Uma Visão Bíblica do Corpo- Lição 9 adulto

EBD- Uma Visão Bíblica do Corpo- Lição 9 Adulto EBD 3 ° Trimestre 2023 CPAD

Lição 9 Adulto Uma Visão Bíblica do Corpo- EBD 3º Trimestre 2023.

As Escrituras Sagradas atestam que o nosso corpo é o Templo do Espírito Santo e, como tal, deve ser preservado santo e consagrado. Diferentemente do que a Bíblia ensina quanto ao corpo, a sociedade materialista e secularizada afirma que o corpo foi feito para ser explorado e ter as suas necessidades satisfeitas.

📚  TEXTO ÁUREO

“Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.”  (1 Co 6.13b). 

Ninguém deve menosprezar o poder da imoralidade sexual. Ela devastou incontáveis vidas, destruiu famílias, igrejas, comunidades e até nações. Deus quer proteger-nos para não prejudicarmos a nós mesmos e aos outros.

💡  VERDADE PRÁTICA.

O corpo é o templo do Espírito Santo e, por isso, deve ser conservado em santificação até a volta de Cristo.  

Como servos de Deus, temos a obrigação de cuidar muito bem do nosso corpo, pois ele é o templo do Espírito Santo. E, além disso, é desejo do Pai que desfrutemos de boa saúde física, mental e espiritual

INTRODUÇÃO

Deus criou o ser humano para o louvor da sua glória (1 Co 6.20). 

Glorificamos a Deus no nosso corpo quando o usamos em santidade e pureza. Glorificamos a Deus no nosso corpo quando entregamos nossos membros como instrumentos de justiça e não como servos do pecado (Rm 6.12-14). Glorificamos a Deus no nosso corpo quando empregamos nossas forças, energias, dons e talentos para servirmos ao Senhor e fazermos a Sua vontade.

Em vista disso, Ele espera do homem regenerado uma vida de santidade (1 Pe 1.15).  A santidade é indispensável porque o Deus que nos chama é santo, Deus nos chama para sermos seus filhos e refletirmos seu caráter. Não fomos destinados apenas para a glória, mas para sermos semelhantes ao Rei da glória.

Contudo, os conceitos secularistas propagam uma forma de vida independente dos preceitos divinosOs ensinos divinos é que nos orienta, nos guia e nos sustenta, todos os que levam uma vida independente de Deus se deram mal.

Nesta lição, vamos estudar a criação do homem e as características do corpo humano nas Escrituras e correlacionar esse tema com a visão secular do corpo hoje. Nossa finalidade é apresentar a visão bíblica do corpo, seu propósito e sua glorificação final.

PALAVRA-CHAVE

Corpo. A definição básica de corpo é: “estrutura física e material que, juntamente com a alma e o espírito, compõe o homem”

I – A CRIAÇÃO DO SER HUMANO

 A origem da raça humana.

O homem é o único ser vivo criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27). Por isso, nossa Declaração de Fé ensina que fomos criados por um ato sobrenatural, imediato, e não por um processo evolutivo. O ser humano é especial entre todas as formas de vida, pois foi formado à imagem e semelhança de Deus (Gn.1:26,27). Isto vai de encontro aos ensinos seculares que dizem que o ser humano veio de um processo evolutivo.

Assim, o homem (adham) foi formado do pó úmido da terra (Gn 2.7). Interessante notar que o uso do hebraico adham denota nome próprio, mas também genérico, significando “homens” e “humanidade” (Sl 73.5; Is 31.3). Logo, Adão foi o primeiro homem a ser criado (Gn 2.15,19,20); e Eva, a primeira mulher, formada do corpo de Adão (Gn 2.22; 3.20). Duas criações realizadas pelas mãos do próprio Deus.

Além disso, homem e mulher são descritos como criaturas da terra, porém, Deus “soprou em seus narizes o fôlego da vida” (Gn 2.7b). Ele não fez isso com os animais. O sopro de Deus foi a outorga do nosso espírito e isso nos distingue dos demais seres criados. Vejam que Deus entregou a eles algo especial, “soprando em seus narizes o fôlego da vida” (Gn.2:7b), algo que não foi feito com os animais.

