EBD – Jeremias – Onde Buscar Coragem? – Lição 3 Juvenis – 2° Trimestre 2024
Quem foi Jeremias? Jeremias profetizou para qual reino, o reino do norte ou o reino do sul? Jeremias foi ou não foi para o cativeiro? Vocês lembram ou sabem algum versículo do profeta Jeremias? Quem já leu algum versículo ou o livro todo de Jeremias?
TEXTO EM DESTAQUE: “Mas o SENHOR me disse: Não diz: Eu sou uma criança: porque, onde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.” (Jeremias 1.7)
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jeremias 1.4-14,17-19
1. A VIDA DO PROFETA
1.1. Quem era Jeremias?
Jeremias era natural de Anatote, um a vila localizada ao nordeste de Jerusalém, dentro do território da tribo de Benjamim, O nome do seu pai era Hilquias, e muitos estudiosos o consideram como o sacerdote de Anatote. O que reforça o fato de Jeremias pertencer a uma família de sacerdotes é o local de seu nascimento, visto que Anatote é apontada como uma cidade sacerdotal desde os tempos de Josué (Js 21.18), não se sabe ao certo se Jeremias chegou a exercer o ofício sacerdotal, O fato é que ele foi chamado pelo Senhor para ser profeta muito jovem e, por esse motivo, dedicou sua vida ao exercício do ministério profético.
Jeremias, como profeta, foi chamado por Deus para comunicar Sua mensagem ao povo de Israel. Embora tenha nascido em uma família de sacerdotes, ele não exerceu o ofício sacerdotal, mas foi escolhido para ser um porta-voz de Deus, transmitindo Suas palavras e advertências ao povo.
O Papel Sagrado
A principal diferença entre ser sacerdote e ser profeta está no papel desempenhado em relação a Deus e ao povo. O sacerdote atua como mediador entre o povo e Deus, oferecendo sacrifícios, intercedendo e ministrando nos assuntos religiosos. Por outro lado, o profeta é aquele que recebe a mensagem diretamente de Deus e a transmite ao povo, muitas vezes confrontando-o com a verdade divina e chamando-o ao arrependimento e à obediência.
Jeremias, o Escolhido
Jeremias foi chamado por Deus desde a sua juventude para essa importante missão profética. Ele foi fiel ao seu chamado, mesmo diante de muitas dificuldades e oposição. Sua vida e ministério são exemplos de dedicação, compromisso e responsabilidade no cumprimento da vontade divina.
Servindo ao Senhor
É importante reconhecer e valorizar a chamada que Deus faz na vida de cada indivíduo. Aqueles que são chamados por Deus devem responder com disposição, compromisso e responsabilidade, sabendo que estão servindo ao Senhor e contribuindo para o avanço de Seu Reino. Se alguém não se coloca à disposição para a obra de Deus, Ele certamente levantará outros para cumprir Seus propósitos. A obra de Deus não pode ser impedida, e Ele sempre tem planos para aqueles que estão dispostos a servi-Lo.
1.2. Contexto social da época
O profeta Jeremias começou a exercer o seu chamado cerca de 40 anos antes do cativeiro judaico. Esse período abrangeu os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Um período conturbado que foi primeiramente marcado pela renovação espiritual promovida por Josias, mas que logo se dissipou em razão da falta de arrependimento sincero e constância na obediência à Lei por parte dos judeus.
eremias viveu em um período crucial da história de Israel, marcado por turbulências políticas e espirituais. Ele foi chamado por Deus para ser profeta e enfrentou o desafio de comunicar a mensagem divina em meio à precariedade espiritual e desorganização política do povo.
Israel e a Recorrência do Pecado
Deus levantou profetas como Jeremias sempre que a nação estava em declínio espiritual e afastada de Seus caminhos. Mesmo com o conhecimento das consequências do pecado, Israel persistiu em sua desobediência e idolatria, preferindo seguir seus próprios caminhos ao invés de se arrepender e retornar ao Senhor.
