua Igreja, mas tudo que se requer para o bem da Igreja e um evangelismo de sucesso fica.
Paulo nos diz que Cristo, tendo ascendido aos céus, “deu uns para apóstolos; e outros para profetas; e outros, como evangelistas; e outros, como pastores e mestres; para o aperfeiçoamento dos santos, para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11-12). Ele o faz dando o Seu Espírito no dia de pentecostes. O Espírito dá a indivíduos os dons necessários, que eles precisam para cumprir o papel vital dentro do corpo.
O Espírito Santo ensina a Igreja
“Toda Escritura é dada por inspiração divina” (1 Tm 3.16). “Homens santos de Deus falaram ao serem movido pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Deste modo as Escrituras são o produto do Espírito por meio do qual Ele ensina a Igreja. No entanto, o Espírito não apenas dá a Bíblia, mas também abre mentes e corações às suas verdades.
Deus dá à Sua Igreja o “espírito de sabedoria e revelação no seu conhecimento: tendo sido iluminados os olhos do vosso entendimento” (Ef 1.11-18). Jesus declara: “O Espírito da verdade vos guiará a toda a verdade…, há de receber o que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16.13-15); “… e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (Jo 14.26); “… esse dará testemunho de mim” (Jo 15.26). O Espírito certifica a Igreja da verdade das Escrituras. Ele nos capacita a dizer “Abba, Pai” (Rm 8.15). João afirma sobre o povo de Deus: “Vós tendes a unção do Espírito Santo e sabeis todas as coisas.”
Se cada crente individualmente soubesse todas as coisas, não haveria a necessidade de ter pastores ou comentários da Bíblia. Este versículo deve estar falando da Igreja coletivamente. O corpo de Cristo como um todo e em todas as épocas não precisa de alguém de fora para ensina-lo.
Tudo o que ele precisa saber está na Bíblia, e o Espírito ajuda a Igreja a entende-la. O Espírito guiou a noiva de Cristo através de várias controvérsias, trinitarianas, cristológicas, etc. A Igreja hoje não deve ignorar o que ela aprendeu no passado, mas sim, construir sobre o que aprendeu. Louvamos a Deus por Ele ter dado um grande mestre à Igreja.
O Espírito Santo governa a Igreja
Cristo é o cabeça e Rei da Igreja. Cristo, porém, está nos céus. É através do Seu Espírito que Ele governa a Igreja. O Espírito dá dons e equipa indivíduos para ofícios e guia a Igreja para que aponte tais indivíduos. Quando os profetas e mestres de Antioquia ministraram e jejuaram ao Senhor, “o Espírito Santo disse: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2).
Dirigindo-se aos presbíteros de Éfeso, Paulo disse: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus” (At 20.28). O Espírito também está guiando ativamente o desenvolvimento da obra. Paulo numa certa altura “tendo sido impedido pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia; defrontando Mísia tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu” (At 16.6-7).
Foi da vontade do Espírito que o Evangelho fosse pregado na Europa. O Espírito governava e guiava a Igreja naqueles dias de maneira sobrenatural. Hoje em dia Ele trabalha através da Bíblia, da providência e dos pensamentos do seu povo ao orarem pedindo direção.
O Espírito também é ativo no exercício da disciplina da Igreja. “O que ligardes na terra será ligado nos céus… pois onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.19-20). Nós ligamos esta “presença” em primeiro lugar ao culto, mas a sua primeira referência é à disciplina.
O Espírito unifica a Igreja
O movimento ecumênico tenta unir as igrejas, mas o melhor que ele consegue é apenas uma unidade organizacional, que apenas “passa um verniz” sobre as verdadeiras diferenças. O Espírito, no entanto, verdadeiramente, une todos os cristãos em uma só Igreja. Nesta Igreja não existem hipócritas. A entrada é através de Cristo, a porta.
O Espírito trabalha do lado de fora desta união trazendo as pessoas para dentro de maneira irresistível. “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (Jo 3.5). Este novo nascimento ou regeneração acontece quando o Espírito entra no indivíduo e, habitando nele, assim como ressuscitando-o de um estado de morte espiritual, une-o a Cristo.