EBD- Uma Visão Bíblica do Corpo- Lição 9 Adulto/ EBD 3 ° Trimestre 2023 CPAD.

  1. A constituição do ser humano.

Nossa Declaração de Fé professa que a natureza humana consiste numa parte externa, o corpo ou a carne (Gn 6.3; Sl 78.39), chamada de “homem exterior”; e uma parte interna, denominada de “homem interior”, composta de espírito e alma (2 Co 4.16; 1 Ts 5.23). Essa constituição humana é denominada de tricotomia, isto é, três substâncias: espírito, alma e corpo (Hb 4.12). Exemplo dessa estrutura pode ser observada na pessoa de Cristo (Lc 23.46; 24.39).

A Bíblia de Estudo Pentecostal leciona que o nosso espírito é o componente pelo qual se tem comunhão com o Espírito de Deus. O espírito é frequentemente considerado a parte mais elevada ou divina da constituição humana. É a parte imaterial e eterna do ser humano que se conecta a Deus. E a alma é definida pelos aspectos da mente, emoções e vontade.

 A alma é frequentemente considerada a parte intermediária entre o espírito e o corpo. É vista como a sede das emoções, vontade, mente e personalidade do indivíduo. Enquanto o espírito está relacionado ao aspecto eterno e divino, a alma está ligada à experiência humana terrena e ao desenvolvimento do caráter moral. A alma é imortal e, assim como o espírito, continua a existir após a morte física – estes dois elementos são inseparáveis. É na alma que muitas das nossas experiências emocionais e processos de pensamento ocorrem.

O corpo é a parte que volta ao pó e que, no caso dos salvos, será transformado no dia da ressurreição (1 Co 15.42). O corpo é a parte material e física da constituição humana. É o veículo através do qual interagimos com o mundo físico. Enquanto o espírito e a alma são imateriais, o corpo é temporário e sujeito ao envelhecimento e à morte.

Ele é o invólucro que abriga o espírito e a alma durante a vida terrena e permite que os seres humanos experimentem as sensações físicas e a interação com o ambiente ao seu redor.

3. Queda e restauração humana.

A Queda do ser humano foi a pior catástrofe do universo. Deliberadamente o homem pecou contra o seu Criador, e ao pecar, tornou-se escravo do pecado (João 8:34), dominado totalmente por ele (Gn.4:7), sem condição alguma de modificar esta situação por conta própria.

A Bíblia revela que todas as áreas de nosso ser foram afetadas pelo pecado (Rm 7.20-23). O pecado deixou o seu “vírus” em nosso corpo: a morte. Ela se tornou universal. A imortalidade, que antes seria certa e desfrutável, fora extinta.

Conforme a Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal, embora constituído de três substâncias, se o ser humano for afetado em um elemento de sua constituição humana, ele será afetado inteiramente. Foi exatamente o que aconteceu, tanto a estrutura espiritual, espirito e alma, como a material o corpo, sofreu o impacto do pecado.

Nessa perspectiva, a vida espiritual não pode estar desassociada de seu corpo: “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). Desse modo, a conduta irrepreensível do cristão é requerida no espírito quanto na alma e no corpo (1 Ts 5.23).

E errado pensar que podemos separar a nossa vida espiritual do restante da nossa vida. obedecendo a Deus apenas sob certo sentido ou vivendo para Ele somente um dia por semana. Cristo deve controlar todo o nosso ser, não apenas nossa parte “religiosa.

Isso quer dizer que a santificação deve atingir a parte material e imaterial do homem. Contudo, essa restauração somente é possível por meio do sangue de Cristo, pela ação do Espírito e pela Palavra de Deus (1 Pe 1.15-25). Só Jesus Cristo é quem pode restaurar o ser humano caído e conceder-lhe a Salvação, pois “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”(Atos 4:12).