O Desafio para Todos
O pecado afasta o homem de Deus, independentemente de sua posição social ou de sua origem. Assim como Israel, cada indivíduo enfrenta a tentação do pecado e a escolha entre obedecer a Deus ou seguir seus próprios desejos. É essencial estar vigilante contra as armadilhas do pecado e permanecer fiel aos caminhos do Senhor.
Reflexões e Respostas
Assim como Jeremias chamou o povo ao arrependimento e à obediência, também somos chamados a refletir sobre nossas próprias vidas e a buscar a vontade de Deus. A graça e o perdão de Deus estão disponíveis para aqueles que se arrependem sinceramente e voltam para Ele.
Aprendendo com Jeremias
Portanto, que possamos aprender com a história de Israel e de Jeremias, reconhecendo a importância do arrependimento, da obediência e da busca por uma vida de santidade diante de Deus. Que estejamos atentos aos nossos próprios caminhos e nos esforcemos para seguir os mandamentos do Senhor em todos os aspectos de nossas vidas.
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1.4. Público-alvo da profecia
Quando Jeremias foi chamado pelo Senhor, a sua missão era convocar Judá a um arrependimento sincero para com Deus, No entanto, no momento inicial do seu chamado, o Senhor havia dito que ele seria um profeta para as nações. De imediato, o propósito divino era derrubar a soberba do seu povo e anunciar 0 domínio das nações gentílicas, a saber, a Babilônia. Todavia, o juízo do Senhor também viria sobre os caldeus, bem como sobre os povos que desdenhavam da nação eleita em razão da sua dor (46—51).
Jeremias foi chamado pelo Senhor para uma missão dupla: convocar o povo de Judá ao arrependimento sincero e anunciar o juízo divino sobre as nações, incluindo a Babilônia, que estava destinada a dominar sobre Judá. Apesar de inicialmente profetizar para Judá, a mensagem de Jeremias também se estendia às nações ao redor.
Revelação e Soberba
Deus tinha um propósito específico ao levantar Jeremias como profeta. Ele desejava derrubar a soberba de seu povo, que havia se afastado de Seus caminhos, e mostrar o domínio das nações gentílicas, especialmente a Babilônia. No entanto, o juízo divino não poupava os caldeus nem outros povos que desprezavam a Nação Eleita. A soberania de Deus se manifestava tanto sobre os escolhidos como sobre aqueles que os oprimiam.
Promessa e Resistência
O reinado davídico seria afetado pelo exílio, mas um remanescente seria preservado para cumprir os propósitos divinos para o povo de Deus. Jeremias enfrentou muita resistência ao transmitir essa mensagem, sendo perseguido e humilhado. No entanto, ele permaneceu fiel ao seu chamado, anunciando tanto o juízo quanto a esperança de restauração.
Justiça e Proteção
Deus não tolera que Seu povo seja maltratado ou humilhado. Assim como Ele castigava as nações que se levantavam contra Israel, também castigaria aqueles que os perseguiram. A mensagem de Jeremias serve como um lembrete poderoso da soberania de Deus e de Sua proteção sobre Seu povo escolhido.
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2. A CHAMADA E O ENVIO
2.1. Desculpas para não atender ao chamado
Jeremias ainda era muito jovem quando foi chamado para ser profeta. Prontamente, o Senhor lhe disse que o havia escolhido desde o ventre da sua mãe para exercer o ministério. De imediato, Jeremias demonstrou sentir-se incapaz de tão grandiosa missão, alegando ser apenas uma criança, sem condições de ser porta-voz de Deus (Jr 1.5, 6).
É incrível como Jeremias, mesmo sendo jovem e inicialmente se sentindo incapaz, foi escolhido e capacitado por Deus para ser um grande profeta. Ele expressou suas dúvidas e temores diante do chamado divino, mas Deus o assegurou de Sua presença e capacitação. Isso nos ensina que, independentemente da nossa idade ou das nossas habilidades percebidas, Deus pode nos usar de maneiras poderosas quando estamos dispostos a obedecer e confiar nele.
Disponibilidade e Fé
Assim como Jeremias, muitos jovens são chamados por Deus para o ministério, seja na pregação, na música, no ensino, no serviço social, entre outros. Às vezes, podem se sentir inadequados, mas é importante lembrar que a capacitação vem de Deus. Ele não olha para as nossas limitações, mas para a nossa disponibilidade e fé.