Estando todos unidos a Cristo, assim estamos também unidos uns aos outros. “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos foi-nos dado beber de um só Espírito” (1 Co 12.13).
Assim como “o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo” (1 Co 12.12). Esta unidade que o Espírito produz não é uma unidade mental, mas sim uma unidade real. É uma unidade mística tal como a da Trindade. Jesus ora por esta unidade dentro da Sua Igreja: “que eles sejam um, assim como nós somos um” (Jo 17.11). Por causa desta unidade essencial, os cristãos devem tentar “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há somente um corpo e um Espírito” (Ef 4.3-4).
Indivíduos dentro da Igreja “como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual” (1 Pe 2.5), “uma habitação de Deus por meio do Espírito” (Ef 2.22). Unidade verdadeira unifica a Igreja invisível e os cristãos têm o dever de dar expressão visível disto ao buscarem unidade profunda na vida e na doutrina.
O Espírito capacita a Igreja a cultuar
O culto corporativo é parte vital da vida da Igreja. Como cristãos nós devemos cuidar para que “não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns” (Hb 10.25). Nesta reunião Cristo está presente através do Seu Espírito (Mt 18.20). A congregação confessa a Cristo. “Ninguém pode dizer: Senhor Jesus! Senão pelo Espírito Santo” (1 Co 12.3). O louvor é parte fundamental do culto.
O material a ser cantado é descrito como “cânticos espirituais”, isto é, cânticos inspirados pelo Espírito (Ef 5.19). A oração também é essencial ao culto. Ela deve ser sempre “no Espírito” (Ef 6.18), de outra forma Deus não vai entende-la. O papel do Espírito no culto congregacional é expresso por Paulo nas seguintes palavras: “Orarei com o Espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o Espírito, mas também cantarei com a mente” (1 Co 14.15).
Deste modo “se tu bendisseres apenas em Espírito” e o indouto presente na congregação dirá “amém depois da tua ação de tua ação de graças” (1 Co 14.16).
De modo semelhante a pregação deve ser em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção (1 Ts 1.5). O culto é morto sem o Espírito. “A letra mata, porém, o Espírito vivifica” (2 Co 3.6).
No tempo da Reforma havia muita discussão sobre a natureza da presença de Cristo na Ceia do Senhor. A Igreja Católica Romana argumentava em favor da transubstanciação, isto é, que o pão e o vinho se tornavam o próprio corpo e sangue de Cristo.
A Igreja Luterana ensinava a consubstanciação, isto é, que o corpo de Cristo está com, sob e no pão e no vinho. Por causa da presença corpórea de Cristo, aonde quer que o seu povo esteja tomando parte da ceia os luteranos teriam que argumentar também em favor da onipresença do corpo físico de Cristo, isto é, que ele pode estar presente em mais de um lugar ao mesmo tempo, fisicamente.
A posição reformada é de que o Corpo de Cristo está nos céus e sendo humano pode apenas estar em um lugar de cada vez. Ele está presente na mesa do Senhor através do Seu Espírito. O Espírito Santo é quem nos capacita a louvarmos a Deus de maneira aceitável como congregação do seu povo.
O Espírito Santo na evangelização
Antes de subir aos céus Cristo deixou a grande comissão com a Sua Igreja: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28.19-20). Cristo prometeu estar sempre com a Sua Igreja.
Ele estava subindo aos céus. A única maneira pela qual Ele pode estar presente é pelo Seu Espírito. No relato dado no livro de Atos Ele diz para que os discípulos não se ausentem de Jerusalém, mas que “esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.4-5).
A grande missão de evangelizar o mundo só poderia ser assumida com o poder do Espírito Santo. Quando Ele veio no dia de pentecostes, três mil almas foram convertidas. O “vermezinho de Jacó” trilhará os montes, e reduzirá os outeiros a palha (Is 41.14-15).