SINÓPSE I

Deus criou o ser humano e o constituiu de corpo, alma e espírito.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“A POSITIVIDADE DO CORPO

[…] Paulo não fala também do ‘corpo do pecado’ (Rm 6.6)? E isso não significa que o corpo é a fonte do mal? Não. O contexto deixa claro que Paulo está falando que o corpo pode tornar-se um instrumento do pecado – mas pode também se tornar um instrumento de justiça: ‘Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?’ (v.16).

O problema não é o corpo, mas o pecado. O corpo é apenas o lugar onde a batalha entre o bem e o mal é encarnada.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Ama Teu Corpo, Editora CPAD, p.45.

AUXÍLIO APOLOGÉTICO

“A CURA DA ALIENAÇÃO

Devemos, portanto, responder com uma defesa bíblica do corpo. Devemos encontrar maneiras de curar a alienação entre corpo e pessoa. O ponto de partida é uma filosofia bíblica da natureza. A Bíblia proclama o profundo valor e dignidade do mundo material — incluindo o corpo humano — como obra das mãos de um Deus amoroso.

É por isso que a moralidade bíblica coloca grande ênfase no fato da encarnação humana. O respeito pela pessoa é inseparável do respeito pelo corpo. Afinal de contas, Deus poderia ter escolhido fazer-nos como os anjos — espíritos sem corpo. Ele poderia ter criado um mundo espiritual onde flutuássemos por aí. Pelo contrário, Ele criou cada um de nós com corpos materiais e em um universo material.

Por quê? Claramente, Deus valoriza a dimensão material e quer que a valorizemos também. A Bíblia trata corpo e alma como dois lados de uma mesma moeda. A vida interior da alma é expressa por intermédio da vida exterior do corpo. Isso é destacado pelo paralelismo característico da poesia hebraica: ‘A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito’ (Sl 63.1); ‘Pois a nossa alma está abatida até ao pó; o nosso corpo, curvado até ao chão” (Sl 44.25); ‘Guarda [as minhas palavras] no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo’ (Pv 4.21,22); ‘Enquanto eu me calei [me recusei a me arrepender], envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia” (Sl 32.3).

Em certo sentido, o nosso corpo tem primazia diante de nosso espírito. Afinal de contas, o corpo é a única maneira que temos para expressar a nossa vida interior ou para conhecer a vida interior de outra pessoa. O corpo é o meio pelo qual o invisível é feito visível” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, p.36).

Dinâmica Uma Visão Bíblica do Corpo- Lição 9 Adulto- EBD 3 Trimestre 2023.

II – A VISÃO BÍBLICA DO CORPO.

  1. Parte exterior do homem.

O termo corpo (do grego, soma) normalmente identifica a parte exterior do ser humano (Mt 10.28; 1 Co 15.38). O termo carne (do grego, sarx), quando se refere ao homem físico, inclui a sua dimensão exterior (Lc 24.39; At 2.31). Ambos os termos indicam a parte visível e material da natureza humana.

O corpo é o invólucro capa a proteção revestimento da parte imaterial do ser humano; Por causa da Queda, lá no Edem ele envelhece e morre, ocasião em que alma e espírito o deixam (Gn 35.18; Tg 2.26).

É a parte física, o homem exterior, que se corrompe, ou seja, envelhece e é mortal. O homem é carne como criatura perecível: “porque toda a carne é como erva” (1 Pe 1.24). O corpo é importante, pois Deus o ressuscitará: “Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção” (1 Co 15.42).

A carne (corpo) geralmente é descrita em sentido negativo: “na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18). Entretanto, esse tom depreciativo diz respeito à natureza pecaminosa do homem e não especificamente ao corpo físico. Não podemos confundir o corpo humano com a natureza pecaminosa.

Assim sendo, nossa Declaração de Fé rejeita a ideia de ser o corpo uma prisão da alma e do espírito ou de ser inerentemente mau e insignificante. Rejeitamos a ideia de ser o corpo a prisão da alma e do espírito ou de ser exclusivamente mal e insignificante, pois ele é templo do Espírito Santo e templo de Deus, um a vez que o Espírito Santo habita em nós.