Além das Limitações Humanas
Na obra de Deus, não se trata de habilidades humanas, mas da capacitação divina. Deus pode usar até mesmo os mais improváveis para realizar grandes coisas em Seu nome. Portanto, se você se sente chamado por Deus, não deixe que a insegurança ou o medo te impeçam de obedecer. Confie no Senhor, busque-O em oração e Ele te capacitará para cumprir o Seu propósito em sua vida.
Filipenses 4:13
Lembre-se sempre: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13). Se Deus te chamou, Ele também te capacitará.
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2.2. Encorajamento e envio
Apesar das limitações humanas de Jeremias, o Senhor o encorajou a cumprir o seu chamado. Afinal, a capacitação para tão grande obra viria do Deus Todo-Poderoso, que faria dele um instrumento para arrancar e para derrubar; para destruir e para arruinar; para edificar e para plantar (v. 9,10).
A revelação dada a Jeremias de que Deus velava sobre Sua palavra foi uma confirmação poderosa da autoridade e veracidade das mensagens que ele deveria proclamar. Essa revelação garantia a Jeremias que ele não estava apenas falando suas próprias palavras, mas transmitindo fielmente a mensagem que Deus lhe havia confiado. Isso lhe dava coragem e confiança para proclamar as mensagens divinas com ousadia e firmeza, mesmo diante da incredulidade ou oposição do povo.
O Controle Soberano de Deus na História
Além disso, a visão da nação ímpia que viria do Norte para castigar Israel foi uma clara demonstração do controle soberano de Deus sobre os eventos históricos e políticos. Essa nação desconhecida, que estava crescendo em poder e se levantando como um império mundial, seria permitida por Deus como um instrumento de disciplina para Israel. Essa disciplina tinha o propósito de levar o povo ao arrependimento de seus pecados e restauração de seu relacionamento com Deus.
A Lição da História de Israel
A história de Israel serve como um poderoso lembrete de que o orgulho e a confiança na própria força e prosperidade podem levar à queda e ao juízo divino. Assim como Israel confiava em sua grandeza e no templo como fontes de segurança, muitas pessoas hoje confiam em suas realizações e bens materiais, esquecendo-se de que é Deus quem os sustenta.
Vigilância e Submissão a Deus
É crucial lembrar que Deus cumpre Suas promessas no tempo certo e que, mesmo diante da rebeldia e da desobediência do povo, Ele continua sendo soberano e justo em Seus juízos. Portanto, é essencial vigiar nosso comportamento e atitudes, reconhecendo que tudo o que temos vem de Deus e que devemos viver em submissão e obediência a Ele.
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3. AS CONDIÇÕES DE JUDÁ
3.1. A idolatria e imoralidade
Um dos motivos pelos quais o Senhor prometeu enviar o cativeiro babilônico sobre Judá foi a sua decadência espiritual. Nos dias que antecederam o exílio, Judá se encontrava mergulhada na idolatria e imoralidade. Durante os governos dos reis Manassés e Amom (60 anos), os judeus cometeram toda sorte de maldade, inclusive, aderindo às práticas pecaminosas e idólatras da Assíria e nações vizinhas.
A decadência espiritual em Judá nos dias anteriores ao exílio babilônico foi profunda e alarmante. Durante os reinados dos reis Manassés e Amon, Judá mergulhou em idolatria e imoralidade, desviando-se drasticamente dos caminhos do Senhor. Por cerca de 60 anos, o povo cometeu uma série de maldades, adotando práticas pecaminosas e idólatras de nações vizinhas, como a Síria. Entre essas abominações estavam a profanação do templo e até mesmo sacrifícios humanos em honra à entidade amonita Moloque.
A Cegueira Espiritual e a Persistência no Pecado
Essa situação de declínio espiritual era tão grave que o povo não mais servia a Deus e não reconhecia a gravidade de suas transgressões. Mesmo diante das evidentes malignidades de suas ações, eles continuavam em seus caminhos de pecado e rebelião contra o Senhor. Essa condição persistiu até que Josias ascendeu ao trono de Judá e iniciou um processo de restauração espiritual.