O Espírito Santo convence os homens do pecado, da justiça e do juízo vindouro (João 16.8). “O vento sopra onde quer” e quando ele toca nas pessoas, levanta-as dos mortos (João 3.8). Os Tessalonicenses se voltaram dos ídolos para servir o Deus vivo e verdadeiro. “…porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena convicção” (1 Ts 1.5). Cristo disse: “E sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Ele faz isso por meio do Espírito Santo, que é vital para o programa de evangelização da Igreja.
O Espírito Santo reaviva a Igreja
“É claramente observável que desde a queda do homem até nossos dias, a obra da redenção em seu efeito tem sido levada adiante principalmente por meio de comunicações extraordinárias do Espírito de Deus. Mesmo que haja uma influência mais constante do Espírito de Deus sempre em alguma medida aguardando as Suas ordenanças, ainda assim, o meio através do qual as maiores coisas têm sido feitas no sentido de concretizar esta obra, sempre foi por meio de efusões extraordinárias em períodos especiais de misericórdia.” Esta foi a conclusão de Jonathan Edwards (História da Redenção, Período I, parte 1).
Num reavivamento, uma Igreja seca e sem vida é despertada. O Espírito Santo traz novo arrependimento, oração e zelo. Deste modo ele reanima os membros que esmorecem e às vezes realmente começa um fogo (como de uma floresta em chamas). O Espírito é entristecido pelo pecado.
Ele retira a Sua presença por causa dos ídolos, materialismo, mundanismo e falta de oração que vê na Igreja. Ele permanece fora até que o povo de Deus se arrependa. Nós não nos arrependeremos até que Ele volte como o Espírito da graça e de súplicas (Zc 12.10).
Aí, sim, a Igreja de fato se arrepende e experimenta “a vida após ter estado morta” que é a essência do verdadeiro reavivamento (Rm 11.15). Os cristãos são separados do mundo. A evangelização se torna efetiva. O temor de Deus desce sobre comunidades inteiras.
É disto que precisamos hoje, sem dúvida. Estamos no primeiro século desde a Reforma durante o qual não tem havido um reavivamento de grande escala na Grã-Bretanha e no Reino Unido (muito menos no Brasil – nota do editor). Nosso dever é de estarmos conscientes da nossa necessidade de que o Espírito reavive a Igreja, equipando-a para sua tarefa, instruindo, governando, unificando o corpo e trazendo verdade ao nosso culto e sucesso à nossa evangelização. A pregação da Palavra de Deus precisa ser “em demonstração do Espírito e de poder”.
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Os dons espirituais
Os dons espirituais são bênçãos ou habilidades que nos são dadas pelo poder do Espírito Santo. Deus concede pelo menos um desses dons a todo membro digno da Igreja. Ao receber tais dons, eles o fortalecerão e abençoarão individualmente e o ajudarão a servir aos outros. (Ver D&C 46:8–12.) As escrituras falam de muitos dons do Espírito.
Conhecimento de que “Jesus Cristo é o Filho de Deus e que foi crucificado pelos pecados do mundo”. (D&C 46:13)
A capacidade de acreditar nas palavras daqueles que testificam de Jesus Cristo. (Ver D&C 46:14.)
Conhecimento das “diferenças de administração”. (D&C 46:15; ver também I Coríntios 12:5) Este dom é usado na administração e liderança da Igreja.
Conhecimento das “diversidades de operações” que nos ajudam a discernir se um ensinamento ou influência vem de Deus ou de alguma outra fonte (D&C 46:16; ver também I Coríntios 12:6–7.)
O dom da “palavra de sabedoria”. (I Coríntios 12:8; >D&C 46:17) Esse dom não se refere à lei que conhecemos como a Palavra de Sabedoria. Ele é, na verdade, um dom de sabedoria—a habilidade de usar o conhecimento de maneiras justas.
O dom da “palavra de conhecimento”. (I Coríntios 12:8; D&C 46:18)
A habilidade de ensinar pelo poder do Espírito Santo. (Ver Morôni 10:9–10; ver também D&C 46:18.)