2. Templo do Espírito Santo.

A Bíblia diz que nós somos o templo do Espírito Santo de Deus. Isso significa que o próprio Deus, na pessoa do Espírito Santo, habita em nós.

A Escritura declara que “o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor” (1 Co 6.13b). Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.

Isso significa que o corpo pertence ao Criador e a Ele deve estar unido (1 Co 6.17). Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.

Nesse sentido, essa parte material do salvo deve ser santa e usada para glorificar a Deus (1 Co 6.20b). Em 1 Coríntios 6, lemos que os corpos dos salvos são metaforicamente figuradamente membros do Corpo de Cristo (1 Co 6.15; cf. Rm 12.4,5). Por isso, eles não devem praticar atos imorais (Rm 6.13,19) nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.

1 Co 6.15,16). Aqui, o cristão é exortado a não pecar contra o próprio corpo (1 Co 6.18). Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Fujam da imoralidade sexual! Nenhum outro pecado afeta o corpo como esse, pois a imoralidade sexual é um pecado contra o próprio corpo. NVT.

Pois um resgate de alto preço foi pago por Cristo (1 Co 6.20a). Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. tornando o crente templo e morada do Espírito Santo (1 Co 6.19; Ef 1.13). Portanto, como santuário, o corpo nunca deve ser profanado por impureza alguma. “Nós não somos os donos de nosso próprio corpo, porque Deus nos criou, Jesus nos redimiu e o Espírito Santo faz sua habitação dentro de nós”; “por Deus ser dono de nosso corpo, nós somos mordomos dele e precisamos prestar contas a ele”. Isso realmente é uma verdade absoluta.

  1. Glorificado na ressurreição.

A ressurreição de Cristo foi o acontecimento mais extraordinário que ocorreu, pois aniquilou o império da morte (Hb 2.14,15) e garantiu a nossa ressurreição (1 Co 6.14; 2 Co 4.14). Essa vitória sobre a morte é uma demonstração do poder de Deus e é uma fonte de esperança e salvação para o ser humano. Além disso, a ressurreição de Cristo tem implicações importantes para a vida dos crentes salvos em Cristo.

Entre a morte e a ressurreição há um estado intermediário, onde a parte imaterial do ser humano subsiste de modo consciente (Lc 9.28-31; monte da transfiguração Moises e Elias, 16.22-31). Contudo, o nosso corpo carnal não pode herdar o Reino de Deus (1 Co 15.50). E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção.

Por isso, a última etapa de nossa salvação é a glorificação (Rm 8.30).  E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. O mesmo destino que teve Jesus, o de ressuscitar num corpo glorioso e ir para o Céu, será o destino que terão os crentes em Cristo, ressuscitando aqueles que já tiverem morrido e, reunidos com os vivos, todos em corpos gloriosos, também irão para o Céu, para a Nova Jerusalém, onde habitarão para sempre com o Senhor.

Inclui a redenção e a transformação de nosso corpo mortal conforme o corpo glorioso de Cristo (Rm 8.23; Fp 3.21). Esse evento ocorrerá quando Jesus voltar (1 Ts 4.13-17). Na ressurreição, a parte imaterial será reunida em um corpo incorruptível, glorificado, espiritual e imortal (1 Co 15.42-44,52-54). Assim, a morte é o último inimigo a ser vencido (1 Co 15.26).

Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. Hoje, o nosso corpo está sujeito às enfermidades e demais fragilidades, mas na ressurreição ele será revestido de incorruptibilidade. Nunca mais morreremos, pois, a ressurreição dos santos será a vitória final sobre a morte e o inferno (1Co.15:54,55).