A Lição Não Aprendida e a Persistência na Rebeldia
No entanto, o povo de Judá não aprendeu com os erros do passado. Apesar de testemunhar as consequências desastrosas do pecado no Reino do Norte e mesmo com os avisos dos profetas, eles persistiram em sua rebeldia e idolatria. O povo se acostumou com a prosperidade aparente e passou a acreditar que poderia agir como quisesse sem sofrer as consequências de seus atos.
A Consequência do Pecado e a Necessidade de Vigilância
Essa mentalidade de complacência e tolerância com o pecado é perigosa e ilusória. Deus não ignora o pecado, e as consequências inevitavelmente chegam, muitas vezes na forma de juízo e disciplina. Assim como aconteceu com Judá, aqueles que persistem no pecado acabam colhendo as consequências de suas escolhas.
A Busca pela Santidade e Obediência
Portanto, é vital para nós vigiarmos nossas vidas e nos afastarmos das paixões da juventude, buscando a santidade e a obediência a Deus em todas as áreas de nossas vidas. O pecado pode parecer atrativo e inofensivo por um tempo, mas suas consequências são sempre devastadoras.
3.2. A mentira e o desprezo à Palavra de Deus
Além dos desvios religiosos e a iniquidade dos reis, a maldade, falsidade e falta de temor a Deus eram acentuadas no comportamento de toda a Judá. Tanto que o Senhor revelou ao profeta que até mesmo os da sua própria casa se voltavam contra ele encobertamente. Os reis demonstravam aparentemente que buscariam o arrependimento, mas não permaneciam no conselho do Senhor.
A falta de temor a Deus e a prevalência do mal eram evidentes em toda Judá, inclusive dentro das próprias famílias. O Senhor revelou ao profeta Jeremias que até mesmo membros de sua própria casa estavam conspirando contra ele secretamente. Isso reflete uma realidade em que pessoas aparentemente religiosas e piedosas podem agir de maneira contrária aos princípios divinos, demonstrando desprezo e falta de temor a Deus.
A Indiferença Encoberta pela Aparência Religiosa
Infelizmente, nos dias atuais, também nos deparamos com essa mesma postura entre alguns ouvintes da palavra. São pessoas que aparentemente prestam atenção à pregação, mas em seus corações agem com indiferença e desrespeito aos mandamentos de Deus. Esse tipo de comportamento reflete um coração teimoso e inclinado para o mal, que se recusa a se arrepender e a se submeter à vontade divina.
A Lei da Semeadura e da Colheita
A Palavra de Deus nos adverte que Ele não pode ser zombado e que colheremos aquilo que semeamos. Portanto, é essencial compreendermos que nosso Deus é santo e exige santidade de seus servos. A santificação é um requisito indispensável para aqueles que desejam se achegar a Ele e desfrutar de Sua presença. Isso significa renunciar ao pecado e viver uma vida separada para Deus, longe das práticas e influências malignas deste mundo.
A Busca pela Verdadeira Santidade
Independentemente de talento, posição social ou familiar, o que Deus requer de nós é uma vida de renúncia ao pecado e de busca pela santidade. Não podemos nos iludir pensando que nossas ações externas ou rituais religiosos podem compensar a falta de um coração santificado. Deus deseja que todos os Seus filhos sejam fiéis e obedientes, vivendo de acordo com Seus mandamentos e Seus padrões de retidão.
O Chamado à Reflexão e à Santificação
Portanto, é fundamental para cada um de nós refletir sobre nossa própria vida e buscar a verdadeira santidade diante de Deus. Afinal, sem santificação, ninguém verá o Senhor.
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição que a coragem para exercer o ministério profético não vinha da capacidade de Jeremias. Se Deus olhasse para a sua condição humana, jamais o separaria para tão grandiosa e difícil missão. Entretanto, é justamente por meio das fraquezas de seus servos que o Senhor se revela forte (1 Co 1.27-29). Que nós também possamos, pela graça de Deus, ser aperfeiçoados em nossas fraquezas, atuando na sua obra (2 Co 12.9)
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