O dom da fé. (Ver I Coríntios 12:9; Morôni 10:11.)
O dom de “ter fé para serem curados”. (D&C 46:19)
O dom de “ter fé para curar”. (D&C 46:20; ver também I Coríntios 12:9; Morôni 10:11.)
“A operação de milagres”. (I Coríntios 12:10; D&C 46:21; ver também Morôni 10:12.)
O dom da profecia. (Ver I Coríntios 12:10; Morôni 10:13; D&C 46:22.) João, o Amado, ensinou que “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia”. (Apocalipse 19:10)
“Ver anjos e espíritos ministradores”. (Morôni 10:14)
O dom de discernir os espíritos (Ver I Coríntios 12:10; D&C 46:23)
O dom de falar diferentes línguas ou idiomas. (Ver I Coríntios 12:10; Morôni 10:15; D&C 46:24.)
O dom da “interpretação das línguas”. (I Coríntios 12:10; D&C 46:25; ver também Morôni 10:16.)
Esses dons espirituais e outros relacionados nas escrituras são somente alguns exemplos dos muitos dons do Espírito. O Senhor pode abençoá-lo de outras formas, dependendo de sua fidelidade e necessidades e das necessidades daqueles a quem você serve. Ele ordenou que nos empenhemos diligentemente para receber os dons espirituais:
“(…) acautelai-vos para que não vos enganem; e; para que não sejais enganados, procurai com zelo os melhores dons, lembrando sempre por que são dados;
Pois em verdade vos digo: Eles são dados em benefício daqueles que me amam e guardam todos os meus mandamentos e daqueles que procuram assim fazer; para que sejam beneficiados todos os que buscam ou que me pedem.
O ESPÍRITO SANTOS E A IGREJA
- O espirito santo atua nos crentes
No texto temos uma promessa de Cristo de que o Espírito Santo seria enviado à Sua Igreja e estaria para sempre com os cristãos.
Jesus afirma que rogaria ao Pai. Entendemos, então, que, através de Cristo, Deus estaria enviando o Seu Espírito à Igreja.
Em Atos 1.8 vemos que a vinda do Espírito Santo daria poder à Igreja de Cristo levando-a a testemunhar “… até os confins da Terra.” Esta promessa se cumpriu no dia de Pentecostes (Atos 2.1…). O Espírito Santo veio habitar nos cristãos.
Com a conversão e o recebimento do Espírito Santo, o cristão passa a ser templo do Espírito Santo (1 Co 3.16). O corpo do cristão é a Casa de Deus. Ele passa a habitar através do Seu Espírito na vida daquele que se converteu a Cristo.
O Espírito Santo age de forma especial na vida do cristão:
I – Ele consola o cristão (Jo. 14.16,17)
Para se consolar é preciso estar ao lado de alguém. O Espírito Santo nos conforta, nos alivia, nos dá a certeza da vitória. Ele é o nosso consolador.
II -Ele guia o cristão em toda a verdade ( Jo.16.13 )
O homem sem Deus não sabe para onde está indo. Vive perdido neste mundo, em meio às mentiras do inimigo. O cristão sabe em quem ele tem crido. Ele creu em Jesus, que é o autor e consumador da nossa fé. O servo de Deus tem a certeza da presença do Espírito Santo de Deus em sua vida. (Ef 1.13,14). Esse maravilhoso Espírito guia seus servos a toda a verdade. Que maravilha! O cristão sabe para onde está indo. Sabe também que não está na mentira, no engano. Ele está com Jesus! Ele tem O Espírito Santo de Deus em sua vida.
III – Ele nos ensina todas as coisas e nos faz lembrar o que o Senhor nos ensinou (Jo.14.26 )
O cristão tem um professor por excelência! Ele tem O Espírito Santo de Deus que lhe ensina todas as coisas. A vida do servo de Deus é de constante aprendizado. Aprendemos na Palavra e no viver. Aprendemos sempre, e o melhor, aprendemos com a presença viva do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. Deus quer o melhor para os Seus filhos. Ele quer que cresçamos na graça e no conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo. O Espírito Santo nos ensina e nos faz também lembrar daquilo que Ele nos ensinou.