SINÓPSE II

A visão bíblica do corpo tem a ver com o exterior do homem, como imagem de templo do Espírito, com a ressurreição e a glorificação final

AUXÍLIO APOLOGÉTICO

GLORIFICANDO A DEUS NO CORPO

“É possível quebrar o poder da escravidão do pecado: ‘Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências’ (Rm 6.12). A única resposta apropriada a tal graça libertadora é: ‘glorificai, pois, a Deus no vosso corpo’ (1 Co 6.20), ou, de maneira mais completa: ‘apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional’ (Rm 12.1).

É emocionante pensar que Deus quer mesmo se relacionar conosco em nosso corpo, amando o nosso formato e tamanho específico, as nossas peculiaridades corporais, a nossa aparência física. Deus quer amar-nos e interagir conosco não apenas espiritualmente, mas também em nosso ser integral” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.45-46).

III – A VISÃO SECULAR DO CORPO.

1. Hedonismo e narcisismo. 

Hedonismo e Narcisismo são conceitos distintos relacionados à busca de prazer e satisfação pessoal.

Zelar e manter o corpo saudável é uma forma de glorificar a Deus (1 Co 6.20). Contudo, em tempos pós-modernos de busca da felicidade, o hedonismo e o narcisismo são incutidos na sociedade. Com hedonismo, nos referimos ao estilo de vida em que a obtenção do prazer e a fuga do sofrimento são prioridades.

Nesse aspecto, tudo é permitido. O Hedonismo é uma filosofia que coloca o prazer como o objetivo principal da vida, se busca de forma desenfreada e libertina a satisfação pessoal.

Com narcisismo, aludimos ao amor excessivo que uma pessoa tem por si própria. De acordo com essa abordagem, refere-se ao indivíduo que, de modo insensato, persegue o corpo ideal por meio da boa estética a qualquer custo e se porta com ostentação em busca da autorrealização e de ser admirado. Em oposição a essa cultura, Paulo ensina: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm” (1 Co 6.12a).

O Narcisismo pode levar a relacionamentos problemáticos e prejudicar a capacidade do indivíduo de se conectar verdadeiramente com os outros. Além disso, pode ser uma barreira para o crescimento pessoal, já que o narcisista muitas vezes evita admitir suas falhas ou procurar ajuda quando necessário.

2. Erotização e libertinagem.

Erotização e libertinagem são termos relacionados à sexualidade e comportamento sexual.

Ao formar o ser humano, Deus também criou a sexualidade (Gn 1.27,28). Portanto, não se trata de algo impuro. O pecado não está no sexo, mas na perversão de seu propósito. Nossa Declaração de Fé leciona que a relação sexual não é só para procriar, mas também para o prazer dentro dos limites do matrimônio e do uso natural do corpo (Rm 1.26,27; Hb 13.4).

A erotização refere-se ao processo de tornar algo ou alguém sexualmente atrativo ou estimulante; é a transformação de situações, objetos ou comportamentos em estímulos sexuais. Todavia, em nossos dias, a erotização do corpo é explorada nas mídias, artes, músicas e literaturas. O objetivo é seduzir e estimular as práticas sexuais ilícitas. Isto tem sido severamente problemático, pois tem contribuído de maneira absurda para a sexualização precoce de crianças e adolescentes.

Como resultado, a licenciosidade, isto é, a conduta sexual desregrada e imoral, prolifera assustadoramente (1 Co 6.10). Diante disso, o apóstolo Paulo adverte: “todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (1 Co 6.12b).

  1. Liberdade e autonomia.

A Bíblia atesta que o homem é dotado de livre-arbítrio (Gn 2.16,17). Isso indica autonomia para tomar as próprias decisões e se autogovernar.

O livre-arbítrio é a capacidade que os seres humanos têm de tomar decisões e fazer escolhas por si mesmos, mesmo que essas escolhas possam ter consequências significativas. Com essa liberdade de escolha, cada indivíduo é responsável por suas decisões e ações.

Somos livres, porém, todos os nossos atos serão alvo do juízo divino (Ec 12.14). Isso nos impulsiona a agir de forma ética e justa perante Deus e os outros seres humanos.

Não obstante, no atual cenário, ideias secularistas promovem a banalização do corpo. O existencialismo ateu, por exemplo, afirma que para descobrir o sentido da vida, o homem deve usufruir de liberdade incondicional. (leia-se libertinagem). Nesse aspecto, livre de qualquer moral divina, o indivíduo passa a exercer total controle sobre o corpo. Nesse aspecto, fora do padrão moral de Deus, o indivíduo banaliza o próprio corpo, considerando-o meramente como um objeto de prazer.

Desse modo, seus adeptos atuam contra o corpo na legalização do aborto, da prostituição, das drogas, do suicídio assistido, dentre outros. Contrário a esse ativismo, o apóstolo Paulo assevera: “não sabeis […] que não sois de vós mesmos?” (1 Co 6.19). A mesma compreensão que os gregos da época de Paulo tinha com relação ao corpo é a mesma que os ativistas secularistas de hoje tem, a saber, que o corpo é apenas uma prisão da alma, que Deus não dá nenhuma importância ao corpo. Defendem uma liberdade total, irrestrita e incondicional. A lei que rege a vida deles é: é proibido proibir! No entanto, Deus valoriza o corpo, que um Dia o ressuscitará. O corpo do crente salvo será glorificado na vinda de Cristo (1Co.15:52).

SINÓPSE III

O hedonismo, o narcisismo, a erotização e a libertinagem fazem parte de uma visão secular do corpo.

CONCLUSÃO.

Criado da terra, à imagem e semelhança divinas, o homem é constituído de três substâncias: espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23). Nessa concepção, não podemos pecar com o corpo sem afetar o espírito e a alma (1 Co 6.15-17). O corpo é morada do Espírito, que não habita em santuário impuro (1 Co 6.18,19). Nosso corpo é um membro de Cristo. Além do mais, esse corpo agora é templo do Espírito Santo, que faz dele um santuário para a sua habitação.

Na vinda de Cristo, o corpo dos santos será glorificado (1 Co 15.52). Assim, o corpo não deve ser tratado como algo pejorativo. O princípio de cuidado e santidade do corpo deve ser observado pelos que pertencem a Deus (1 Co 6.20). Portanto, devemos eliminar toda forma de conduta que não seja apropriada para o corpo; nada que seja inconvenientemente no “santuário” de Deus é decente no corpo do filho de Deus.

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. Como a nossa Declaração de Fé expressa nossa constituição humana?

Nossa Declaração de Fé professa que a natureza humana consiste numa parte externa, o corpo ou a carne (Gn 6.3; Sl 78.39), chamada de “homem exterior”; e uma parte interna, denominada de “homem interior”, composta de espírito e alma (2 Co 4.16; 1 Ts 5.23). Essa constituição humana é denominada de tricotomia, isto é, três substâncias: espírito, alma e corpo (Hb 4.12).

  1. Como é requerida a irrepreensível conduta do cristão?

Conduta irrepreensível do cristão é requerida no espírito, na alma e no corpo (1 Ts 5.23).

  1. Como o corpo é identificado na Bíblia?

O termo corpo (do grego, soma) normalmente identifica a parte exterior do ser humano (Mt 10.28; 1 Co 15.38). O termo carne (do grego, sarx), quando se refere ao homem físico, inclui a sua dimensão exterior (Lc 24.39; At 2.31). Ambos os termos indicam a parte visível e material da natureza humana.

  1. Por que os corpos dos salvos não devem praticar atos imorais?

Porque a parte material do salvo deve ser santa e usada para glorificar a Deus (1 Co 6.20b). Em 1 Coríntios 6, lemos que os corpos dos salvos são metaforicamente membros do Corpo de Cristo (1 Co 6.15; cf. Rm 12.4,5).

  1. No atual cenário, o que as ideias secularistas promovem?

Hedonismo, narcisismo, erotização, libertinagem etc.

VOCABULÁRIO

Outorga: De outorgar: dar como favor; dar poderes a; facultar, conceder, conferir.

 

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