IV – Ele capacita o crente com o poder, para testemunhar de Cristo (At 1.8)
O cristão está capacitado com o poder dado pelo Espírito Santo para testemunhar de Jesus aos perdidos. Esse poder nos dá coragem de, mesmo diante das dificuldades, não negarmos o nome do Senhor Jesus, mas sim proclamarmos o nome Dele aos perdidos, mesmo em situações difíceis onde a perseguição aos cristãos é grande. Precisamos aproveitar a liberdade que temos em nosso país de falar de Jesus e anunciar o Evangelho de Jesus aos perdidos. Lembremos que o Espírito Santo já nos capacitou.
V – Ele intercede a Deus pelos crentes nas orações (Rm 8.26)
Muitas vezes o cristão passa por momentos que, humanamente, sente-se impossibilitado de falar com Deus. Ele deseja, ele precisa falar com o Senhor, mas não consegue, em razão das dificuldades que está vivendo. Amados, a Bíblia nos afirma que o Espírito Santo intercede a Deus por nós nas orações. O que entendemos é que Ele nos ajuda levando as nossas orações até o Senhor nosso Deus com gemidos inexprimíveis para que sejamos respondidos pelo Senhor.
VI – Ele santifica a vida dos crentes (Hb 12.14, Ef. 5.18)
O Espírito Santo opera a santificação na vida dos servos de Deus. O texto de Efésios 5.18, nos afirma: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,…” Que maravilha irmãos! À medida que o servo de Deus afasta de sua vida o “vinho”, que representa os desejos da carne, as vontades do homem, naturalmente, esse servo de Deus é cheio pelo Espírito Santo. A santificação é operada e maravilhas acontecem nesta vida.
VII – Ele nos dá a certeza de que somos filhos de Deus (Rm 8, 16)
O servo de Deus tem agora a alegria de saber que o Espírito Santo que habita nele também testifica ao seu próprio espírito, trazendo a certeza de que realmente ele é um filho de Deus. É maravilhoso poder descansar nas promessas de Deus.
VIII – Ele nos dá a certeza da Salvação (Ef. 1.13,14)
Muitas pessoas afirmam para os cristãos: “Como você pode dizer que está salvo?” Na verdade não é o cristão quem afirma dele mesmo que está salvo, mas sim a Palavra de Deus. Os versículos citados acima nos mostram essa grande verdade. O Espírito Santo é concedido ao homem no ato da conversão, logo o próprio Espírito se torna o selo, ou seja, a garantia da salvação na vida daquele que aceitou a Jesus como seu único Senhor e Salvador.
IX – Ele concede os dons espirituais aos crentes (1 Co 12. 4 – 7)
A igreja é o Corpo do Senhor Jesus. Individualmente, cada cristão é um membro da igreja do Senhor (Rm. 12.5). Como organismo vivo de Deus, ela cumpre a sua missão através da participação de cada membro. Para o bom funcionamento e cumprimento do propósito da igreja, o Espírito Santo concede dons espirituais aos crentes, visando o bom desempenho da obra de Deus.
X – Ele manifesta o fruto do Espírito na vida do crente (Gl. 5.22,23)
O fruto do Espírito Santo na vida do servo de Deus é a manifestação de atitudes de bênçãos que foram vividas por Jesus, enquanto esteve entre os homens na Terra. Uma vez tendo aceitado a Jesus como Senhor e Salvador, o novo crente agora, produzirá o fruto do Espírito, que é manifestado pelo próprio Espírito Santo na vida do cristão. As atitudes são em número de nove, e são vivenciadas nos relacionamentos. São nove atitudes que representam o fruto do Espírito.
Conclusão:
O Espírito Santo está conosco todos os dias. Que os nossos corações estejam abertos para ouvir a sua voz. Ele é o nosso Consolador e amigo.